Assembléia forma subcomissão de combate às drogas









Assembléia forma subcomissão de combate às drogas
O problema da infiltração de drogas entre os jovens gaúchos se tornará tema de debate da Assembléia Legislativa durante o ano de 2002. O objetivo da Subcomissão Mista, que reúne as Comissões de Saúde, Educação e Direitos Humanos, é realizar audiências públicas, inclusive em municípios do interior do Estado, para debater o assunto com a sociedade.

O lançamento oficial da campanha "Prazer é Viver sem Drogas" será no dia 11 de março com um seminário, que contará com destaques nacionais no cenário antidrogas. Já está confirmada, segundo a deputada Iara Wortmann (PPS), - relatora da subcomissão - a presença do secretário nacional antidrogas, general Paulo Roberto Uchôa.

A idéia de criar a subcomissão veio de uma carta elaborada no final do 1º Seminário sobre Narcotráfico, ocorrido em julho do ano passado, em Novo Hamburgo. O documento pedia ações da Assembléia Legislativa para mobilizar o Estado e promover a união da sociedade no combate às drogas.


Olívio diz que PT está curtido em prévias
A executiva estadual do PT estará reunida hoje para regulamentar a prévia interna para o governo do Estado e definir o calendário de debates entre o prefeito Tarso Genro e o governador Olívio Dutra. Segundo o presidente estadual do partido, David Stival, o PT garante o procedimento técnico mas assegura que o diretório regional segue buscando o consenso para evitar a disputa.

Stival disse que será feito todo o esforço possível nos próximos sete dias para que o partido chegue a um acordo. Para o presidente, porém, a solução definitiva deve sair dentro desse período seja qual for o resultado.
Ontem, deputados federais e estaduais do PT estiveram reunidos no assentamento Capela, em Nova Santa Rita, onde reside o líder do partido, deputado Dionilso Marcon. Pela manhã, decidiram, antes da chegada de Olívio, firmar pacto pela unidade do partido, caso se confirme a escolha de candidato ao governo por meio de prévia.

A idéia é que, independe do resultado, todas as correntes permaneçam unidas para reeleger o projeto da Frente Popular. Os parlamentares discutiram ainda a necessidade de que o governo gaúcho melhore sua sintonia com as bancadas do partido. O chefe da Casa Civil, Flávio Koutzii, também participou do encontro.

Durante a reunião, Stival voltou a sustentar que sua função nas prévias será manter a união do partido. O presidente regional defende que o vice da chapa petista ao Piratini deva ser da corrente que for derrotada nas prévias. Sobre uma possível aliança nacional entre o PT e o Partido Liberal, Stival afirmou que o diretório gaúcho só vai se pronunciar no final de março.

Tarso afirmou ontem que está aberto ao diálogo para que o partido chegue a um consenso na definição da sua candidatura ao governo do Estado. Tarso declarou que, em nome do entendimento, não descarta a possibilidade de retirar o seu nome da disputa, desde que o governador também admita abrir mão da sua candidatura como pressuposto para um acordo.

Apoiado por dez correntes internas no PT, Tarso elogiou a oxigenação proposta pelo grupo dissidente da Articulação de Esquerda que, no domingo, formalizou a criação de uma nova tendência, a Pólo de Esquerda. "A iniciativa quebra com a relação pragmática burocrática das correntes sobre os militantes do partido", manifestou.

Em resposta à proposta de Tarso, o governador Olívio Dutra afirmou que a imprensa não é o fórum adequado para o debate. "Eu não preciso falar com o companheiro Tarso pela imprensa e nem ele comigo. Esse é um assunto que deve ser tratado nas instâncias partidárias", disse. Olívio admitiu estar "sempre aberto a uma boa conversa", desde que sirva ao conjunto do partido.

O governador concordou que a prévia não deve ser temida pelo PT, que sempre utilizou esse procedimento. "O partido está curtido em prévias", disse, sem antes declarar que vê no consenso, tanto estadual como nacional, a melhor alternativa para o PT no atual momento político.


