Ao se despedir do Senado, José Jorge diz que educação foi tema que mais lhe deu prazer
O senador José Jorge (PFL-PE) aproveitou a comemoração dos 10 anos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), nesta terça-feira (19), para se despedir do Senado Federal, já que seu mandato expira em 31 de janeiro. O parlamentar salientou sua atuação parlamentar em defesa de Pernambuco e do Nordeste e ponderou que, de todas as áreas em que atuou na Casa, a que mais lhe deu prazer foi a educação. José Jorge agradeceu ao povo pernambucano pelos 24 anos de mandatos parlamentares: quatro consecutivos como deputado federal e um como senador.
O senador fez uma retrospectiva de seus principais momentos no Parlamento, como a luta pela aprovação da própria LDB, em que buscou o consenso com diversos setores da sociedade; também pela proposta de emenda à Constituição (PEC 9/06) que instituiu o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb); e pela lei que criou o Plano Nacional da Educação (PNE).
O parlamentar recordou ainda sua atuação na Presidência da Comissão de Serviços de Infra-estrutura (CI) em defesa das agências reguladoras que, avalia, são fundamentais para assegurar investimentos nacionais e estrangeiros que possibilitem o desenvolvimento do país.
José Jorge também se lembrou de como administrou a crise do "apagão energético", quando ministro de Minas e Energia, no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso.
O senador citou ainda a relatoria da Reforma do Poder Judiciário, aprovada após dez anos de tramitação no Congresso Nacional, com destaque para a aprovação da súmula vinculante, que vai, na sua avaliação, liberar o Supremo Tribunal Federal (STF) do julgamento de inúmeros processos. Ele observou que a súmula estava sendo sancionada nesta mesma tarde de terça-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto.
José Jorge mencionou também a aprovação da minirreforma política, com a diminuição dos gastos das campanhas eleitorais, e sua participação como vice na chapa de Geraldo Alckmin à Presidência, além da atuação como presidente interino do PFL e líder da minoria.
Apartes
O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse ter ficado emocionado com a despedida de um senador dotado de "espírito público", que recebia uma matéria intrincada e a transformava em solução. O senador Marco Maciel (PFL-PE), em longo aparte, afirmou que José Jorge é como um "substantivo coletivo", que exprime diversos seres "todos eles competentes". Afirmou que o senador consagrou-se em três áreas importantes para o país: educação, infra-estrutura e no plano político-institucional.
O senador Rodolpho Tourinho (PFL-BA) disse que José Jorge foi um "grande ministro" de Minas e Energia. O senador Osmar Dias (PDT-PR) agradeceu as contribuições de José Jorge à Comissão de Educação (CE). Já o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) lamentou que o Brasil não tenha dado grande salto na Educação e registrou que o Senado perde "um grande quadro".
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) disse que aprimorou sua atuação parlamentar graças aos "bons combates" que teve com José Jorge. O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) destacou a mobilização do colega para obter consenso e aprovar a Reforma do Judiciário.
O senador Efraim Morais (PFL-PB) afirmou ser José Jorge "um grande brasileiro com serviços prestados à Nação". A atuação de José Jorge no Parlamento foi ainda enaltecida pelos senadores Augusto Botelho (PT-RR), Sérgio Guerra (PSDB-PE), Mão Santa (PMDB-PI), Sibá Machado (PT-AC), Lúcia Vânia (PSDB-GO), Heloísa Helena (PSOL-AL), Magno Malta (PL-ES), Tião Viana (PT-AC), Alberto Silva (PMDB-PI), Ney Suassuna (PMDB-PB),Delcídio Amaral (PT-MS) e Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).19/12/2006
Agência Senado
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