Presidenta Dilma visita a Arena da Amazônia



A Presidenta Dilma Rousseff visitou, na tarde desta sexta-feira (14), a Arena da Amazônia em Manaus, e deu o pontapé inicial do estádio. As obras estão na reta final, com 97% de conclusão, e já duram 41 meses.

O estádio, que ocupa hoje  o lugar do antigo Vivaldão, será palco de quatro jogos da Copa de 2014, todos pela primeira fase do Torneio. A primeira partida será entre Inglaterra e Itália, no dia 14 de junho.

A presidenta conheceu toda a estrutura metálica do lado de fora da Arena, passou pelas arquibancadas, banheiros e camarotes, e cumprimentou os trabalhadores da Arena.

Com o gramado já praticamente em condições de jogo e a iluminação em fase de testes, restam apenas detalhes de acabamento para que o estádio seja entregue.

Algumas áreas de concreto estão sendo pintadas e teve início a colocação de piso em áreas externas nas quais estavam sendo utilizadas máquinas pesadas. A fachada do estádio é composta de estruturas metálicas no formato da letra X, que vão diminuindo de tamanho até a cobertura. Os assentos, em variados tons de amarelo, laranja e vermelho, remetem à tradição e à natureza brasileiras.

“Temos um grande cesto amazônico, que guarda frutas do País, representadas por sete cores. Então, ficou um colorido interessante aqui dentro, que dá uma alegria inerente a todo tipo de espetáculo que vai acontecer aqui”, afirma Miguel Capobiango, coordenador da Unidade Gestora do Projeto Copa (UGP Copa). Segundo ele, as frutas representadas são melão, banana, abacaxi, laranja, manga, goiaba e mamão.

Logística

Com três anos e sete meses de obras, a Arena da Amazônia entrou na reta final de construção e registra 97% de conclusão. A montagem da fachada e da cobertura do estádio, que dão forma ao “cesto indígena”, foi uma das etapas mais complexas. Os módulos em X foram fabricados em Portugal e transportados por navios até o porto de Manaus. Juntos, pesam sete mil toneladas. Foram necessários três embarques, entre março e outubro de 2013, desde o porto de Aveiro até o de Chibatão, para completar todo o carregamento. Cada navio levou, em média, 15 dias de viagem entre a Europa e o Brasil.

“O embarque da estrutura metálica requereu uma operação logística significativa, porque são peças muito grandes. Para se ter uma ideia, um X de fachada, depois de montado, chega a pesar 97 toneladas. Então, você tem que começar a montá-lo no chão, para depois erguê-lo por guindaste. É uma operação delicada, considerando que você tem que atuar sempre com dois guindastes para evitar o balanço”, explica Capobiango. 

Para levar as peças do porto de Manaus ao canteiro de obras, foram utilizadas 70 carretas. O fechamento da estrutura metálica foi feito com 252 painéis de membrana confeccionada em teflon e fibra de vidro, garantindo durabilidade, resistência, incombustão, reflexão da luz solar e translucidez ao material.

Quatro rampas
Cerca de 2,1 mil operários passaram pela obra, que tem área total construída de 83,5 mil m². Acidentes de trabalho causaram a morte de três deles durante o empreendimento. A Arena da Amazônia terá capacidade para 44,5 mil torcedores, sendo 40 mil durante o Mundial. O projeto está orçado em R$ 669,5 milhões, com R$ 400 milhões de financiamento federal via BNDES.

Os torcedores que forem aos quatro jogos da Copa do Mundo em Manaus, poderão acessar a Arena da Amazônia por meio de quatro rampas, duas maiores no lado leste, em frente a uma das principais avenidas da cidade, a Constantino Nery, outra no sul e outra no norte. Ao redor do estádio há uma esplanada de 33 mil m², a 11 metros de altura das vias, para facilitar a circulação do público.

“É legal essa distribuição porque ficamos com os acessos de público a leste, norte e sul e o acesso oeste é todo de serviços, seja para seleções, equipamentos, equipes técnicas, dos VIPs e até de abastecimento das mercadorias. Então você não tem um cruzamento do fluxo de espectadores com essa área de operação”, destaca Capobiango.

Os acessos principais para o público vão levar ao pódio, que é o nível intermediário da arena. Por lá, as pessoas poderão se dirigir às arquibancadas inferiores, superiores ou a um dos 61 camarotes. Também é neste anel que está localizada a maior parte dos 98 banheiros, sendo 16 para deficientes, e dos 17 quiosques de alimentação.

Conforto e segurança
Há três tipos de assentos, todos rebatíveis. A diferença entre eles é que, em alguns setores, as cadeiras têm braços e/ou estofamento. Também foram reservados 118 assentos para pessoas com mobilidade reduzida, 69 assentos para obesos e mais 445 para acompanhantes.

Os deficientes ainda contarão com piso tátil e sinalização específica, além de seis vagas no estacionamento da arena, que tem, ainda, 264 vagas para automóveis, 32 para motos, 16 para idosos e 20 para veículos ecoeficientes.

“O público em geral não vai ter estacionamento na arena. O estacionamento está sendo preparado numa área próxima, com capacidade para 2.500 vagas, para atender a todo o complexo ao redor do estádio, que tem um centro de convenções, um sambódromo e um ginásio. O estacionamento também será utilizado, durante a Copa, para a operação do evento”, descreve Capobiango.

Sistema de monitoramento
A estrutura de segurança conta com 85 câmeras, que permitem reconhecimento facial e são monitoradas por um centro de comando e controle. As informações são transmitidas por um sistema sonoro, composto por 24 alto-falantes, e pelos dois telões de 60 m², localizados em lados opostos da cobertura, no centro do campo.

Com dimensões de 105 por 68 metros, o campo da Arena da Amazônia foi plantado com a grama da espécie Bermuda Tifway 419, apropriada para o clima da região e mais resistente ao pisoteio. “O gramado foi plantado em mudas, que vieram de São José dos Campos, em contêineres refrigerados, para que o plantio fosse feito no final de setembro. As mudas estão todas enraizadas, já em condição de jogo, desde o final de dezembro”, afirma Capobiango.

A irrigação é automatizada e feita por 35 aspersores e pode utilizar a água dos reservatórios, com capacidade para 120 mil litros, que armazena a chuva captada pela cobertura. “Nós temos sete tanques que recebem a água das chuvas ou da concessionária. A água é toda refiltrada e retratada para ser reutilizada. Temos uma área de mais de 20 mil m² de captação, de cobertura, para que essa água possa ser direcionada para os tanques de reaproveitamento, que garantem uma reserva em caso de necessidade”, detalha o coordenador da UGP Copa.

Com os altos índices pluviométricos de Manaus, a arena conta com um sistema de drenagem por gravidade e outro a vácuo. Para a iluminação do campo, 420 refletores vão garantir uma luz homogênea, sem sombreamentos, apropriada para transmissões de TV em alta definição.

Arena da Amazônia

Fonte:
Portal da Copa



14/02/2014 17:00


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