PPS quer aliar-se com PDT e PTB no Estado
O PPS busca acertar a formação de uma aliança com o PDT e o PTB no Estado. A informação foi divulgada ontem pelo presidente regional do partido, deputado federal Nelson Proença, que retoma nesta semana as discussões em torno da montagem da chapa majoritária na eleição deste ano. "Uma chapa com o PDT e o PTB é a dos sonhos do PPS", afirmou, destacando que as negociações com o PTB estão adiantadas.
Segundo ele, a decisão final depende da evolução das coligações nacionais. "Estamos subordinados ao prazo de Brasília, porque as alianças daqui estarão diretamente vinculadas às nacionais", disse.

Garantiu que o retardo na deliberação não prejudicará a candidatura socialista. "As campanhas estão cada vez mais curtas no Brasil", justificou. Adiantou, ainda, que a chapa será anunciada entre final de março e abril.
Até lá, os militantes trabalham para estruturar o partido no interior do Estado. "Pretendemos estruturar o PPS nos 100 maiores municípios, que concentram 85% do eleitorado gaúcho, até abril", antecipou.

Outro dos principais objetivos da direção regional, conforme Proença, é fortalecer a candidatura de Ciro Gomes no Estado. Para isso, já foi acertada com a coordenação nacional da campanha uma agenda de visitas do presidenciável ao Rio Grande do Sul. Sobre os nomes que comporiam a chapa estadual, citou Sérgio Zambiasi (PTB), José Fortunati, Vieira da Cunha e Pedro Ruas (PDT), José Fogaça, Bernardo de Souza ou Antônio Britto (PPS).

Partido começa encontros para definição da chapa
O PPS inicia, hoje, os encontros para a definição da chapa proporcional do partido às eleições deste ano. Às 18h30min, no plenarinho da Câmara Municipal de Porto Alegre, o diretório metropolitano reúne os militantes para debater a formação da chapa e a conjuntura política atual no Estado e no País.

Segundo o presidente metropolitano, Luiz Carlos Mello, o primeiro encontro político do ano visa intensificar a campanha junto às bases partidárias e à população gaúcha. Informou ainda que, amanhã, será criado o núcleo temático sindical do PPS. "Entraremos com força nesse setor e em outros, como o jovem e o da mulher", destacou.

Sobre a sucessão estadual, Mello considera "prematuro" o lançamento da candidatura do partido. "Temos os melhores nomes para o governo, como o do ex-governador Antônio Britto, do senador José Fogaça e dos deputados federal Nélson Proença e estadual Bernardo de Souza. Estamos trabalhando internamente e não temos pressa", ressaltou. Acrescentou que o programa de governo está sendo elaborado com a opinião das bases partidárias.


Audiência pública vai debater implantação de rede na Capital
A implantação de rede de distribuição de gás canalizado em Porto Alegre será debatida em consulta pública na quinta-feira, no prédio da PUC. O serviço foi proposto pela Companhia de Gás do Rio Grande do Sul (Sulgas) para os ramais sul e norte, desenvolvendo-se pelas avenidas Assis Brasil, Beira Rio, Cristiano Fischer, do Forte, Ipiranga e João Wallig e ruas Carlos Huber, Cipó e Domingos Seguézio. A audiência integra o processo de licenciamento ambiental da rede de gás na Capital, coordenado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smam).

Na oportunidade, será apresentado o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) referente à rede de distribuição de gás, compreendendo cerca de 22 km de extensão. O documento serve como base para elaboração da licença de instalação, considerando as redes de infra-estrutura e arborização urbana pré-existentes, e também segurança e eficiência da operação da rede, com indicação de medidas mitigadoras e compensatórias.

Atualme nte, já possuem licença de operação na Capital, os ramais City Gates 1 e 2, da Região Metropolitana, localizados em Canoas e Cachoeirinha, com cerca de 13 km de extensão, que se estendem pelas avenidas dos Estados e Assis Brasil até a avenida Baltazar de Oliveira Garcia e rua João Moreira Maciel.


Decisão sobre sambódromo está nas mãos dos carnavalescos
Hoje será realizada mais uma reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (CMDUA), que continuará debatendo o local da futura pista de eventos de Porto Alegre. Caso a Associação das Entidades Carnavalescas apresente um documento reconhecendo as áreas da Restinga e Porto Seco como concorrentes ao Humaitá, para abrigar o sambódromo, a votação pode ser realizada no mesmo dia. Caso isso não aconteça, a decisão será tomada entre os dias 26 de fevereiro e 5 de março.

