Aprovado acordo que reconhece diplomas de professores de espanhol e de português nos países do Mercosul



A Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul aprovou nesta quarta-feira (28) um acordo firmado pelos governos dos países do bloco regional que autoriza a validação dos diplomas para a professores de português e de espanhol nos países do Mercosul.

Com isso, professores brasileiros de português poderão se candidatar a dar aula nos países vizinhos, assim como professores argentinos, uruguaios e paraguaios poderão disputar vagas para professor de espanhol nas escolas brasileiras. No Brasil, a Lei nº 11.161/05 determina que as escolas de ensino médio serão obrigadas a oferecer aulas de espanhol a partir de 2010 - para os alunos, a matéria será optativa.

O acordo sobre a validação dos diplomas, assinado em junho de 2005, ainda será votado pelas Comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), seguindo depois para o exame dos Plenários do Senado e da Câmara. Para que seja cumprido, o acordo também deve ser aprovado pelos parlamentos dos outros países-membros do Mercosul.

A aprovação foi saudada pela senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), que integra o Parlamento do Mercosul. Para ela, a medida "é fundamental para a verdadeira integração dos povos destes países vizinhos". Ela lembrou que o Brasil precisará "de muitos professores de espanhol" no ensino médio a partir de 2010, lembrando que também há grande procura por professores de português nos outros países latinos.

Na mesma reunião, presidida pelo deputado federal José Paulo Tóffano (PV-SP), os parlamentares aprovaram acordo assinado pelo Brasil e pelo Uruguai para que sejam criadas escolas técnicas em cidades fronteiriças, que oferecerão vagas tanto para alunos uruguaios quanto brasileiros. Elas irão ministrar cursos técnicos nas áreas agropecuária e industrial, sendo que metade das vagas caberá a brasileiros e a outra metade a uruguaios. Os diplomas expedidos por estas escolas terão validade curricular e trabalhista nos dois países.

Pelo acordo, as escolas serão mantidas pelos governos de cada país, de forma independente do país vizinho. Para se candidatar a uma vaga, o aluno deve comprovar que cursa ou está cursando o ensino médio. O acordo ainda deve ser aprovado pelas Comissões de Relações Exteriores e de Constituição e Justiça antes de ser levado aos Plenários do Senado e da Câmara.

A Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul também aprovou nesta quarta-feira o Acordo de Alcance Parcial Agropecuário nº 3 firmado pelo Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai e Bolívia. O acordo institucionaliza o Conselho Agropecuário do Sul, mecanismo de diálogo, consulta e harmonização de ações entre os Ministérios da Agricultura dos seis países. O conselho será formado pelos ministros de Agricultura, ou equivalente, destes países e se reunirá uma vez por ano, ou convocado extraordinariamente por solicitação de qualquer um dos governos.



28/10/2009

Agência Senado


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