ARRUDA REBATE ACUSAÇÕES DE REQUIÃO



O líder do governo no Senado, José Roberto Arruda (PSDB-DF), Respondendo questionamentos do senador Roberto Requião (PMDB-PR), o líder do governo no Senado, senador José Roberto Arruda (PSDB-DF), explicou que a declaração de renda do então candidato a presidência da república, Fernando Henrique Cardoso, citada em matéria da revista Isto É, em 1993, tinha seus valores declarados menores do que os nominais por causa da inflação que havia na época, que chegou a 80% ao mês. Arruda explicou que a resposta de Fernando Henrique foi publicada na semana seguinte, na própria revista. "Vivíamos uma inflação galopante, a desvalorização da moeda frente ao dólar representava grandes diferenças em 12 meses. Essas diferenças podem ser encontradas em todas as declarações de bens", disse.

Quanto a reunião em Minas, Arruda afirmou que estão confundindo o ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga, com o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação do governo, Angelo Andrea Matarazzo. De acordo com Arruda, Pimenta da Veiga não esteve na tal reunião, nem autorizou a utilização de seu nome. Arruda explicou ainda que quem decide sobre a aplicação de verbas de comunicação do governo é Matarazzo. O líder explicou que em reuniões Matarazzo comunicou a descentralização das verbas oficiais de comunicação, uma decisão do governo com objetivo de informar melhor as diferentes regiões do país sobre as iniciativas federais, com a linguagem própria regional. "O governo não pode ficar condenado a incompetência nesse setor", disse.

Para José Roberto Arruda, as denúncias que vem surgindo em Minas se devem a situação eleitoral em Belo Horizonte, onde um empate técnico colocou o candidato João Leite muito próximo a Célio de Castro. Arruda questionou porque o ex-candidato Cabo Júlio, que marcou sua campanha com ataques a Célio de Castro, desistiu da candidatura e passou a apoiar Célio. José Roberto Arruda disse ainda que os senadores que costumam criticar a imprensa por não dar repercussão a seus discursos devem fazer uma auto-crítica para verificar a objetividade de suas denúncias. "A imprensa brasileira não costuma publicar adjetivos. Se um discurso é apenas adjetivos, não vira notícia", afirmou.

19/10/2000

Agência Senado


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