Arthur Virgílio ampara críticas ao governo no noticiário da imprensa
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), voltou a cobrar maior resolutividade nas ações anunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na avaliação do senador, -o governo é inexistente no administrativo, não toca projetos nem executa planos-. O senador tucano também afirmou que o país -está parando-, tachando de simbólica a recente redução de 0,5% operada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na taxa de juros.
Durante discurso em Plenário, nesta terça-feira (24), Arthur Virgílio recorreu a matérias jornalísticas para respaldar seus argumentos. Para ilustrar a demora na implementação de ações governamentais, citou editorial do jornal O Estado de S. Paulo que classificou o programa Fome Zero como -paradigma de gestão incompetente-. Sobre o compromisso de campanha de Lula de gerar 10 milhões de empregos em quatro anos, comentou reportagem do jornal O Globo que aponta a existência de quase 500 mil desempregados na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Quanto à redução de 26,5% para 26% na taxa básica de juros, destacou reportagem da revista Veja afirmando que a medida só surtirá efeitos na economia se o Banco Central -repetir ou aumentar a dose nos próximos meses-. Ele disse que -o excesso de cautela do Banco Central [em relação aos juros] pode se reverter em ponto negativo para o país-, sugerindo que esse corte, para produzir resultados, deveria ser de pelo menos 2%.
Agricultura
Arthur Virgílio também se valeu do noticiário nacional para comentar a -relação nociva- entre o atual governo e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ao anunciar o novo plano de safra para a agricultura familiar, que prevê crédito de R$ 5,4 bilhões, o presidente Lula teria feito um apelo indireto por uma trégua nas ocupações de terra. Como a coordenação nacional do movimento negou-se a aderir a esse compromisso, o senador tucano enxergou uma -clara ameaça- à política agrícola do país.
- Não vai dar para o governo postergar sua responsabilidade o tempo inteiro - declarou.
O senador lembrou que quando alguma iniciativa governamental desperta impopularidade o governo diz que é cedo para críticas. Já quando algo alcança sucesso, assume como seu.
- Vai chegar o tempo em que não vai dar mais para dizer que a culpa é do governo anterior - disse.
24/06/2003
Agência Senado
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