Antero rebate acusações de João Arcanjo
O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) refutou nesta terça-feira (2) as afirmações do ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro, condenado a 37 anos de prisão. De acordo com João Arcanjo, que é considerado um dos chefes do crime organizado no estado do Mato Grosso, Antero teria lhe pedido dinheiro para a campanha eleitoral de 2002.
- Nunca fiz empréstimo, nem recebi doação, nem autorizei ninguém a fazê-lo em meu nome. Nunca recebi nenhum benefício dessa gente e desafio qualquer um a provar o contrário - disse o senador, autorizando a abertura de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico.
Antero lembrou ter solicitado investigações mais aprofundadas sobre as atividades de João Arcanjo, tendo inclusive sugerido a punição do ex-policial no relatório paralelo que apresentou quando presidia a CPI do Banestado, que foi encerrada sem que fosse votado um documento final. Na época, ele também teria pedido intervenção nas empresas de João Arcanjo, que estariam sendo usadas para fazer remessa ilegal de divisas para o exterior e lavagem de dinheiro.
Antero afirmou que as acusações de que é alvo partem de pessoas envolvidas com o crime organizado em seu estado, e destacou, além de João Arcanjo, o juiz Julier Sebastião da Silva, que o acusou, em fevereiro, de fazer caixa dois em campanhas eleitorais.
Vários senadores se solidarizaram com Antero. Elogiaram a forma como ele tem enfrentado as denúncias e testemunharam por sua honestidade o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e os senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM), Almeida Lima (PMDB-SE), Juvêncio da Fonseca (PSDB-MS), Eduardo Azeredo (PSDB-MG), Luiz Pontes (PSDB-CE), Heráclito Fortes (PFL-PI) e Alvaro Dias (PSDB-PR).02/05/2006
Agência Senado
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