O bairro Humaitá - o preferido pela prefeitura - está dividido em relação à construção da pista de eventos. Apesar da pouca chance de sair vencedora na disputa, uma parte da comunidade - principalmente integrantes das 22 vilas que fazem parte da área - sonha com a construção da obra na avenida A.J. Renner, na Zona Norte.
A comunidade contrária alega que a obra não deveria ser planejada próxima a uma área residencial. Faixas como "Escola e saúde sim, sambódromo não" estão espalhadas em alguns prédios. "Há uma área residencial a 150 metros do local escolhido para a construção", reclama Claudete Cornely, presidente da Comissão Contra Pista de Eventos. Possibilidade de aumento da criminalidade e excesso de barulho são os principais pontos negativos apontados pela comissão. Um abaixo-assinado com sete mil assinaturas contra o sambódromo já foi entregue para a prefeitura. Um posto de combustível e uma distribuidora de gás de cozinha nas proximidades da área planejada para a pista também preocupam os moradores. Outro problema levantado seria o agravamento dos alagamentos, que são comuns na A.J. Renner.

Mas, para outro grupo de moradores do Humaitá, o sambódromo representa um fator positivo. "Haverá crescimento de segurança, e algumas obras, que virão junto com o Projeto da Entrada da Cidade, serão aceleradas", avalia Paulo Ricardo Kollet, da Comissão Pró-Pista de Eventos. Segundo Kollet, a população da Região Humaitá/Navegantes, que tem 40 mil habitantes, não é totalmente contrária ao projeto. Ele está fazendo uma campanha na comunidade para tentar arrecadar assinaturas para um abaixo-assinado. Já foram recolhidas mais de cinco mil assinaturas. "O carnaval são seis dias. O avanço para a região que a pista trará é para a vida inteira", conclui.


Confirmado aumento da gasolina
O ministro de Minas e Energia, José Jorge, admite que haverá um aumento no preço da gasolina, mas que o porcentual ainda será comunicado ao presidente Fernando Henrique Cardoso. "A idéia do presidente não é bloquear o aumento, mas que sejam revistas as contas", disse o ministro, referindo-se ao episódio de sexta-feira, quando o Palácio do Planalto suspendeu o aumento de 2,2% anunciado pela Petrobras. O ministro ressaltou que desde 1º de janeiro não existe mais o controle dos preços dos combustíveis pelo governo.

"Na realidade, o preço agora é livre e varia de acordo com o preço no mercado internacional e com o valor do dólar em relação ao real, isso não deveria passar nem pelo governo", afirmou. Segundo Jorge, nem ele nem o ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, que tinham conhecimento do aumento desde o dia 8 de fevereiro, mas não avisaram o presidente por considerar que era uma decisão técnica que não tinha nada de política.

O ministro lembrou que, com a liberação do mercado no início deste ano, a Petrobras decidiu reduzir em 25% o preço dos combustíveis para as refinarias, mas que a partir daí houve o aumento do preço no mercado internacional e da cotação do dólar em relação ao real, exigindo um novo reajuste. "Passou a ser uma operação comercial e a Petrobras vai ter a concorrência de outros operadores", observou o ministro.

Segundo ele, sempre que houver variação no preço do combustível no mercado internacional e na cotação do dólar haverá reflexo, para mais ou para menos, no preço do mercado interno. "A oferta e a demanda é que vão determinar o preço. O combustível passa a ser como um outro produto qualquer e não mais controlado pelo governo", afirma. Para equilibrar o mercado, há a possibilidade de importação por outras empresas.

A decisão do presidente foi tomada, segundo uma fonte do Palácio do Planalto, em razão do desconforto causado por um aumento antes de se alcançar a redução média de 20% no preço do combustível, anunciada pelo próprio Fernando Henrique em dezembro. Durante todo o mês de janeiro os ministérios da Fazenda, Minas e Energia e da Justiça procuraram elementos que forçassem a queda dos preços até os níveis anunciados e chegaram a comunicar que em fevereiro haveria uma redução ainda maior dos preços. O anúncio da Petrobras na sexta-feira frustraria essa expectativa.

