Assembléia vota hoje piso regional dos servidores



Assembléia vota hoje piso regional dos servidores A Assembléia Legislativa vota hoje o piso mínimo regional dos servidores públicos da Administração Direta, Autarquias e Fundações de Direito Público. Segundo o projeto do Executivo, todos os funcionários receberão uma remuneração mínima de R$ 300,00. Apesar da provável aprovação da matéria pelos deputados, a proposta é polêmica porque a Federação das Associações de Servidores do Rio Grande do Sul (Fessergs) questiona o fato de que o mínimo será uma complementação mensal que incluirá benefícios, como abonos por exemplo. Na justificativa, o governo lembra que os servidores do Executivo que ganham até R$ 600,00 mensais representam 46,89% do total de servidores e percebem apenas 19,90% da massa salarial, ao passo que os que ganham acima deste valor representam 50,11% do total de servidores e consomem 80,1% da massa salarial. "A medida contribui para uma melhor distribuição de gastos com pessoal através da readequação da matriz salarial, contribuindo para que a relação entre a menor remuneração (piso) e a maior (teto) seja diminuída", acrescenta. Por falta de quórum, ontem, foi interrompida a sequência de votações da sessão plenária. Dos sete projetos que constavam na ordem do dia para serem apreciados, três foram aprovados. Os demais serão incluídos na sessão desta tarde, que começa às 13h30min. Lúcia Camini destaca objetivos da cartilha Atendendo o convite da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa para explicar a confecção da cartilha "A proteção sócio-ambiental" denunciada pelo deputado Onyx Lorenzoni ao Ministério Público, na última semana, a secretária de Educação, Lúcia Camini, não rebateu as considerações de que o material contém textos xenófobos, interpretações mentirosas e ataques desmedidos a autoridades do governo federal. Em depoimento concedido aos parlamentares na tarde de ontem, Camini disse que a cartilha atingiu as expectativas e atende a proposta do governo do Estado de estabelecer a discussão de propostas pedagógicas alternativas, nas 3.034 escolas públicas. "Abordamos temas que preocupam a população e o método adotado apresenta textos sugestões para o debate e a busca de subsídios aos alunos", argumenta. No entendimento da deputada Iara Wortmann (PMDB), que citou Paulo Freire para apontar os equívocos cometidos pelo governo ao editar o material pedagógico, a cartilha apresenta apenas uma visão dos fatos, não oferecendo a pluralidade de pensamento e de visões sobre o assunto, para desta forma, propiciar o debate. Ainda, se valendo do pensamento de Freire, a deputada lembrou que "Se estamos do lado de cá da calçada e queremos chegar ao outro lado é preciso atravessar a rua. Caso contrário, nunca estaremos do lado de lá e, sim cá". Apesar da negativa da secretária, reforçada pela deputada Maria do Rosário e Edson Portilho, ambos do Partido dos Trabalhadores, de que o material distribuído não prioriza a ideologização e a partidarização dos alunos gaúchos e, se constitui em uma nova visão na abordagem dos temas cotidianos, o presidente da Comissão de Educação, Onyx Lorenzoni demonstrou a materialização das denúncias através dos tópicos eleições 2002, Orçamento Participativo e sobre a importância do MST, uma entidade sem personalidade jurídica. "Eu considero este documento infeliz e, acredito que a SEC poderia ter produzido um material de melhor qualidade", observou. Uergs terá cursos em 29 municípios A Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) terá cursos em 29 municípios nas 22 regiões do Estado, em sua primeira fase de implantação. O anúncio foi feito ontem, durante a posse do reitor da instituição, José Clóvis de Azevedo, e demais integrantes da reitoria, em solenidade no Palácio Piratini. O formato da Uergs vai diferir do sistema educacional tradicionalmente ministrado nas universidades brasileiras, com cursos vinculados a projetos de desenvolvimento no Estado, considerando a atividade econômica e problemas da região. A instituição irá oferecer cursos de graduação e especialização nas áreas de Pedagogia, Gestão Pública, Saúde, Ambiental, Agricultura e Sistema Produtivos Industriais. Gradativamente, serão agregados novos cursos em diferentes localidades. Por enquanto, estão definidos os cursos de Pedagogia, Gestão Pública, Administração de Sistemas, Serviços de Saúde, Biotecnologia, Desenvolvimento Rural, Engenharia Alimentar, Tecnólogo em Automação Industrial, Engenharia em Desenvolvimento Sustentável e Engenharia Mecânica. O reitor da Uergs, José Clóvis Azevedo, destacou o caráter inovador dos cursos, dentro do conceito de universidade voltada para o desenvolvimento. Segundo