Argentina começa o calote pelo FMI
Colunistas
Editorial
- Argentina começa o calote pelo FMI
- Oficialmente, a moratória argentina começou ontem pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a quem o país deixou de pagar uma parcela de US$ 13 milhões. Não foram honrados também os vencimentos de US$ 4,3 milhões em eurobônus nas mãos de investidores internacionais. "Se não há dinheiro para os 'criollos' (denominação usada pelos argentinos para referir-se a eles mesmos), muito menos para os gringos", disse o novo ministro do Trabalho, Oraldo Britos.
Uma das medidas econômicas mais importantes adotadas pelo ex-ministro Domingo Cavallo para garantir o ajuste das contas públicas deverá ser revogada pelo novo presidente, Adolfo Rodríguez Saá. Ele pretende derrubar o corte de 13% nos salários de servidores e aposentadorias.
A diferença, no entanto, não seria paga em pesos: o governo deverá usar para isso os títulos públicos recém-criados, os chamados 'argentinos'. É mais uma tentativa de tirar o país da recessão que já dura quatro anos. (pág. 1 e 15)
- Um temporal, que desabou sobre o Rio na noite de domingo e se prolongou numa chuva ininterrupta durante toda a manhã de ontem, parou a cidade e resultou em 16 mortes e 200 desabrigados, vítimas de deslizamentos de terra e desabamentos em todo o estado. No Rio, cinco pessoas morreram soterradas. Quatro delas eram de uma mesma família, cuja casa foi atingida por uma pedra no Morro do Alemão, em Olaria. (...)
A Meteorologia informou que ontem choveu mais do que em todo o mês de dezembro. (pág. 1 e 8 a 11)
- O PT não contará com seus principais quadros para assumir o governo do estado em abril. Luiz Eduardo Soares, que comanda a transição, diz: "Abril está vindo em nossa direção como uma carreta desgovernada na contramão". (...) (pág. 3)
- Os tucanos comemoraram o resultado da pesquisa Datafolha divulgada ontem, que mostra o favoritismo do PSDB nas disputas pelos governos de São Paulo, Minas Gerais e Ceará. Os pefelistas também gostaram do resultado da consulta porque Roseana Sarney, pré-candidata do PFL à Presidência, aparece com 70% de aprovação em seu estado. (...) (pág. 4)
- A influência da língua portuguesa ameaça a existência de cerca de 160 dialetos indígenas, metade deles falada por comunidades amazônicas. Um dos dialetos, o xipaia, é a língua de apenas uma única índia, já idosa, e está prestes a desaparecer.
O Museu Emílio Goeldi trabalha para evitar o processo, com a ajuda financeira dos EUA e da Holanda. (...) (pág. 5)
- Depois de seis anos, a balança comercial voltou a ter superávit este ano. O desempenho do comércio exterior era um dos principais nós do Plano Real.
A desvalorização da moeda frente ao dólar, no entanto, tornou os produtos brasileiros mais competitivos e fez com que as exportações crescessem. A estimativa é que o ano feche com US$ 2 bilhões de superávit. (...) (pág. 16)
- O governo de Israel disse ontem que só permitiria que o líder palestino Yasser Arafat assistisse à Missa do Galo em Belém se prendesse até o entardecer os assassinos do ministro do Turismo, Rehavam Zeevi, morto em outubro.
O Vaticano disse que a atitude era arbitrária. Até a tarde de ontem Arafat estava confinado em Ramallah. (...) (pág. 19)
Colunistas
PANORAMA POLÍTICO - Tereza Cruvinel
Na mensagem de Natal aos brasileiros veiculada anteontem, o presidente Fernando Henrique deu sinais do tom que usará como eleitor especial que será na campanha eleitoral: de defesa inarredável de seu governo e seu legado. Já na entrevista à "Folha de S. Paulo", publicada no domingo, pôde-se perceber que ele terá dificuldades de optar entre duas ou mais candidaturas governistas. (...) (pág. 2)
(Ancelmo Gois) - Presidente da Radiobrás, Carlos Zarur bateu o martelo: em 2002, a veterana Rádio Nacional vai passar por uma total recauchutagem.
Além da compra de equipamentos mais modernos, o prédio da emissora na Praça Mauá, no Rio, será reformado.
No mesmo pacote, Zarur promete ainda a criação do Museu da Rádio Nacional.
O Ministério da Saúde vai comprar 300 milhões de preservativos em 2002: ou seja, 50% a mais do que neste ano.
O Conselho Nacional de Política Fazendaria decidiu prorrogar o convênio que garante a isenção do ICMS - que terminaria este mês - à comercialização de camisinhas, até dezembro de 2003. (pág. 10)
Editorial
"Natal perene" - (...) Há vários indícios positivos de que a febre bem-vinda do voluntariado se espraia por todos os lados. Não é só coisa de rico, como pode parecer a alguns. O exemplo vem da Pastoral da Criança, comandada pela médica Zilda Arns, irmã do arcebispo emérito de São Paulo, Dom Evaristo Arns. Com ela trabalham, espalhadas por mais de 3 mil municípios, 140 mil voluntárias, a grande maioria das próprias comunidades carentes.
O trabalho porta a porta, paciente, de monitoramento da vacinação das crianças, controle de peso e difusão da fórmula simples e milagrosa do soro caseiro, tem feito cair em 50% as taxas de mortalidade.
Neste ano, escolhido pela ONU como o Ano Internacional do Voluntariado, Zilda Arns chegou a ser indicada para o Prêmio Nobel da Paz - com justificadas razões. (...) (pág. 6)
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12/23/2001
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