O ministro explicou o porcentual de aumento de 2,2% foi motivado por uma questão do processo de comercialização. "Havia uma proposta da Petrobras para que se desse, a partir da quinta-feira, um aumento no preço da gasolina, mas não havia um valor", disse José Jorge. "Existiam diversas hipóteses e nós terminamos optando por algo em torno de 2,2%", referindo-se a ele e ao presidente da Petrobras, Francisco Gros.

Sulpetro estima elevação em R$ 0,02
O presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Estado (Sulpetro), Antônio Goidanich, estima que o aumento deve ficar em torno de R$ 0,02 o que não representaria um impacto muito grande. "É possível que alguns postos até absorvam o aumento", diz Goidanich. Ele lembra que as próprias distribuidoras podem não repassar integralmente o reajuste e os postos têm que se adequar a concorrência.

"Não há a necessidade do reajuste das refinarias para os postos aumentarem ou baixarem os preços", relata Goidanich. Segundo ele, há um tempo de maturação até o aumento chegar ao consumidor, caso distribuidoras e postos decidam repassá-lo, que leva de três a sete dias. Goidanich informa que a tendência é de novos reajustes por influência de uma recuperação da economia norte-americana, mas que o principal problema para consumidores, atualmente, é adulteração de combustível que alguns comerciantes impõe aos clientes, fornecendo produtos de baixa qualidade.


Artigos

Crise portuária – Resposta
Luís Carlos De Cesaro

O funcionário da Superintendência de Portos e Hidrovias - SPH -, Hermes Vargas dos Santos, publicou, na edição de ontem, uma opinião deturpada, equivocada e atrasada a respeito dos nossos portos e hidrovias. O governo não privilegia nenhum tipo de navegação, mas recupera e moderniza a infra-estrutura necessária à redução do custo logístico, seja na navegação interior, seja na cabotagem ou longo curso. A utilização de um ou outro é feita segundo a conveniência das empresas, que sabem calcular custos. Nos quatro anos do governo anterior, o movimento foi decrescente- queriam fechar os portos de Porto Alegre e Pelotas, enquanto que no nosso período, iniciou-se a recuperação, com o crescimento.

Não é verdade que não existe estudo de viabilidade para o aumento de calado para 19 pés. Apenas não é dado ao conhecimento de todos, por razões justificáveis. Não é verdade que os armazéns, instalações e equipamentos estão sucateados. Quase todos estão disponíveis. Não prestamos desserviço ao próprio órgão, fazendo marketing de afugentamento de empresas. A comunidade conhece a recuperação dos armazéns, a pavimentação de acesso, a instalação de novo guindaste para 40t, a recuperação do maior existente, de 12,5t, a implantação da sinaliz ação para navegação noturna, a recuperação das dragas, etc.

Não é verdade a fuga de cargas, há o contrário. Frangos congelados, maçãs resfriadas, embarques de contêineres em crescimento com a licitação do Tecon, licitação de novas áreas para terminais de fertilizantes e sal, , implantação de centro multimodal, a ser licitado, apenas ilustram o contrário do que foi publicado, de má-fé. Há aqueles que são costumazes adversários das diretorias de qualquer governo, desaprendendo a matemática ou defendendo outros interesses. Nosso sistema de navegação é próprio para todos os cursos. Restringi-lo apenas à navegação interior significa aumentar custos de transporte, o que não é nada inteligente.
Um fato é verdadeiro: nosso governo, em apenas quatro anos, não poderá recuperar uma infra-estrutura que foi abandonada há muito tempo. Nossas hidrovias, junto com os portos de Pelotas e Porto Alegre, estão em obras permanentes de modernização. Felizmente, os funcionários da SPH dão exemplo de trabalho e colaboração, apesar das exceções que desejam o contrário. Lutar com os portos e não contra os portos, é um saudável comportamento republicano.


Colunistas

CARLOS BASTOS

PPS gaúcho tem "chapa dos sonhos"
Há grande expectativa dos dirigentes e lideranças estaduais do PPS para a reunião do próximo dia 21, quinta-feira, em Brasília, entre as direções nacionais do partido de Ciro Gomes, do PDT de Leonel Brizola e do PTB de Sérgio Zambiasi. Esperam que sejam estabelecidos critérios para as alianças estaduais entre os três partidos, procurando fortalecer a campanha de Ciro à presidência da República. Apostam numa abertura para cessar os óbices de parte do PDT e de Leonel Brizola à candidatura do ex-governador Antônio Britto ao governo do Estado. A "chapa dos sonhos" do PPS gaúcho tem Britto para o governo, o pedetista José Fortunati para vice-governador e, para as duas vagas ao Senado, José Fogaça, do PPS, e Sérgio Zambiasi, do PTB. Os partidários gaúchos de Ciro Gomes consideram esta chapa imbatível. E, no caso da desistência de Fortunati de sua candidatura ao governo, registram que a eleição como vice coloca-o como candidato fortíssimo à Prefeitura de Porto Alegre em 2004.

