Arthur Virgílio presta homenagem ao ex-senador Marcos Freire nos 20 anos de sua morte
O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), apresentou em Plenário, nesta terça-feira (4), requerimento solicitando voto de lembrança pela passagem do 20º aniversário da morte de Marcos Freire, no próximo dia 8. Prefeito de Olinda, deputado federal, senador e ministro da reforma Agrária no governo do presidente José Sarney, Marcos Freire morreu em decorrência de acidente aéreo em 1987, no sul do estado do Pará.
- Marcos Freire é desses exemplos de honradez na vida pública. Nome que deve sempre ser lembrado em um país de tão pouca memória e tão carente de valores como ele - disse o senador.
Arthur Virgílio afirmou que o 20º aniversário da morte de Marcos Freire jamais poderia passar em branco, pois, em 1987, "morria, em serviço, um dos mais brilhantes e destemidos parlamentares, que se destacara na luta contra a ditadura militar e pela restauração do regime democrático no país". Sua morte, disse o senador, "foi uma notícia triste que abalou o mundo político brasileiro". O senador pediu que o voto de lembrança fosse encaminhado à viúva Maria Carolina Vasconcelos Freire.
Fazendo um breve histórico da vida pública de Marcos Freire, Arthur Virgílio lembrou que em 1968, eleito prefeito de Olinda com expressiva votação pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), renunciou ao cargo em protesto contra a edição do Ato Institucional nº 5, pelo regime militarditadura,e a cassação de seu vice-prefeito. Voltou à política em 1970, como deputado federal pelo MDB onde ajudou a criar o "grupo dos autênticos", ala "mais aguerrida e avançada" do partido, segundo Arthur Virgílio.
Arthur Virgílio recordou ainda que Marcos Freire lançou-se candidato ao Senado com o lema "Sem ódio e sem medo" que ficou na história. Foi um dos 16 senadores oposicionistas eleitos em 1974. Depois, escolhido por Tancredo Neves e confirmado por José Sarney, que assumiu a Presidência em seu lugar após a sua morte, tornou-se ministro da Reforma Agrária.
Homenagens
O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) afirmou que Marcos Freire foi "um líder que soube desempenhar papel adequado ao momento em que viveu, lançando a base para uma ação política conseqüente de oposicionistas brasileiros".
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) classificou-o como modelo de político ousado, afirmativo, competente e "implacável em relação ao autoritarismo e aos desmandos governamentais", que serviria como um espelho para a geração de políticos que chegava para lutar contra a ditadura militar.
Heráclito Fortes (DEM-PI) recordou o lema de sua política "Sem ódio e sem medo", sua renuncia ao cargo de prefeito de Olinda e seus pronunciamentos no Senado, "entre os melhores" gravados em livro e CD durante a gestão do então presidente da Casa Antonio Carlos Magalhães.
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) afirmou que Marcos Freire era "um exemplo de combatividade, correção e dignidade", que marcou presença no Congresso Nacional e no Senado como a "voz corajosa e destemida que combateu a ditadura" .
Heráclito Fortes (DEM-PI) disse pertencer a uma geração de políticos muito influenciada por Marcos Freire que, segundo ele, mudou os padrões de fazer política "com sua vasta cabeleira e discurso moderno".
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) elogiou a trajetória política de Marcos Freire que considera "um dos combatentes maiores pela redemocratização" e membro da ala mais progressista do MDB "que sempre soube lutar pelos ideais maiores do povo brasileiro".
Flexa Ribeiro (PSDB-PA) destacou a proximidade de Marcos Freire com o Pará na busca de uma solução para os problemas fundiários do estado.
Homenagem a ACM
O senador Tasso Jereissati, presidente do PSDB, registrou em Plenário sua presença às homenagens pela 30º dia da morte do senador Antonio Carlos Magalhães na Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, em Salvador. O senador morreu de complicações cardíacas e renais no dia 20 de julho. Nesta terça-feira, ele estaria completando 80 anos de idade.
O presidente da Casa, Renan Calheiros, associou-se às homenagens ao senador baiano, a quem classificou como "grande homem público e amigo de todos nós".04/09/2007
Agência Senado
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