Aprovados requerimentos de Simon e Suplicy em apoio a fim do conflito entre árabes e judeus



A moção de apoio do Brasil a medidas destinadas a pôr fim aos conflitos entre árabes e judeus foi objeto de requerimentos dos senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Eduardo Suplicy (PT-SP) aprovados na sessão plenária desta quinta-feira (dia 13). A manifestação do Senado pela paz no Oriente Médio acontece dois dias depois do atentado terrorista aos Estados Unidos, que, suspeita-se, teria como mentor o terrorista saudita Osama Bin Laden.

Pedro Simon classificou de "triste coincidência" a aprovação deste requerimento, apresentado em 2000, no momento em que os Estados Unidos planejam retaliar o ataque, que pode se voltar para o mundo árabe. Embora ache "natural" a busca dos norte-americanos pelos culpados, o senador gaúcho duvida que a adoção de represália ajude a resolver o problema. "O mundo tem que parar e refletir sobre as ações contra o terrorismo, mas partir para o bombardeio do Afeganistão pode estimular novas ondas de violência", advertiu.

Em vez dessa ação radical, Simon propõe que seja convocada uma reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) para formalizar um protesto mundial de repúdio ao terrorismo e, em seguida, traçar políticas destinadas ao alcance da paz, do respeito e da confraternização mútua entre os povos. A exemplo do parlamentar peemedebista, Eduardo Suplicy também está alerta aos efeitos de uma reação futura dos Estados Unidos ao recente ataque terrorista.

- Apelo ao governo brasileiro no sentido de que abra um canal de negociação que possa resultar na paz entre os povos judeu e árabe - declarou o petista, conclamando o Congresso Nacional a concentrar energias na defesa de uma política baseada na justiça e na garantia de respeito aos povos. Na oportunidade, Suplicy leu trechos do artigo "A Rebelião dos Escravos", de autoria da escritora Rose Marie Muraro e publicado pelo jornal Correio Braziliense , que condena tanto o fundamentalismo "tecnológico e econômico" desencadeado pelos Estados Unidos quanto o "religioso e humilhado" exercido pelos fundamentalistas islâmicos.

13/09/2001

Agência Senado


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