Arthur Virgílio condena comportamento de deputada do PT
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), demonstrou indignação em Plenário nesta sexta-feira (24) com a manifestação da deputada Angela Guadagnin (PT-SP), que dançou em Plenário ao constatar que seu colega de partido, o deputado João Magno (MG), tinha sido absolvido pelo Plenário da Câmara, na última quarta-feira (22), das acusações de envolvimento com o chamado "valerioduto".
- Na sua dança canhestra, na falta de noção do que significa o respeito formal ao Parlamento, a deputada talvez tenha encarnado todo o clima de ridicularia e falta de senso que acometeu o governo - disse.
O parlamentar afirmou que tem recebido e-mails com manifestações de cidadãos que pedem até o fechamento do Congresso, cuja imagem, em sua opinião, desgasta-se cada vez mais, com as constantes absolvições dos deputados acusados de envolvimento com corrupção e recebimento de caixa dois.
- Me pergunto se o Congresso é ou não capaz de preservar-se e autodefender-se. Será que vai perecer no ritmo da dança da deputada tribalista do mensalão? Será que vamos assistir impávidos sem sermos tocados na nossa honra de homens públicos? - questionou.
Arthur Virgílio também pediu que o presidente do Senado, Renan Calheiros, tenha uma conversa com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim, para delimitar os limites da ação de cada Poder e não permitir o que chamou de amesquinhamento das atividades do Congresso. O senador destacou ainda matéria publicada pela revista britânica The Economist citando que o Brasil "está entrando em uma situação de perigo" por causa das acusações e constantes desmentidos que envolvem o ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
24/03/2006
Agência Senado
Artigos Relacionados
Arthur Virgílio: Senado não pode mais ter 'comportamento flácido'
Arthur Virgílio: demissão de marido de deputada rebelde "é desvão escabroso"
Arthur Virgílio critica comportamento de Lula como presidente e candidato
Arthur Virgílio condena declarações de Lula
Arthur Virgílio condena atuação do Exército no Rio de Janeiro
Arthur Virgílio condena "travo do autoritarismo do governo"