Artistas apoiarão candidatura de Cristovam ao cargo de diretor-geral da Unesco
Grandes atrizes brasileiras, como Bibi Ferreira e Fernanda Montenegro, poderão em breve participar de uma inédita e apartidária campanha política, destinada a divulgar a candidatura do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) à diretoria-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Um manifesto de apoio à candidatura, que vem sendo elaborado por representantes do meio artístico, será divulgado ainda em setembro.
A movimentação de artistas pela candidatura de Cristovam começou há uma semana, durante a realização de um seminário sobre a formação de platéia para o teatro, realizado no Memorial da América Latina, em São Paulo. Ao saber que o nome do senador já havia sido lembrado por personalidades internacionais como Kofi Annan, ex-secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU), e pelo ex-presidente português Mário Soares, o ator Odilon Wagner logo propôs que os artistas brasileiros adotassem a candidatura.
- O senador é um dos grandes pensadores brasileiros e está cem por cento voltado às questões ligadas à Unesco, como educação, ciência e cultura. Além disso, o Brasil e a América Latina nunca tiveram um cargo dessa dimensão - disse por telefone à Agência Senado, ao comentar o encontro realizado em São Paulo, Odilon Wagner, que preside a Associação Brasileira de Produtores Teatrais Independentes (ABPI).
O futuro diretor-geral da Unesco tomará posse em outubro de 2009. Mas acredita-se, nos meios cultural e diplomático, que a escolha do sucessor do atual diretor, o japonês Koichiro Matsuura, ocorrerá até o início do próximo ano. Por isso, os artistas brasileiros pretendem agilizar a apresentação da candidatura e divulgar uma lista de apoio a Cristovam por meio da Internet. Na opinião de Wagner, "nada vai acontecer" se não houver uma ampla mobilização em favor da candidatura brasileira.
Cristovam, que preside a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), chegou a defender a indicação para a direção da Unesco da ex-senadora colombiana Ingrid Betancourt, que ficou seis anos refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Durante o encontro de São Paulo, porém, artistas nacionais pediram a ele para esquecer essa iniciativa e se dedicar à própria candidatura.
02/09/2008
Agência Senado
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