Diversas
O ex-vice-governador Vicente Bogo entregou ontem ofício ao presidente do PSDB gaúcho, Carlos Albuquerque, confirmando sua disposição de apresentar-se como pré-candidato a governador do Estado. Bogo entende que os tucanos gaúchos só expandem sua base partidária no Estado apresentando candidato próprio ao governo. Informou que conta com um grupo de correligionários trabalhando no plano de governo.

As publicações legais do Diário da Assembléia já estão na internet. Através do site da Assembléia gaúcha, os internautas podem acessar um link com todos os projetos de lei publicados diariamente. Com a extinção do periódico na versão original, a Assembléia Legislativa pode economizar R$ 1,24 milhão por ano.

O vereador Isaac Ainhorn foi indicado, ontem, em reunião da bancada do PDT, como o novo líder do partido na Câmara Municipal. Para a vice-liderança foi indicado, também por unanimidade, o vereador Ervino Besson.

O ex-presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereador Fernando Záchia, foi indicado ontem para a liderança da bancada do PMDB.

O deputado federal Augusto Nardes (PPB) é o coordenador da Frente Parlamentar das Micro e Pequenas Empresas e trabalha na campanha pela criação do Imposto Único Federal.

Executiva Estadual do PT reúne-se hoje para elaborar o calendário da prévia. O presidente David Stival diz que nos próximos sete dias continuará trabalhando para chegar à escolha do candidato por consenso. Passado esse período, a escolha petista será mesmo no dia 17 de março.

O governador Olívio Dutra recebeu ontem a visita do comandante militar do Sul, general Max Hoertel. O militar foi se despedir do governador, uma vez que assumirá cargo no Ministério da Defesa, em Brasília. Na oportunidade, Hoertel convidou o governador a participar da posse do novo comandante militar do Sul, general Pedro Augusto da Silva Neto, sexta-feira, dia 22, às 10 horas, no 3º Regimento de Cavalaria de Guardas.

Última
O pré-candidato do PPB a governador, Celso Bernardi, visita hoje o Morro da Cruz, no Bairro São José, em Porto Alegre. Será a décima-terceira visita de Bernardi às vilas da Capital, desde que ele iniciou sua peregrinação como candidato pela periferia da cidade, em janeiro. A agenda prevê caminhada pelas ruas do Morro da Cruz, com início marcado para às 18h30min, confluência das ruas Santo Alfredo com Vidal de Negreiros. Mais do que reconquistar o espaço do PPB em Porto Alegre, o que Bernardi procura nas visitas é conhecer a realidade de Porto Alegre e ouvir dos próprios moradores suas necessidades e reclamações.


Editorial

UMA CÚPULA PARA TENTAR SALVAR O MERCOSUL

Os presidentes dos quatro países que formam o Mercosul, mais os chefes de governo do Chile e Bolívia, que se encontraram ontem em Buenos Aires, mais do que levar uma eventual solidariedade ao argentino Eduardo Duhalde - de resto uma solidariedade que o Brasil já tem reiteradamente demonstrado - tinham a intenção de lançar as bases capazes de garantir o futuro do mercado comum. De fato, abalado com a persistente crise que atinge o segundo maior parceiro do bloco, o Mercosul se viu reduzido a um simulacro do que já foi. Caíram as exportações brasileiras para lá, caíram as exportações argentinas para cá - pior do que isso, caiu a confiança dos brasileiros, que no momento amargam um calote considerável dos importadores argentinos que compraram e agora se vêem impossibilitados de cumprir com os compromissos assumidos.

