Arrendamento do Porto de Paranaguá não pode ser politizado, afirma Gleise



Em reunião nesta quinta-feira (10) em Brasília, com representantes de vários setores empresariais e de governo do Paraná, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, pediu que não seja politizada a questão do arrendamento de áreas do Porto de Paranaguá (PR).

Gleisi garantiu que as discussões são técnicas e esta é a base da disposição do governo na condução do processo do porto paranaense.“Estamos tratando Paranaguá como todos os portos brasileiros e o que queremos é que a produção do país não fique limitada pelo gargalo logístico”.

No dia 27 de setembro, a Secretaria Especial de Portos apresentou em Curitiba os estudos, depois colocados em consulta pública por 30 dias, para o arrendamento de áreas no Porto de Paranaguá. Seguiu-se uma reação política de setores do empresariado paranaense e representantes do porto e do governo estadual contra a proposta para Paranaguá e ameaçaram entrar com ação na Justiça.

Gleisi ressaltou que “foi muito ruim a ameaça de judicialização” já que os estudos estão em consulta pública justamente para colher contribuições e sugestões para o aperfeiçoamento do projeto antes de ir a leilão.

Premissas

A ministra destacou que na concessão de portos, o governo trabalha com três premissas: o modelo não foca arrecadação, tem que ter escala para alcançar competitividade e ser um sistema complementar em relação aos demais modais de transporte.

“Estamos com a visão de integrar a logística do país”, disse Gleisi e “se o Brasil vai bem, o Paraná vai bem, São Paulo vai bem, Mato Grosso e todos os demais estados”. Acrescentou que a viabilidade econômica do modelo de portos é “fundamental para o futuro e a adequação tem que ter muita clareza pra não prejudicar o investidor na capacidade futura do porto”.

A ministra disse que a reunião foi “um importante e rico momento para fazer mais uma interação com os representantes da produção e do Porto de Paranaguá”. Destacou que o governo federal tem o compromisso de fazer as adequações técnicas e estudar as sugestões apresentadas porque “o que queremos é que as limitações de capacidade do porto sejam superadas”.

Reunião

Estiveram na audiência também o ministro da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams; o ministro da Secretaria Especial de Portos, Antônio Henrique Silveira; presidente do sistema Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovki; presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Edson Campagnolo; representante do Fórum Futuro 10 Paraná, Rogério Mainardes; presidente do sistema Fecomércio, Darci Piana; superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Dividino; presidente da Cooperativa Agropecuária Mourãoense Ltda (Coam), José Aroldo Gallassini.

Fonte:

Casa Civil



11/10/2013 10:26


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