Impasse político mantém Argentina sem governo




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Impasse político mantém Argentina sem governo

- A reunião de cúpula do Partido Justicialista (peronista) que discutiria ontem os rumos econômicos da Argentina e a composição do novo Ministério foi adiada para hoje, e o país continua sem governo.
O presidente provisório, Adolfo Rodríguez Saá, pretendia reunir os governadores do partido para discutir desde a formação do governo até a antecipação da eleição presidencial, marcada para 3 de março.

Os governadores de três das províncias mais importantes faltaram ao encontro, na residência de verão do presidente, a 420 km de Buenos Aires - especula-se que por divergências sobre o novo governo.

Saá deve abandonar a idéia do "argentino". Em lugar da moeda, seriam emitidos US$ 3 bilhões em títulos para pagar salários de funcionários públicos, pensões de aposentados e gastos administrativos. (pág. 1 e A7)

- Estrangeiros de países vizinhos estão vindo ao Brasil em busca de testes e tratamento gratuito para a Aids. Levantamento realizado em sete das principais cidades fronteiriças do País revela que 61 estrangeiros cruzaram a fronteira neste ano para fazer testes e buscar remédios contra a doença.

Eles são atraídos pelo programa do Ministério da Saúde de prevenção e assistência, que faz a distribuição gratuita e universal de medicamentos anti-Aids. A questão preocupa autoridades locais, estaduais e o próprio ministério. (pág. 1 e C1)

- Ao menos 236 pessoas morreram num incêndio que atingiu um centro comercial de Lima. Segundo testemunhas, o fogo começou em uma loja de fogos de artifício e rapidamente se espalhou pelo local, lotado de pessoas que faziam compras para as celebrações do Ano Novo. Ao menos dois prédios vizinhos e dez carros foram atingidos pelas chamas.

O presidente Alejandro Toledo proibiu a produção, a importação e a venda de fogos de artifício no Peru depois de percorrer a região de Lima atingida pelo incêndio. (pág. 1 e A8)
- Autoridades afegãs e britânicas chegaram a um acordo quanto ao envio de uma força militar internacional para garantir a segurança da capital do Afeganistão, Cabul, e das regiões mais próximas.

Detalhes específicos sobre a missão dessa força, que deve reunir cerca de 3.000 soldados, não foram, no entanto, divulgados nem pelo Ministério das Relações Exteriores do Afeganistão nem pelo comando das forças britânicas. (pág. 1 e A9)

- O PSDB não tem mais tempo para gerar um candidato viável ao Planalto, segundo o prefeito do Rio, César Maia (PFL), um dos estrategistas da campanha da pefelista Roseana Sarney.

Maia diz que o provável candidato tucano, José Serra, que deve ser lançado em fevereiro, terá pouco espaço para tomar de Roseana o eleitor governista. Segundo ele, será lançado o Movimento BR-Brasil Roseana para dar sustentação suprapartidária à candidata. (pág. 1 e A6)

- (Paris) - À 0h de amanhã, 304 milhões de europeus começam a dar adeus a suas antigas moedas e passam a adotar uma nova, o euro, que será a divisa comum de 12 países. Esse momento representa o principal passo da unificação européia e a consolidação do segundo pólo monetário do mundo, depois dos Estados Unidos. (pág. 1 e B1)

- A entrada em circulação do euro, amanhã, cria uma situação que só encontra paralelo no Império Romano, que tinha o denário como moeda. Pela primeira vez desde o século 5, a Europa (ou pelo menos grande parte dela) volta a ter uma moeda única. (pág. 1 e B4)

- Cerca de 500 pessoas - entre músicos, amigos, parentes e fãs - acompanharam no fim da tarde de ontem o enterro do corpo da cantora Cássia Eller, que morreu no começo da noite de sábado no Rio. Está sendo investigada a possibilidade de a artista ter morrido em decorrência de consumo excessivo de drogas. (pág. 1 e C6)


Colunistas

(Painel) - CUT e Força Sindical articulam para o início do ano uma greve conjunta do funcionalismo público do Maranhão. Ligadas, respectivamente, a Lula e a Ciro Gomes, as centrais sindicais querem colocar em xeque a administração Roseana Sarney.

  • Renan Calheiros (AL) é o grande cabo eleitoral da candidatura de Roseana Sarney no PMDB. O senador, que não acredita mais nas chances de Itamar Franco, conversa diariamente com José Sarney e tentará levar seu partido a apoiar a governadora em 2002. (pág. A4)


    Editorial

    "De volta às ruas" - Pouco mais de uma semana após a queda do governo Fernando de la Rúa, o clima voltou a ficar muito tenso em Buenos Aires. Os ruídos estridentes dos panelaços retornaram à cena pública. Uma multidão invadiu e depredou o Congresso a exigir a queda, por suspeita de corrupção, de assessores do recém-empossado presidente, o peronista Adolfo Rodríguez Saá. Resultado: um governo que nem completara sete dias de existência foi lançado a uma situação de profundo impasse. (...) (pág. A2)


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    12/31/2001


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