Aprovadas indicações para Embaixadas no Cazaquistão, Dinamarca e Libéria



Em reunião na tarde desta terça-feira (28), a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou, em votação secreta, três indicações da Presidência da República para o cargo de embaixador do Brasil na Libéria, no Cazaquistão e na Dinamarca. Antes da votação, os indicados foram sabatinados pelos senadores. Após sua aprovação pela CRE, terão que passar pelo crivo do Plenário.

Em respostas aos senadores, os três diplomatas prometeram empenho para acelerar e ampliar a aproximação do Brasil aos países onde desempenharão suas funções.

O embaixador Demétrio Bueno Carvalho exercerá o cargo de embaixador do Brasil no Cazaquistão, país da Ásia Central. Ele ocupará o cargo cumulativamente aos de embaixador no Turcomenistão e no Quirguistão.

Demétrio lembrou que o Cazaquistão conquistou independência em 1991, com o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Nono maior país em extensão territorial, o Cazaquistão não tem litoral e é um país multiétnico, informou o diplomata.

O diplomata disse que o Cazaquistão apresentou rápido crescimento econômico nos últimos anos, sendo um dos dez países que mais cresceram entre 1997 e 2007. Com grandes reservas de petróleo e gás, além de ser potência na produção de commodities metálicas (urânio, cobre, manganês, zinco, bauxita e entre outros), o Cazaquistão tem como principais parceiros comerciais a Rússia e a China.

Demétrio informou ainda que o governo do Cazaquistão apoia o Brasil em seu desejo de ser membro permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Já o diplomata Marcus Camacho de Vincenzi ocupará o posto de embaixador do Brasil na Dinamarca, acumulando o cargo com o de embaixador na Lituânia. Em sua explanação, Camacho lembrou que esta era a terceira vez que passava por sabatina no Senado, sendo as duas primeiras antes de ocupar as Embaixadas do Brasil na Colômbia e no Líbano.

Camacho disse que a Dinamarca é um país-membro da União Europeia desde 1974, embora seja uma das nações mais céticas em relação ao bloco, não aderindo à moeda comum (Euro), por exemplo.

O embaixador disse ainda que a Dinamarca participou das duas intervenções militares internacionais no Golfo Pérsico e atualmente tem tropas no Iraque e no Afeganistão.

Camacho ressaltou a convergência de valores entre o Brasil e a Dinamarca no que se refere a temas de relações internacionais e acrescentou que aquele país apoia o interesse do Brasil em ser membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.

Por sua vez, o diplomata  André Luiz Azevedo dos Santos chefiará a Embaixada do Brasil na Libéria, pequeno país da África Ocidental considerado um dos mais pobres do mundo.

Com apenas 4 milhões de habitantes, informou o diplomata, a Libéria tem território pouco maior que o estado de Pernambuco. Sua pauta de exportações é centrada em borracha e ferro, com participação tímida de madeira, café e cacau.

Azevedo informou também que a Libéria é comandada atualmente pela primeira mulher a chegar à presidência de um país do continente africano, a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 2011 Ellen Johnson-Sirleaf. Como curiosidade, o embaixador lembrou que a Libéria foi o primeiro país africano a reconhecer a independência do Brasil.

A reunião da CRE foi conduzida pelo vice-presidente do colegiado, senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). Além dele, os senadores Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), Ana Amélia (PP-RS) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) participaram da sabatina.



28/05/2013

Agência Senado


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