Arthur Virgílio assinala que desemprego atinge a pior marca nos últimos 18 meses



O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) comentou os novos números do desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativos ao comportamento do mercado de trabalho nas seis principais regiões metropolitanas, apontando a existência de mais de 2 milhões de desempregados, afirmando que esta é a pior marca nos últimos 18 meses.

Na avaliação de Arthur Virgílio, se a pesquisa tivesse sido feita em todas as regiões do país, o número de desempregados cresceria "em muitos milhões".

- O exército de desempregados voltou ao nível de setembro de 2007 e hoje já é praticamente igual ao que existia no início da gestão do presidente Lula, um ano de crise, o de 2002, quando o número de pessoas sem ocupação somava 2,130 milhões de desempregados nessas mesmas seis regiões metropolitanas - disse o senador.

Na avaliação de Arthur Virgílio, o país está enfrentando uma crise "que tem sido trabalhada com muito pouco realismo pelo governo". Ele lembrou que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, depois de anunciar um crescimento para o país de 4%, este ano, agora fala em 2%, enquanto o Banco Central fala em 1,2%. Ele observou, no entanto que, segundo o Fundo Monetário Internacional, o Brasil vai crescer torno 0,5%, "o que já seria afortunado".

- E isso representa mais desemprego, mais empresas fora da legalidade, mais queda na arrecadação, significa, enfim, um círculo vicioso no qual nós só nos livraríamos mesmo se o Brasil começasse a fazer um ajuste fiscal corajoso, que não me parece passar pela cabeça dos governantes - disse o senador.

Anistia

Arthur Virgílio também solicitou à Mesa que recebesse, na íntegra, pronunciamento em que resume a visita, em seu gabinete, do Sr. Fernando Peixoto, oficial-aviador punido pelos atos de exceção do regime militar. Peixoto, segundo o senador, informou que, de um total de 82 oficiais-aviadores atingidos pelos atos institucionais, apenas 19 ainda estão vivos, os quais requerem junto à Comissão de Anistia o regime de anistiados políticos conforme a Lei nº 10.559, de 2002.

O senador informou que a média de idade desses oficiais é de 80 anos e que, passados sete anos da vigência da lei, foram julgados somente dois processos. Mais seis oficiais morreram e um se encontra em estado vegetativo. Diante disso, explicou o senador, os oficiais estão reivindicando o julgamento em grupo, como já tem acontecido com algumas categorias.



28/04/2009

Agência Senado


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