Diante do recuo do comércio entre os quatro parceiros é natural que se crie um clima de desatenção e até de desarmonia. O presidente Fernando Henrique Cardoso, em recente viagem à China, visto hoje como um dos mais promissores mercados, teve o cuidado de convidar um representante da Argentina para acompanhá-lo. Mais do que uma simples gentileza, o gesto demonstrou a crença do presidente brasileiro no futuro do Mercosul. O presidente do Uruguai, Jorge Battle, parece preferir seguir um rumo diferente. Ontem ao confirmar a jornalista que está negociando com os Estados Unidos um acordo comercial bilateral, excluindo, os demais parceiros, Battle chegou a usar de ironia para justificar o fato de tentar um acordo sozinho, fora do bloco. "Vamos fazer um acordo nos moldes do que o Brasil está fazendo com o México", disse ele. "Eu sempre sigo os que me dão exemplo. Vocês acham que o Brasil está negociando com o México para todo o Mercosul?"

Talvez para evitar - ou ao menos reduzir - no futuro essr tipo fr dissidência é que os integrantes do Mercosul decidiram, também ontem, durante a reunião em Buenos Aires, aprovar um protocolo para solucionar eventuais controvérsias surgidas ou que venham a surgir dentro do bloco. Esse protocolo prevê a formação de um tribunal permanente com cinco juizes eleitos por cada um dos países e um por consenso. A sede desse tribunal vai ser em Assunção, no Paraguai de González Macchi.

Certamente uma das primeiras medidas deste tribunal, que era uma reivindicação antiga da Argentina, será debruçar-se sobre temas mais delicados como o acordo automotivo, que o Brasil tem interesse em liberar completamente, uma solução que parece não interessar à Argentina, que hoje tem uma indústria bastante menos competitiva. Outro assunto que vai figurar na pauta do tribunal é a questão das tarifas e barreiras, que têm tentado fechar o mercado argentino para produtos de interesse direto dos gaúchos, como calçados e frangos. O que os exportadores e importadores brasileiros esperam é que as questões em litígio sem resolvidas o quant o antes - o que sem dúvida é o melhor tanto para os países quanto para o futuro do Mercosul.

Frases
Eu não preciso falar com o companheiro Tarso pela imprensa, nem ele comigo. Esse é um assunto que deve ser tratado nas instâncias partidárias. (Governador Olívio Dutra, respondendo a Tarso Genro que afirmou que poderia retirar-se da disputa, em nome do consenso, desde que o governador admitisse também abrir mão da candidatura).

O PMDB já exorcizou o Jáder. Nós já pagamos por isso. Os eleitores sabem que não podem comparar todo o cesto com a laranja podre do balaio. (Mendes Ribeiro (PMDB-RS) vice-líder do partido na Câmara dos Deputados)

Jader é ladrão, ele será punido pelos furtos que praticou com a leniência do governo. (Ex-senador Antonio Carlos Magalhães, sobre o seu desafeto ex-senador do Pará)

Muitas vezes, a gente tem que tratar de proteger os capitais estrangeiros, mas também de proteger o País, proteger o contribuinte brasileiro, as empresas nacionais. Então, não são coisas que se possa responder com a rapidez com que os alemães desejariam. (Deputado Neiva Moreira (PDT-MA), rebatendo críticas de FHC sobre a demora do Congresso em ratificar o tratado de proteção a investidores, cobrado pelo premiê alemão, Gerard Schröder, na semana passada).

Temos que alterar o sistema eleitoral e partidário para permitir, em primeiro lugar, baixar o custo da campanha, que é absurdo no Brasil; em segundo, criar condições para um efetiva fiscalização dos gastos, para que eles sejam realizados só com recursos do Tesouro. (Deputado João Almeida (PSDB-BA) sobre a reforma política e financiamento das campanhas).

Eles entendem que nosso comprometimento não é apenas no Afeganistão, que a história nos deu uma oportunidade única de defender a liberdade. E vamos aproveitar o momento, e fazê-lo. (Presidente George W. Bush, sobre as críticas de líderes de países aliados em relação a sua decisão de tentar derrubar os governos do Iraque, Irã e Coréia do Norte).

Personagem
Poupadores da classe média argentina ontem voltaram aos bancos e tentaram forçar as cortinas metálicas das instituições em protesto contra o bloqueio dos recursos determinado pelo corralito que o governo argentino determinou no início de dezembro de 2001.


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02/19/2002


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