Arena da Amazônia oferece modernidade aos torcedores



A Arena da Amazônia, em Manaus, oferece um novo padrão de conforto e segurança para os torcedores - desde a passagem por uma das 64 catracas até a chegada a um dos 44,5 mil lugares do estádio. O acesso do público se dá por meio de quatro rampas, duas maiores no lado leste, em frente a uma das principais avenidas da cidade (Constantino Nery), outra no sul e outra no norte. Ao redor do estádio há uma esplanada de 33 mil metros quadrados, a 11 metros de altura das vias, para facilitar a circulação do público.

Os acessos principais para o público vão levar ao pódio, o nível intermediário da arena. Por lá, as pessoas poderão se dirigir às arquibancadas inferiores, superiores ou a um dos 61 camarotes. Também é neste anel que está localizada a maior parte dos 98 banheiros, sendo 16 para deficientes, e dos 17 quiosques de alimentação.

“O pódio é o acesso principal da arena. Em cada nível do estádio há banheiros e pontos de venda de alimentos. No nível do pódio, temos as maiores lanchonetes, temos o camarote ‘Bossa Nova’, que será transformado posteriormente em restaurante, e uma quantidade maior de banheiros para o público”, detalha Miguel Capobiango, coordenador da Unidade Gestora do Projeto Copa (UGP Copa) do estado do Amazonas.

No total são cinco níveis, sendo o mais baixo o do campo de jogo, que também conta com os vestiários, estacionamento, zona mista e saguão VIP. No segundo nível estão as bilheterias, áreas técnicas, lounges e rampas de serviços. Acima do pódio está o nível com camarotes, hospitalidade e áreas de transmissão e no nível cinco estão a arquibancada superior, lanchonetes e bares. A circulação interna dos torcedores pode ser feita através de 21 escadas, ou de oito elevadores, sendo quatro na área VIP.

Os assentos da Arena da Amazônia remetem a sete frutas típicas do Brasil: melão, banana, abacaxi, laranja, manga, goiaba e mamão. Há três tipos de cadeiras, todas rebatíveis, com a diferença de que, em alguns setores, elas têm braços e/ou estofamento.

“Temos um grande cesto amazônico, que guarda frutas do país, representadas por sete cores. Então, ficou um colorido muito interessante aqui dentro, que dá uma alegria inerente a todo tipo de espetáculo que vai acontecer aqui”, afirma Capobiango.

Quem estiver nas primeiras cadeiras, terá uma proximidade maior com o campo, com uma distância de 15,6 metros. Da capacidade total da arena, 102 assentos são destinados à área Very Vip, 691 para a VIP, 2.992 cadeiras estão no setor de hospitalidade e 40,5 mil são para o público em geral. Também foram reservados 118 assentos para pessoas com mobilidade reduzida, 69 para obesos e mais 445 para acompanhantes.

Conforto e segurança

O torcedor terá uma experiência diferente nos jogos da Arena da Amazônia. Além do conforto dos camarotes (com capacidade entre 12 e 18 pessoas) e dos lounges, assentos reservados na área em frente a esses locais permitirão às pessoas sentir o clima das arquibancadas.

“Todos os camarotes são muito bem posicionados e cada um com assentos nas arquibancadas, para que as pessoas que estiverem assistindo entrem no clima do jogo. A área condicionada é a que está atrás dos vidros. Na área interna, você vai ter uma TV, transmitindo o espetáculo, com todo acesso ao conteúdo de comunicação da central da própria arena, com sinal de som e com interfone. Além disso, esses espaços contam com serviços diferenciados”, ressalta Capobiango.

A estrutura de segurança conta com 85 câmeras, que permitem reconhecimento facial e são monitoradas por um centro de comando e controle de 52 metros quadrados. As informações são transmitidas por um sistema sonoro, composto por 24 alto-falantes, e por dois telões de 60 metros quadrados cada, localizados em lados opostos da cobertura, no centro do campo. O tempo de evacuação do estádio é de sete minutos.

“O pódio facilita, inclusive, a evacuação do estádio em caso de necessidade. Nós conseguimos esvaziar o estádio em cerca de sete minutos e dez segundos, conforme todas as simulações computacionais feitas. É uma situação que nos garante bastante segurança”, comenta o coordenador da UGP Copa.

Gramado e vestiários

Para apresentar um bom futebol e empolgar a torcida, os jogadores terão um campo com dimensões de 105 por 68 metros, com a grama da espécie Bermuda Tifway 419, apropriada para o clima da região e mais resistente ao pisoteio. O gramado foi plantado em mudas, transportadas de São José dos Campos (SP), em contêineres refrigerados. O plantio foi feito no final de setembro e as mudas estão todas enraizadas, em condição de jogo desde o final de dezembro.

