Argentina abre mercado ao Brasil



Argentina abre mercado ao Brasil

A Argentina resolveu impulsionar seus negócios com os parceiros do Mercosul decidida a reativar, rapidamente, a produção e o comércio interno. O presidente Eduardo Duhalde abriu as portas do mercado ao vizinho do norte. Uma centena de produtos brasileiros - como aparelhos eletroeletrônicos, laticínios, papel e celulose, entre outros - vão ganhar vantagens tarifárias extras dentro do mercado argentino em relação aos concorrentes do resto do mundo, principalmente dos Estados Unidos e da Europa.

A contrapartida do Governo brasileiro deverá ser simétrica, com o anúncio de rebaixamento de tarifas sobre produtos argentinos, previsto para os próximos dias. No Ministério da Fazenda, em Brasília, já se examina a possibilidade de o País vir a participar de um pacote financeiro de socorro à Argentina, com outras nações interessadas como Espanha e Itália, independentemente da concessão de créditos do Fundo Monetário Internacional. (pág. 1 e 12)


  • Cada um em seu canto no sofá, o governador do Rio, Anthony Garotinho, e a vice Benedita da Silva protagonizaram ontem o constrangedor encontro acertado para combinar-se a passagem do bastão estadual, em abril. Os petistas garantem que Bené herdará uma dívida pesada. Garotinho nega. No fim da reunião, os dois evangélicos se abençoaram. (pág. 1 e 3)


  • No primeiro discurso como candidato, o ministro da Saúde, José Serra, vai criticar na próxima quarta-feira a política econômica executada pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan. Atacará o aumento de impostos registrado nos últimos anos e dirá que tributo não é receita. Defenderá, embora com ressalvas, a manutenção da aliança com o PFL e o PMDB. Serra deverá deixar o cargo em março. O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, não sabe ainda o que vai fazer.

    Hesita entre disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, concorrer ao Senado ou subir como vice ao barco do governador Geraldo Alckmin, candidato à reeleição. (...) (pág. 1 e 4)


  • O Ministério da Justiça sustenta que os acusados pelo assassinato do navegador neozelandês Peter Blake, no dia 6 de dezembro, foram torturados por policiais do Amapá. A denúncia se baseia em exames feitos nos prisioneiros, que ainda hoje exibem marcas de espancamentos. A secretária nacional de Justiça, Elizabeth Sussekind, viajará na próxima semana para o Amapá com o objetivo de investigar a acusação.

    O ministro Aloysio Nunes Ferreira ficou particulamente irritado porque, segundo os presos, os policiais torturadores diziam agir com autorização direta do presidente Fernando Henrique Cardoso. (pág. 1 e 6)


  • No primeiro discurso como pré-candidato à Presidência da República, o ministro da Saúde, José Serra, defenderá a manutenção da estabilidade econômica e do Plano Real e o fim dos entraves que impedem o crescimento da economia brasileira. O tucano vai desancar com o aumento dos impostos.

    Nos últimos 12 anos, a carga tributária aumentou de 24% para 33%. E defenderá a manutenção da aliança com o PFL e o PMDB. (...) (pág. 4)


  • Os presidentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Paulo Costa Leite, e do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Almir Pazzianotto, estão propensos a pendurar as togas e disputar as eleições de outubro. O primeiro, gaúcho, quer ocupar uma vaga de deputado federal pelo PSB. O segundo, paulista, tem convites do PSB, do PDT e do PTB para concorrer à Câmara ou ao Senado. (...) (pág. 4)


  • Há seis meses, ele constava da lista de presidenciáveis do PSDB. Hoje, depois de amargar o desgaste de uma arrastada greve de professores universitários, o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, não tem destino político certo. Sempre no campo das hipóteses, carrega títulos de "possível". Possível vice do governador Geraldo Alckmin que vai tentar a reeleição, possível candidato ao Senado, possível candidato a deputado federal. (...) (pág. 4)


  • O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu ontem sua primeira licitação com 20% das vagas reservadas para negros. A concorrência vai contratar 17 profissionais para prestação de serviços na área de comunicação. (...) (pág. 4)


  • Ao ver contestados os números que apresentou quarta-feira, em cadeia nacional de rádio e TV, sobre assentamentos de sem-terra feitos pelo Governo, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann, reagiu: "Quem não deve não teme. O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) poderia ter pedido auditoria nos números da reforma agrária. Não pediu porque estão corretos".

    Pelo menos no que se refere ao estado do Rio, o ministro errou: apesar do esforço, o MST não conseguiu informações do Incra sequer sobre o número de famílias assentadas e os locais em que estariam - informações que, em tese, são públicas. (...) (pág. 5)



    EDITORIAL

    "Ilusão Perdida" - É compreensível a irritação dos argentinos com o novo pacote econômico. Mas que não haja dúvida: a Argentina não vai sair do buraco com panelaços e quebra-quebras nos arredores do Congresso e da Casa Rosada. A baderna na Avenida Mayo só contribui para deteriorar ainda mais o quadro econômico, político e social. Aumenta a instabilidade. (...)


    Muitos erros foram cometidos, mas é hora de os argentinos entenderem que não existe solução indolor. Há que entregar os anéis (e a poupança) para salvar os dedos. Por enquanto, pois o quadro é gravíssimo e imprevisível. (...) (pág. 8)



    COLUNAS

    (Coisas da Política - Dora Kramer) - Se a gente olhar com bastante atenção, vamos ver que a tal crise no tucanato tem certo método. Ao mesmo tempo em que um ministro (Raul Jungmann) e um prefeito (Luiz Paulo Veloso Lucas, de Vitória) afinadíssimos com o presidente da República partem para o ataque contra Roseana Sarney, o técnico do time (Fernando Henrique) escala o presidente da Câmara, Aécio Neves, para dizer que esses ataques estão proibidos.

    Ora, se estivessem mesmo isso equivaleria a dizer que os tucanos não estão se entendendo e que está tudo uma bagunça na seara governista, onde cada um diz e faz o que bem entende. Considerando que o que está em jogo é a manutenção do poder e que no comando do processo está um homem que venceu duas eleições em primeiro turno, lícito concluir que não estamos diante de um bando de tolos batendo cabeça. Não obstante o tucanato ser especialista em matéria de trombadas internas. Fizeram isso o tempo inteiro nos dois mandatos de FH.

    A diferença agora é que o momento requer frieza, pois trata-se de manter nas mãos uma conquista de oito anos ou entregar o ouro ao adversário. Pertença ele ao PT e ao PFL. (...) (pág. 2)


    (Informe JB - Ricardo Boechat) - Um terço das 184 leis federais aprovadas em 2001 incluía a expressão "Abre o orçamento...".

    Ela indica a liberação de verbas superiores às previstas no Orçamento da União.

    Segundo levantamento do advogado Paulo Haus, as cortesias somaram R$ 12,7 bilhões.

    Em tempo: para o IPEA, bastariam R$ 5 bilhões para eliminar toda indigência brasileira.

  • O aumento da adição do álcool à gasolina, de 22% para 24%, vai doer no consumidor.

    Hoje mais caro do que o de petróleo, o combustível de cana encarecerá a gasolina, nos postos, em R$ 0,02 o litro. (pág. 5)


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    01/12/2002


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