CRE aprova indicações para as embaixadas na Guatemala e na Dinamarca
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou nesta quinta-feira (13), por unanimidade, as indicações dos diplomatas José Roberto de Almeida Pinto para dirigir a embaixada brasileira na Guatemala e Gonçalo de Barros Carvalho e Mello Mourão para exercer o cargo de embaixador junto à Dinamarca e, cumulativamente, à Lituânia. As mensagens presidenciais com a designação dos diplomatas, relatadas respectivamente pelos senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA), serão votadas ainda em Plenário.
Mestre em Literatura pela Universidade de Brasília, José Roberto de Almeida Pinto foi segundo e primeiro secretário em Washington, terceiro secretário e conselheiro em Assunção, segundo e primeiro secretário em Londres, conselheiro, ministro-conselheiro e cônsul-geral em Roma e examinador do Curso de Altos Estudos do Instituto Rio Branco.
José Roberto de Almeida Pinto informou que a Guatemala tem a maior população da América Central: são 14 milhões de habitantes (o México, que tem 111 milhões de habitantes e tem fronteira com a Guatemala, figura entre os países da América do Norte). O diplomata explicou que a Guatemala desenvolve projetos na área social inspirados em experiências brasileiras, enfrenta grandes desafios, como uma aguda disparidade de renda e dificuldades na área de segurança pública decorrentes da violência do narcotráfico e do crime organizado.
O diplomata acrescentou que as relações da Guatemala com o Brasil têm-se caracterizado por um "dinamismo notável", que se expressa em múltiplos aspectos, como a intensificação de visitas de alto nível e a celebração de acordos. Segundo o diplomata, nos últimos dez anos entrou em vigência o dobro do número de acordos que havia até então.
Se tiver seu nome aprovado, José Roberto de Almeida Pinto pretende, entre outras atividades, dar cumprimento integral aos projetos de cooperação técnica existentes e contribuir para novas iniciativas, fortalecer o intercâmbio comercial, valorizar os mecanismos de consulta e coordenação entre Brasil e Guatemala para exame do conjunto de relações entre os dois países e incentivar as relações educacionais e culturais que, afirmou, deverão ser intensificadas com a criação do Centro de Estudos Brasileiros na embaixada.
Dinamarca
Gonçalo Mello Mourão foi terceiro e segundo secretário em Roma, segundo secretário e encarregado de Negócios em Argel, segundo e primeiro secretário em Londres, conselheiro, ministro-conselheiro e encarregado de Negócios em Assunção, ministro-conselheiro e encarregado de Negócios em Paris e em Lisboa, coordenador de ensino e diretor substituto do Instituto Rio Branco, enviado especial para Assuntos da Minustah em missão transitória em Porto Príncipe e diretor do Departamento do México, América Central e Caribe.
O diplomata afirmou que a Dinamarca é um país pequeno e distante e que cabe ao embaixador descobrir uma Dinamarca grande e mais próxima. Acrescentou que a Dinamarca é grande porque é o 24º país do mundo em PIB per capita; o 24º maior investidor no Brasil; e porque o déficit que o Brasil tem no comércio com aquele país é de US$ 100 milhões:
- Um embaixador na Dinamarca tem de ser um explorador dessas possibilidades e um revelador dessa grandeza e proximidade - acrescentou.
Gonçalo Mello Mourão disse que pretende continuar o trabalho que já vem sendo desenvolvido na embaixada brasileira na Dinamarca, empenhando-se em favor da atração de investimentos dinamarqueses para o Brasil, do fortalecimento do intercâmbio cultural, do aumento do turismo dinamarquês no Brasil, da intensificação dos contatos políticos e da atenção à comunidade brasileira naquele país - em torno de 2.500 pessoas.
Em relação à Lituânia, o diplomata afirmou que o país tem um perfil de comércio com o Brasil interessante. Além disso, o país abriga a segunda maior comunidade de lituanos fora da Lituânia - ehaveria entre 100 mil a 300 mil lituanos e descendentes imediatos, que vivem sobretudo em São Paulo.
Durante a reunião da CRE, que foi presidida pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP), manifestaram-se, além de Suplicy e dos relatores, os senadores Paulo Duque (PMDB-RJ), Pedro Simon (PMDB-RS), Augusto Botelho (PT-RR) e Roberto Cavalcanti (PRB-PB).
13/05/2010
Agência Senado
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