Assembléia comemora 166 anos e destaca luta por justiça social
Em Sessão Solene, a Assembléia comemorou, nesta tarde, os 166 anos de sua existência, em ato que contou com a presença do secretário da Casa Civil, Flávio Koutzii, representando o governador do Estado, do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Luiz Felipe Vasquez de Magalhães e diversas autoridades civis e militares. O presidente da Casa, deputado Sérgio Zambiasi, fez um chamamento aos deputados e funcionários para que se alistem “acima e além de divisões partidárias e credos ideológicos, numa mesma luta: a da promoção da justiça social, para que tenham fim disparidades perversas, para que a economia sirva à sociedade, para que a política seja feita em todos os momentos e em todas as horas como uma cruzada de redenção dos oprimidos”.
Único orador da solenidade, o presidente do Legislativo começou lembrando que “são raros os parlamentos cuja trajetória se vincula tanto à história do Estado a que serve como o do Rio Grande do Sul. Essa é a principal característica desta Casa, que nasceu intimamente vinculada à maior de nossas façanhas, a Revolução Farroupilha”.
Depois de rememorar os principais episódios que marcam a existência do Parlamento Gaúcho, desde a sessão inaugural a 20 de abril de 1835 e o debate em torno da previsível eclosão da revolução, Zambiasi deduziu que “não se conta a história do Rio Grande do Sul sem contar-se a história desta Casa, que é a Casa do Povo. Ao longo dos 166 anos de sua trajetória, ela esteve presente e atuante em todos os grandes acontecimentos que marcaram nossa evolução política, econômica, social e cultural”.
Ao citar os principais vultos da história gaúcha e que marcaram presença no Legislativo, entre os quais citou o líder da Revolução Farroupilha, Bento Gonçalves e o ex-presidente Getúlio Vargas, Sérgio Zambiasi chamou a atenção para “a medida das responsabilidades” dos atuais deputados, tanto com a instituição, quanto com “nossa terra, nossa gente e nossa história”. E disse que os parlamentares “melhor servirão o Rio Grande se servirem suas grandes causas. E a maior delas” – prosseguiu – “é o desafio de distribuir de forma equânime e justa os frutos do trabalho coletivo, permitindo que cheguemos a uma sociedade mais justa e solidária”.
Mesmo lembrando que os indicadores sociais do Estado, como mortalidade infantil, expectativa de vida e analfabetismo, se aproximam daqueles de países desenvolvidos, disse que “não podemos ignorar a chaga moral que ofende nossas consciências, como as brutais desigualdades de renda, a pobreza e a miséria a que milhares de gaúchaos ainda estão condenados”.
Zambiasi concluiu afirmando que “pagar essa dívida social não é dever apenas deste ou daquele Poder constituído, mas da sintonia de esforços de todos os poderes e de todos os cidadãos. Esse, porém, é um dos objetivos primordiais desta Casa, que não foi eleita para defender elites, mas para resgatar os humilhados e os ofendidos, os despossuídos, os excluídos, os injustiçados”.
04/25/2001
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