Com quatro camadas, o campo de jogo da Arena da Amazônia começou a ser construído com a escavação da área e com a abertura de valas. A etapa seguinte consistiu na aplicação da manta geotêxtil e da tubulação da drenagem. Na sequência, foram colocados a areia e otop soil (matéria orgânica). Por fim, foi feito o nivelamento a laser e o plantio das mudas.

O nivelamento é essencial para garantir que o campo tenha os caimentos necessários de 0,5% em todos os lados, auxiliando o sistema de drenagem. O trabalho é feito por um trator, equipado com laser para leitura do terreno e um transmissor fixado no centro do campo, que envia as informações para que os desníveis sejam obtidos à medida que o trator se movimenta.

Ao redor do campo foi fixada uma grama sintética, que tem a função de acabamento e por ser mais resistente, permite o trânsito de carretas, ambulâncias e veículos de suporte para os diversos eventos, sem danificar o gramado. Os automóveis podem entrar por dois túneis, com altura de cinco metros e acesso direto à rua do Sambódromo.

“São túneis de acesso de campo, para permitir a entrada de carretas, que possam carregar um palco ou outra estrutura para ser montada no gramado, ou ambulâncias, por exemplo, se tiver que ter uma retirada rápida. Esses túneis também dão acesso aos ônibus das seleções. Temos uma entrada e uma saída dos ônibus, que passam em frente aos vestiários”.

No total são dois vestiários para as equipes e outros dois para a arbitragem. Cada um deles tem 12 duchas, três boxes de banheiros, sala de aquecimento com grama sintética e seis banheiras.

Acessibilidade

A Arena da Amazônia está acessível em todos os níveis. Os Portadores de Necessidades Especiais (PNE) contarão com rampas, elevadores, piso tátil e sinalização específica para circular pelo estádio. Quatro catracas (duas a leste, uma no norte e outra no sul) servirão para a entrada dos cadeirantes. Além dos assentos reservados e dos 16 banheiros exclusivos, este público terá seis vagas no estacionamento da arena.

“As posições de cadeirante, com o acompanhante, estão todas nessa área que está envidraçada, no topo da arquibancada inferior. É o acesso mais fácil, direto do pódio. Há uma condução tátil para os deficientes visuais desde a entrada até a distribuição para os diferentes setores. Temos também a sinalização para direcionar as pessoas”, explica Capobiango.

Sustentabilidade

A irrigação é automatizada e feita por 35 aspersores e pode utilizar a água dos reservatórios, com capacidade para 120 mil litros, que armazena a chuva captada pela cobertura. “Nós temos sete tanques que recebem a água das chuvas ou da concessionária. A água é toda refiltrada e retratada para ser reutilizada. Temos uma área de mais de 20 mil metros quadrados de captação na cobertura, para que essa água possa ser direcionada para os tanques de reaproveitamento, que garantem uma reserva em caso de necessidade”, detalha o coordenador da UGP Copa.

Com os altos índices pluviométricos de Manaus, a arena conta com um sistema de drenagem por gravidade e outro a vácuo. “A drenagem por gravidade já tem funcionado bem, fizemos testes em dias de chuva e não houve retenção em nenhuma parte do gramado. Mas, também instalamos aqui a drenagem a vácuo, que vai nos ajudar na ventilação do gramado. Todos os estudos levaram em consideração o projeto arquitetônico, que já direciona a ventilação natural dessa região para dentro. Mas, em um dia de muito calor, ela pode não ser suficiente. Para evitar esse risco, nós também instalamos a drenagem a vácuo”, revela Capobiango.

Com 11 metros de altura acima das vias ao redor da Arena da Amazônia, o nível do pódio possui 14 aberturas para aumentar a ventilação da área interna. A cobertura translúcida permite uma passagem maior de luz, diminuindo o uso de energia artificial. Além disso, a membrana do “teto” da arena reflete até 75% dos raios solares, diminuindo a temperatura no local e a necessidade do uso de refrigeração. Na construção do estádio, 95% do material da demolição do antigo Vivaldo Lima foi reaproveitado.   

Estacionamento 

O estacionamento da arena tem 264 vagas para automóveis, 32 para motos, 16 para idosos e 20 para veículos e coeficientes. O estacionamento para os torcedores em geral está sendo preparado numa área próxima, com capacidade para 2.500 vagas, para atender a todo o complexo ao redor do estádio, que tem um centro de convenções, um sambódromo e um ginásio. O local também será utilizado, durante a Copa, para a operação do evento e terá serviço de shuttle para a arena.

 

Fonte: 
Portal da Copa



21/03/2014 16:17


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