Aprovadas indicações de dois embaixadores



A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou, por unanimidade, os nomes dos diplomatas Luiz Antonio Fachini Gomes e José Vicente de Sá Pimentel para exercerem o cargo de embaixador junto ao Irã e à Índia, respectivamente. A aprovação da indicação de Fachini baseou-se em parecer favorável do senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM) e a de Pimentel, em parecer favorável do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). As indicações, ambas aprovadas com 15 votos favoráveis, serão agora votadas  pelo Plenário do Senado.
A comissão aprovou ainda, também por unanimidade, o nome do embaixador Cesário Melantonio Neto para exercer, cumulativamente com o cargo de embaixador da Turquia, o de representante do Brasil no Azerbaijão. Essa escolha recebeu parecer favorável do senador Luiz Otávio (PMDB-PA).  Os candidatos às embaixadas do Irã e da Índia foram sabatinados pelos senadores antes da votação. Em sua apresentação, o diplomata Fachini destacou que o Irã enfrenta diversos conflitos políticos na região e tem que lidar com o medo desmedido e com o sensacionalismo que a mídia internacional direciona sobre o país. Para o embaixador indicado, isso é resultado de uma imagem negativa do Irã difundida pelos Estados Unidos e por alguns países europeus. Fachini destacou que o Irã é apontado pelos Estados Unidos como parte do "eixo do mal": um país inspirador do fundamentalismo islâmico anti-ocidental e que é acusado de insuflar a violência na região. Mas o Irã, destacou, é um país orgulhoso de seu passado milenar e da civilização persa, marcada pela tolerância religiosa. O país é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, dono de grandes reservas de gás e de minérios. A economia local é bastante estatizada, observou, mas busca atrair capital estrangeiro. A economia iraniana é estável porque a dívida externa é pequena, afirmou, ainda, Fachini. O relator da indicação, senador Mestrinho, destacou a importância econômica do Irã para o Brasil. Segundo informou, o Brasil exporta para aquele país mais de US$ 1 bilhão anualmente. O provável futuro embaixador na Índia, José Vicente de Sá Pimentel, lembrou que esse país tem um território menor e muito mais populoso do que o Brasil, cultiva a não-violência, mas possui bombas nucleares. Acrescentou que há uma grande diversidade religiosa e o sistema de castas, um fenômeno da sociedade indiana. - Pedro Álvares Cabral veio ao Brasil procurando a Índia - lembrou o diplomata, destacando que as relações entre Brasil e Índia têm muito mais convergências do que diferenças.

O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), relator da indicação de Pimentel, destacou a diversidade de línguas e culturas da Índia e lembrou que o conflito daquele país com o Paquistão pela posse da região da Caxemira é o mais preocupante atualmente na região. "A Índia é uma prioridade do Brasil na Ásia", lembrou.



15/09/2004

Agência Senado


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