Assembléia: mapa político é desigual no Rio Grande



Assembléia: mapa político é desigual no Rio Grande Levantamento da representação política revela que 60% dos deputados estão concentrados em apenas cinco regiões Dos 55 parlamentares, 24 representam 15 regiões, com uma média de 195 deputado por região. Três áreas do estado não elegeram qualquer representante, na última eleição. Dos 55 deputados estaduais do Rio Grande do Sul, cerca de 60% (31 deputados) deles têm sua base eleitoral em apenas cinco regiões do estado. O que significa uma média de seis deputados por região. Os outros 24 parlamentares, aproximadamente 40% do total, estão divididos em 15 regiões. Com uma média de 1,5 representante por região. As regiões Carbonífera, Planalto Médio e Campos de Cima da Serra não possuem representantes no Parlamento gaúcho. Na Assembléia Legislativa gaúcha estão representados nove partidos políticos, sendo as maiores bancadas as do PMDB, PTB, PT, PPB e PDT. Metade dos deputados do PMDB, PTB e PT tem sua base eleitoral na Grande Porto Alegre. Maluf festeja 70 anos e o benefício da lei para idosos Desde de ontem, quando fez aniversário, Paulo Maluf passou a ser beneficiado nos processos cujas penas sejam de prisão Pela lei, cai pela metade o prazo de prescrição de crimes cometidos por septuagenários. A Justiça também fica mais predisposta a permitir prisão domiciliar. O prazo de prescrição de eventuais crimes atribuídos ao ex-prefeito Paulo Maluf (PPB-SP) caiu pela metade desde ontem, quando ele completou 70 anos. Maluf vai ser beneficiado em todas as investigações ou processos criminais, em que são previstas penas de prisão. A redução não se aplica às investigações e ações cíveis, como improbidade administrativa. Nas ações cíveis, as penas máximas são a condenação ao ressarcimento de prejuízos aos cofres públicos e à perda dos direitos políticos, que proíbe por até oito anos a ocupação e disputa de cargos públicos. Atualmente, o Ministério Público do Estado de São Paulo apura se o ex-prefeito cometeu crime de lavagem de dinheiro e improbidade administrativa. Os promotores suspeitam que os US$ 200 milhões encontrados em contas que têm a família Maluf como beneficiária na ilha de Jersey possam ser fruto do superfaturamento de obras viárias, realizadas na gestão Maluf (1993-1996). O ex-prefeito nega, o superfaturamento e que tenha dinheiro no exterior. LAVAGEM - O crime de lavagem de dinheiro, por exemplo, prescreve em oito anos. O prazo pode variar em razão do tempo de prisão a que o réu seja condenado, ou seja, pode ser maior ou menor, conforme a pena imposta, que pode ir de três a dez anos. A redução do prazo de prescrição também beneficia cidadãos com idade entre 18 e 21 anos na data em que o crime foi cometido. Depois dos 70 anos, vale a data da sentença judicial. Itamar Franco duvida de uma vitória da esquerda Governador de Minas disse que os partidos de oposição subestimam o poder do governo de Fernando Henrique O governador de Minas Gerais, Itamar Franco (PMDB), disse ontem que duvida que a esquerda vença as eleições presidenciais de 2002 porque, segundo ele, a oposição subestima o poder do atual governo. "Esses partidos de oposição ficam achando que já venceram as eleições", reclamou. De acordo com Itamar, o atual governo federal não pode ser considerado fraco pelas esquerdas, porque controla câmbio, juros, financiamento externo e interno e utiliza a máquina do Bndes. "Se as esquerdas brasileiras acham ele (FHC) fraco, vão cometer uma loucura", avisou. Apesar de defender uma aliança dos partidos de oposição, Itamar não acredita que isso seja possível. "Não acredito na união das esquerdas brasileiras", disse. Para ele, a definição eleitoral ocorrerá somente após junho de 2002. "O que se fala agora de candidatos e de candidatas é mera especulação", comentou. DERROTA - A cúpula governista do PMDB e os colaboradores mais próximos de FHC estão certos de que imporão uma "derrota humilhante" ao governador Itamar Franco na convenção que elegerá o novo comando do partido no próximo domingo. Lula quer reestatizar as empresas energéticas. O pré-candidato do PT à Presidência em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva, tem feito declarações controvertidas nos últimos dias. Ontem, disse que, caso eleito, ele pretende reestatizar as empresas do setor elétrico já privatizadas. Para Lula, o presidente Fernando Henrique Cardoso deveria congelar todo o programa de privatização para o setor até o final de seu mandato. Disse que "o governo deveria estabelecer parcerias com os capitais nacional e externo para melhorar as empresas que já tem. E não vender a preço de banana." Acrescentou ainda que, em vez de bônus, o governo apresentasse uma solução para o problema energético. As declarações foram feitas durante sua participação na caravana O Nordeste com Dignidade. O petista disse que suas críticas são de um cidadão e não de