APROVADO O TRATADO DE PROIBIÇÃO COMPLETA DE TESTES NUCLEARES



Por unanimidade, o plenário do Senado aprovou hoje (quarta, 1º) o texto do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares, firmado em setembro de 96, em Nova York. O Tratado, que recebeu parecer favorável do relator na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, senador José Agripino Maia (PFL-RN), obriga os signatários a não realizarem qualquer explosão experimental de armas nucleares.

O documento cria ainda a Organização do Tratado, com sede em Viena, Áustria, a qual adotará um amplo sistema de monitoramento para que o acordo seja cumprido. A Organização poderá inclusive enviar técnicos para inspeção nos países-membros, caso receba denúncia sobre o descumprimento de suas normas.

O líder do Bloco Oposição, senador Eduardo Suplicy (PT-SP), destacou a importância do Tratado, no momento em que cresce a tensão entre o Paquistão e a Índia, países que fizeram testes nucleares subterrâneos nos últimos meses. Suplicy lembrou que estudos recentes têm procurado vincular os testes nucleares com alterações climáticas, sísmicas e ambientais, principalmente na Ásia e na Oceania.

Na mesma sessão de hoje (quarta), o plenário aprovou projeto de decreto legislativo que aprova o Tratado sobre a Não-Proliferação de Armas Nucleares, este assinado pelo Brasil em 1968.



01/07/1998

Agência Senado


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