Ideli contesta críticas de Bornhausen e Arthur Virgílio ao governo
A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), rebateu críticas do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, feitas em entrevista à imprensa. Borhausen teria dito que "a crise no Brasil tem nome e seu nome é Lula". Ela também contestou afirmação de Jorge Bornhausen de que o Brasil está perdendo a oportunidade de crescer entre 6% a 8% em 2004 por ineficiência do governo. A senadora afirmou que o país crescerá 3,5 a 4% em 2004, que é a taxa de desenvolvimento possível de ser sustentada, uma vez que taxas maiores trariam falta de energia elétrica e colapso da infra-estrutura de estradas e portos.
Ideli lembrou declarações do presidente Lula afastando a possibilidade de adotar "planos mirabolantes ou aventuras". Ela afirmou que planos anteriores resultaram em prejuízos para as camadas mais carentes da população.
A líder do PT reclamou ainda do tom de alguns pronunciamentos feitos por oposicionistas na sexta-feira (26), no Plenário. Ela citou como exemplo discurso do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), que teria tratado os ministros Ciro Gomes e José Dirceu e o presidente Lula com termos como covarde, mamulengo, ventríloquo, boneco, chantagista, perdido nos salões de Paris, mentiroso, calhorda e mafioso.
A senadora considerou lamentável que o debate eleitoral esteja sendo antecipado, quando o Senado deveria estar se preocupando com a votação de matérias como a Lei de Falências, a da Biossegurança, e a que detalha a proposta do governo para a realização de parcerias para investimentos em infra-estrutura, os chamados projetos de parcerias público-privadas (PPP).
- Esse tipo de debate não é conveniente, porque não ajuda o país - afirmou. O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) criticou Ideli Salvatti (PT-SC) por contestar senadores que não estavam no Plenário.
- Há uma tradição secular no Senado que não se ataca um colega, quando ele não está presente - disse o senador.
29/03/2004
Agência Senado
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