APARTES DEMONSTRAM PREOCUPAÇÃO DE SENADORES COM A CORRUPÇÃO



Em aparte a pronunciamento do senador Pedro Simon (PMDB-RS) solicitando a instalação de uma CPI dos corruptores, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) desculpou-se pela amizade entre Fernando Henrique e Simon, porque acusava o presidente de ser "o corruptor-mor da nação". Segundo Requião, Fernando Henrique é quem impede que os investigados pelas CPIs sejam punidos, tendo se transformado em "pizzaiollo", fazedor de pizzas - referência à ironia de que as CPIs terminam "em pizza". O senador citou como exemplos: a permissão a que títulos lastreados em precatórios sejam negociados no mercado e a indicação para a Diretoria de Fiscalização do Banco Central da funcionária do órgão Tereza Grossi, citada no relatório da CPI do Sistema Financeiro.Simon também foi aparteado pelos senadores Casildo Maldaner (PMDB-SC), que considerou o seu discurso "uma aula de civilidade", e pelo senador Lauro Campos (PT-DF), que pediu a presença em Brasília do grupo de procuradores e auditores da Receita Federal que está apurando com sucesso denúncias de sonegação no Rio Grande do Sul. O senador José Alencar (PMDB-MG) considerou o Senado um Poder "sem poder" e sugeriu que uma saída para o Brasil possa ser a transformação da Casa em "comissão parlamentar de inquérito permanente". Amir Lando (PMDB-RO), relator da CPI do PC, apoiou a tese de uma CPI para as denúncias de Nicéa Pita e lembrou que "os ladrões do Brasil são sempre os mesmos, só mudam os figurantes".

16/03/2000

Agência Senado


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