Ásia e África: principais destinos internacionais do ecoturismo
Quando se trata de ecoturismo realizado fora do Brasil, os cuidados principais devem ser também em relação à malária, raiva e, principalmente, moléstias transmitidas pela água e pelos alimentos. Laos, Camboja, Vietnã, Tailândia, Mianmar (antiga Birmânia), na Ásia, e regiões de safáris, na África, são alguns dos principais destinos ecoturísticos internacionais daqueles que procuram o Ambulatório dos Viajantes do Hospital das Clínicas e o Núcleo de Medicina do Viajante do Instituto de Infectologia Emílio Ribas para informações.
Na Ásia, os objetivos são as escaladas e os passeios de barco. Na África, os safáris. No caso dos safáris organizados por meio de agências de viagens, que duram cerca de três dias, o risco de contágio é bem menor. Já os realizados por conta do próprio viajante, algumas vezes por períodos prolongados, atravessando o continente de leste a oeste, envolvem mais riscos, inclusive de acidente com animais selvagens.
Mais do que para o ecoturista, o risco na África é para pessoas que vão trabalhar por período prolongado em áreas rurais, explica a médica Tânia Souza Chaves. Isso em razão da doença do sono, causada por protozoários transmitidos pela mosca tsé-tsé. Nos estágios mais avançados da enfermidade, quando atinge o cérebro, provoca distúrbios de sono, dor intensa, convulsões, podendo causar a morte. Outra doença transmitida por inseto é a filariose (elefantíase), conhecida por deixar as pernas avolumadas.
Precauções
Além de beber água tratada, o viajante – incluindo o ecoturista – deve adotar alguns procedimentos para evitar doenças em viagens. Um deles é não consumir gelo quando se desconhece a origem da água. Deve-se também evitar alimentos crus. Ao comer frutas, é aconselhável lavá-las e descascá-las. Carnes têm de estar bem-cozidas ou bem-assadas.
Quando não se dispõe de água potável, como nas trilhas ou acampamentos, basta aplicar de três a quatro gotas de hipoclorito de sódio (dependendo da concentração da substância) para cada litro, por um período de 20 a 30 minutos. O hipoclorito é encontrado em postos de saúde e vendido em supermercados.
Repelentes – No caso das doenças transmitidas por vetores, poucas dispõem de vacinas. Uma das formas de proteção é o uso de repelentes e mosquiteiros. O uso de repelente evita picadas de insetos e reduz o risco de contrair malária, leishmaniose, febre maculosa, dengue e filariose.
O repelente ideal é o que contém dietiletilbenzamida numa concentração de 30%, que deve ser reaplicado de quatro em quatro horas. Repelentes com concentração abaixo disso requerem reaplicações em intervalos bem menores de tempo.
Atraso no diagnóstico – O ecoturista também precisa estar atento, antes de banhar-se em lagos, riachos ou cachoeiras, para a presença de caramujos no local e de roedores nas proximidades. Em caso de acidentes com animais peçonhentos, não fazer torniquete no local da picada.
Qualquer sintoma, após visitar áreas de risco, é recomendável procurar o Ambulatório dos Viajantes do HC ou o Núcleo de Medicina do Viajante do Instituto Emílio Ribas, para uma investigação adequada. “O maior problema dessas doenças é o atraso no diagnóstico”, lamenta Tânia.
SERVIÇO
Ambulatório dos Viajantes do HC
Rua Doutor Enéas de Carvalho Aguiar, 155 – Térreo – Cerqueira César – capital
Informações e agendamento de consultas:
Telefone (11) 3069-6392
Núcleo de Medicina do Viajante do Instituto de Infectologia Emílio Ribas
Avenida Doutor Arnaldo, 165 – Cerqueira César – capital
Informações e agendamento de consultas:
Telefones (11) 3896-1366 – 3896-1400
E-mail [email protected]
04/15/2008
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