Arqueologia brasileira está em debate em Brasília



As ações desenvolvidas em favor do patrimônio arqueológico no Brasil são o foco da participação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) no evento Serra da Capivara: os brasileiros com mais de 50 mil anos, que acontece em Brasília até o dia 15 de dezembro, no Espaço Israel Pinheiro, na Praça dos Três Poderes.

Nos próximos dias 06 e 07 de novembro, a programação do Ciclo de Conferências será coordenada pelo Iphan, que terá, na quarta-feira (6), palestra do diretor de Patrimônio Material, Andrey Schlee, sobre as ações institucionais do órgão no campo da arqueologia. Já o técnico do Centro Nacional de Arqueologia, Roberto Stanchi, falará sobre e o Panorama da Arqueologia Brasileira.

Os debates do dia 6 de novembro contarão ainda com a participação da diretora do Programa de Antropologia e Arqueologia, da Universidade Federal do Oeste do Pará, Lilian Rebellato, e do arqueólogo sueco Christian Isendahl, que vai falar sobre Arqueologia Aplicada: Como aprender, com a ajuda do passado, forjar um futuro melhor? O professor da Universidade de Uppsala apresentará algumas reflexões sobre como a arqueologia e a ecologia histórica podem contribuir para os desafios atuais da sustentabilidade.

No quinta-feira (7), os Geoglifos do Acre serão o tema apresentado pelo arqueólogo Deyvesson Gusmão, superintendente do Iphan no estado, enquanto os Megalitos do Amapá serão discutidos pelo arquiteto João Saldanha.

O evento Serra da Capivara: os brasileiros com mais de 50 mil anos, com entrada gratuita, é realizado pela Fundação Museu do Homem Americano (FUMDHAM), governo do estado do Piauí e parceiros (União Europeia, UNESCO no Brasil, ICMBio, representantes da Alemanha, Embaixada da França e Embaixada da Suécia). Além dos ciclos de conferências que discutem questões atuais sobre arqueologia, turismo, gestão de áreas protegidas, gestão de patrimônio natural e inclusão produtiva de populações vizinhas, o evento traz ainda duas exposições: a primeira é parte da coleção do Museu do Homem Americano e a segunda a produção de cerâmicas feitas pelos moradores das cercanias do parque.

 Parque Serra da Capivara

Integrante da lista do Patrimônio Mundial da Unesco desde 1991 e inscrito como bem cultural do Brasil desde 1993, o Sítio Arqueológico da Serra da Capivara é um dos mais ricos do mundo. O Parque Nacional da Serra da Capivara foi criado em 05 de junho de 1979 e está situado no Sudeste do estado do Piauí, fazendo limite com os municípios de São Raimundo Nonato, Coronel José Dias, João Costa e Brejo do Piauí. Possui 129.140 hectares e seu perímetro é de 214 km.

A região do Parque Nacional da Serra da Capivara, entre 440 e 360 milhões de anos atrás, era coberta pelo mar Siluriano-Devoniano, limitado ao sul pelo escudo cristalino do Pré-Cambriano. Por volta de 225-210 milhões de anos atrás, durante o Triássico, um movimento tectônico de grande porte que iniciou a abertura do Atlântico Sul fez levantar o fundo do mar, criando a serra, formada por rochas sedimentares, arenitos e conglomerados. As chuvas esculpiram o relevo formando uma paisagem espetacular com múltiplos monumentos geológicos de rara beleza.

A paisagem atual da região do Parque Nacional da Serra da Capivara é formada por planaltos, serras e planícies. Essas várias formas de relevo são resultado de transformações que foram se produzindo durante milhões de anos nas duas formações geológicas, a bacia sedimentar Piauí-Maranhão, ao norte, e a Depressão do Médio São Francisco, ao sul.

 

Fonte:

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional



01/11/2013 16:39


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