Artur da Távola homenageia centenário de nascimento de Cecília Meireles
- A poesia de Cecília Meireles é uma harpa sonora em que a alma feminina se manifesta de maneira plena - afirmou.
Ao recordar o início da carreira de Cecília na literatura nacional, durante o Movimento Modernista de 1922, Artur da Távola destacou o caráter "livre e intimista" que distinguiu os seus versos. Essa percepção da obra da homenageada foi reforçada por comentários dos escritores Carlos Drummond de Andrade, que a considerava "livre, solta", e Manuel Bandeira, para quem Cecília Meireles era "libérrima e exata".
Artur da Távola também assinalou momentos importantes do vida profissional de Cecília, a primeira mulher a receber prêmio da Academia Brasileira de Letras (ABL) pelo livro A Viagem . Lembrou ainda da militância contra a ditadura de Getúlio Vargas e o exercício da carreira jornalística entre 1930 e 1960, quando publicou mais de 1.200 artigos sobre educação, literatura e folclore em grandes jornais do país, como Folha de S. Paulo e Diário de Notícias.
O senador tucano não deu menos destaque a passagens melancólicas da vida pessoal de Cecília Meireles, que nasceu após a morte do pai e perdeu a mãe aos três anos de idade. Segundo Artur da Távola, lembranças da infância solitária, vivida ao lado da avó, são presença marcante em várias de suas obras. A homenagem da liderança do governo a Cecília Meireles foi encerrada com a leitura do poema "Retrato", reprodução fiel da "delicadeza e questão existencial que sempre marcou a vida de uma mulher de grande beleza".
29/11/2001
Agência Senado
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