Arthur Virgílio diz que reforma trará desequilíbrio nas contas da Previdência
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) afirmou em seu voto em separado ao relatório do senador Tião Viana (PT-AC) sobre a reforma da Previdência que a série de medidas encaminhadas pelo governo ao Congresso como restritas e fiscalistas. Ele acredita que, embora possa produzir um alívio temporário produzido pelo aumento da arrecadação, a reforma produzirá desequilíbrio no futuro.
O senador pelo Amazonas também entende que a proposta do governo não trata de forma adequada a inclusão na Previdência Social dos cerca de 42 milhões de brasileiros que hoje estão fora do sistema, embora contribuam indiretamente para sua manutenção. Arthur Virgílio entende que este aspecto não poderia ser ignorado na reforma da Previdência.
- A proposta que está sendo votada é falha por não buscar uma solução de longo prazo para o desequilíbrio financeiro do sistema previdenciário brasileiro. Em contrapartida, consagra apenas soluções temporárias e parciais. Perde-se, assim, mais uma oportunidade de se estabelecer um regime de previdência baseado em parâmetros que melhor espelhem as tendências demográficas atuais e efetivamente equilibrado no longo prazo - afirmou Arthur Virgílio.
Lembrando que o Partido dos Trabalhadores trabalhou contra a aprovação da reforma da Previdência proposta pelo governo Fernando Henrique Cardoso, Arthur Virgílio disse que os parlamentares do PT estão devendo um pedido de desculpas à sociedade e a seus eleitores por ter negado apoio àquela proposição. Ele acrescentou que o tempo comprovou que o partido fez oposição não ao presidente Fernando Henrique, mas ao país.
24/09/2003
Agência Senado
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