Arthur Virgílio: demissão de marido de deputada rebelde "é desvão escabroso"
O senador Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB, disse da tribuna que a demissão do marido da deputada Maria José Maninha (PT-DF) do cargo de diretor-executivo da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) tem duas leituras negativas. Conforme notícia divulgada pela imprensa, Antônio Carlos Andrade foi demitido porque a deputada se absteve na votação da reforma da Previdência.
- Ou o PT nomeou de forma politiqueira o senhor Antônio Carlos para um cargo público da maior importância por ser ele marido da deputada Maninha, ou o demitiu também de forma mesquinha se for ele competente. Isso é um desvão escabroso - sustentou.
Se a nomeação -foi politiqueira, é pouco legítima-, na opinião do líder do PSDB, porque o objetivo teria sido o de -cooptar a deputada Maninha-. No entanto, a seu ver, se ele é competente, a deputada poderia votar qualquer coisa, -inclusive a volta da monarquia-, e o PT não teria o direito de demitir o seu marido.
- Alerto para esse conluio entre o a fisiologia e a falta de convicção política - continuou.
Em aparte, o senador José Jorge (PFL-PE) afirmou que -há uma grande coincidência lá em Pernambuco-, porque a direção regional da Funasa foi ocupada pela mulher de um vereador e -tiveram até de mudar a lei, pois ela não é funcionária do órgão-. O senador Almeida Lima (PDT-SE) informou que situação idêntica se repetiu em Sergipe, onde o posto foi entregue a uma candidata derrotada nas última eleições.
- Vê-se que a Funasa virou comitê eleitoral, que foi politizada - observou no final Arthur Virgílio.
21/08/2003
Agência Senado
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