Arthur Virgílio critica presidente do Incra



O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) criticou nesta quarta-feira (24) a afirmação do presidente do Incra, Rolf Hackbart, de que o agronegócio é o responsável pelos recentes assassinatos de trabalhadores sem terra em Minas Gerais. Para Virgílio, o presidente do Incra está promovendo uma guerra ideológica "retrógrada, atrasada e démodé". O senador ainda comentou o artigo da socióloga Ruth Cardoso, esposa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em que aponta um retrocesso na área social do governo por deixar de exigir a matrícula das crianças nas escolas para que as famílias recebam os recursos.

Arthur Virgílio disse que o governo Lula é inoperante e incompetente e quer transformar cidadãos em eleitores de cabresto.

- Fazemos oposição de chatos que somos, porque o PT já faz oposição aguerrida ao governo - afirmou.

Virgílio exemplificou citando reclamação do presidente da República de que José Genoíno não sabe controlar o partido.

- Equivaleria a Genoíno dizer que o Lula não sabe presidir o país - acrescentou.

O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) disse que mais absurdo que a acusação do presidente do Incra é a sua manutenção no cargo.

- O setor produtivo não merece esse tipo de agressão - afirmou.

Antero disse ainda que a área social do governo é um desastre por causa do aparelhamento feito pelo PT, e que o Bolsa-Escola transformou-se no "Bolsa-Esmola".

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse que a acusação do presidente do Incra, além de absurda, é inconveniente e, do ponto de vista administrativo, uma improbidade. Para Jereissati, o Bolsa-Escola é a destruição da cidadania.

- É preciso que o presidente Lula tome imediatamente as rédeas desse processo, pois é o responsável por essas pessoas que fazem declarações irresponsáveis e vamos cobrar dele. Não dá mais para ficar calado - frisou.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que as afirmações de Ruth Cardoso não condizem com os fatos. Segundo ele, as falhas do Bolsa-Escola, denunciadas pela imprensa, estão sendo corrigidas e que aumentou muito o número de famílias atendidas.

- Se tem ajuste a ser feito é porque alguém nesse governo teve a idéia de jerico de excluir a exigência da freqüência dos alunos no Bolsa-Escola. Não deveria ter demitido quem teve essa idéia de jerico? - indagou Arthur Virgílio.



24/11/2004

Agência Senado


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