um candidato, pois o seu partido só terá uma definição no ano que vem. Ele defende a realização de prévias porque não quer que isso seja uma primazia sua. "E importante que a candidatura não seja vista como um desejo pessoal, tem de ser coletivo." Ele ironizou também as últimas pesquisas de intenção de voto à Presidência, que têm apontado a governadora do Maranhão Roseana Sarney (PFL) como a mais lembrada dos partidos da base aliada do governo. "Eu não acredito em pesquisa faltando pouco mais de um ano para as eleições." Na semana passada, o pré-candidato do PT já havia declarado que era a favor da legalização do jogo do bicho e que mudaria o acordo com o FMI, sé for eleito presidente. Fortunati se decide até 5 de outubro Ontem saiu o nome de quem o substituirá como candidato à presidência nacional do partido Em reunião, ontem pela manhã, na sede do PT nacional, em São Paulo, a corrente Fórum Socialista Solidário escolheu o deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP) como o substituto do vereador José Fortunati na candidatura à presidência nacional do PT. O vereador retirou sua candidatura no sábado, devido a especulações em tomo da sua saída do partido. Fortunati diz saber quem "plantou" a notícia de que estaria acertado com o PDT "Sei quem passou essas informações inverídicas a parte da imprensa. Foi uma liderança petista aqui do estado que pretende me deixar em situação difícil no PT", desabafou. 'A intenção deste líder é atingir também as várias correntes do partido, para me enfraquecer internamente", acrescentou. Para o vereador, existe quem se manifeste publicamente pela sua permanência no PT, mas internamente o pressione para deixar a sigla. Fortunati diz que vai aguardar "baixar a poeira" para tomar uma decisão. 'Até o dia 5 de outubro terei decidido o meu futuro", revelou. A senadora Emília Fernandes (PT) afirmou ontem que não quer a saída do vereador "Quero ele no PT e que venha para o debate como todos nós, que também temos o direito de pleitear essa vaga (ao Senado)". Ela criticou a imprensa por matérias que tentaram desestabilizar e desqualificar o seu trabalho. "Feliz do partido que tem tantos candidatos e cada um com sua história", finalizou. No PPB, prévias servem para fortalecer partido. Diferentemente do que vem ocorrendo em alguns partidos em relação às prévias ao governo do Rio Grande do Sul, os candidatos do PPB ao Palácio Piratini estão unidos em nome da sigla. Celso Bernardi e Adolfo Fetter Júnior têm percorrido, juntos, o interior do Estado, onde participam de debates com filiados do partido. "Nós temos consciência de que o PPB deve estar em primeiro lugar. É lógico que cada um defende suas idéias, convicções, pois todo o partido só cresce com discussões internas e com debate. Mas isso não quer dizer que tenhamos que ser adversários. O nosso adversário é o PT", enfatiza Bernardi. "Nosso compromisso nesta prévia é de fortalecimento do partido. Não é uma disputa de vaidades", completa Fetter Júnior. Mesmo com tanta proximidade entre os candidatos, Bernardi e Fetter júnior descartam a possibilidade do derrotado vir a ser o vice ao governo. "Não existe isso. Não estamos brincando com o partido", afirmam. A prévia será no dia 23 de setembro. O próximo debate está marcado para quinta-feira, em Alegrete. Fetter Júnior e Bernardi, em prol do PPB. Editorial Incorporando valores e princípios "É compreensível que, em função dos avanços tecnológicos, busquem as Forças Armadas profissionalizar cada vez mais seus quadros, utilizando cada vez menos o serviço militar obrigatório como fonte de seus efetivos. Não é menos verdade, contudo, que é através do serviço militar (que, infelizmente, a cada ano tem absorvido menos gente), que uma expressiva parcela da juventude brasileira, antes e ainda hoje, pode vir a incorporar valores e princípios capazes de ajudar a tirar nosso País da sua eterna espera pelo futuro. É imperioso que os jovens, como aqueles que fomos nós, tenham a oportunidade que tivemos de serem orientados por gente com princípios, que estão preocupados e buscam soluções honestas para os nossos problemas. A falta desse espaço talvez possa explicar, ao menos em parte, o que acontece com parcela de nossa juventude que, desprovida de horizontes, vem se entregando ao consumo da droga, ao roubo e à violência. E esse espaço é o do serviço militar, que não pode ser suprimido. Ao contrário, deve ser incrementado com cursos profissionalizantes, como forma de reconduzir os jovens brasileiros aos caminhos de um Brasil em que a felicidade não seja oriunda de fumaças de raro e exótico odor, seringas e agulhas, seqüestros, roubo e outras formas de ação que atentem contra a lei e a ordem". Estas palavras foram extraídas do pronunciamento do ex-presidente da Farsul, Hugo Paz, ao receber homenagem no CPOR de Porto Alegre. Topo da página

09/04/2001


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