ele, a pesquisa será aplicada para a solução de problemas regionais. Em março de 2002, iniciarão 10 cursos em 18 cidades. O segundo semestre letivo de 2002 (que iniciará em agosto), terá o acréscimo de mais três municípios. Em março de 2003, outras oito cidades integrarão o calendário da universidade. No primeiro ano, serão colocadas à disposição 1.720 vagas. Do total de vagas, 50% serão destinadas para alunos carentes e 10% para deficientes físicos. Cerca de 80 professores deverão ser contratados em caráter emergencial até dezembro de 2001. A data do vestibular da Uergs ainda não está definida, mas deverá ocorrer em janeiro ou fevereiro de 2002. A implantação dos cursos abrange todas as regiões do Orçamento Participativo (OP) e dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes). A estrutura é multi-campi, aproveitando a estrutura física existente em universidades e centros de pesquisa. Em Porto Alegre, deverão ser utilizados os prédios da Escola de Saúde Pública e da Fundação de Desenvolvimento e Recursos Humanos (FDRH). A sede administrativa também ficará na Capital. FHC garante que haverá crédito para o plantio O presidente Fernando Henrique Cardoso garantiu que não faltarão recursos aos produtores rurais para o plantio e a comercialização da próxima safra agrícola. "Os recursos já estão disponíveis. Agora, precisamos trabalhar para abrir novos mercados para o agronegócio", disse o presidente ontem, durante a abertura de uma videoconferência promovida pelo Ministério da Agricultura para discutir o Plano Agrícola e Pecuário 2001/2002. O Plano, anunciado em agosto, vai contar com R$ 17 bilhões, dos quais R$ 3,1 bilhões, originários do Orçamento Fiscal, serão destinados à comercialização agrícola. A verba de comercialização será 50% superior ao que foi colocado à disposição dos produtores no ano passado. Com isso, segundo o presidente, o Brasil poderá ultrapassar, na próxima safra, a marca das 100 milhões de toneladas de grãos. Nos últimos dez anos, a colheita desses produtos cresceu 68%. "Graças aos produtores e ao apoio do governo, o Brasil já está colhendo 97 milhões de toneladas neste ano e poderá ultrapassar a marca de 100 milhões de toneladas. O governo está oferecendo aos agricultores condições de investir não só no plantio e na colheita mas também em tecnologia, infra-estrutura e comercialização", disse o presidente. O ministro da Agricultura, Marcus Vinicius Pratini de Morais, lembrou que, além de apoio financeiro, é preciso garantir bons preços ao produtor. Segundo ele, para conseguir isso o governo está negociando acordos comerciais bilateriais, multilaterais e regionais para facilitar a venda de produtos brasileiros no exterior. Pratini de Moraes garantiu que o Brasil não vai abrir mais a sua economia, nem fazer concessões no comércio internacional enquanto os produtos agrícolas brasileiros não tiverem o mesmo tratamento. "Vamos manter a política do toma-lá-da-cá", afirmou. O ministro lembrou que o setor dos agronegócios respondeu por 27% do PIB no ano passado. Somente a agricultura foi responsável por 8% do PIB. Segundo o ministro, são as condições favoráveis oferecidas à agricultura que permitem que o agronegócio venha mantendo seguidos superávits na balança comercial: foram US$ 12,8 bilhões no ano passado e US$ 17,3 bilhões nos últimos 12 meses. Pratini também defendeu a concessão de crédito a juros fixos para o setor. "A indexação dos empréstimos na época da inflação foi um desastre para a agricultura", disse ele. Cerca de R$ 11,4 bilhões do Plano Agrícola e Pecuário serão liberados com juros fixos de 8,75% ao ano, o que representa um aumento de 41% sobre o ano passado. O ministro destacou que o plano terá dois novos programas: apoio à produção de flores e financiamento para construção de armazéns nas propriedades. Tailândia quer aumentar negócios com o Estado Fazer contatos que permitam desenvolver parcerias comerciais e tecnológicas e acentuar o fluxo de recursos entre Rio Grande do Sul e Tailândia é o objetivo principal da visita do embaixador tailandês no Brasil, Suphat Chitranukroh, que chegou ontem ao Estado. Reunido com o governador Olívio Dutra, ele revelou o interesse de seu país em aumentar as compras de soja, couro, frutas e borracha. "Estamos convidando o governador, juntamente com uma comitiva de empresários, para visitar a Tailândia no primeiro semestre de 2002, a fim de viabilizar esses negócios", afirma o embaixador. Ele explica que a Tailândia também tem interesse em desenvolver joint-ventures com o RS no setor avícola e arrozeiro. "Temos interesse de obter tecnologia de produção de frango, além de vender as aves gaúchas para toda a Ásia", afirma. No caso do arroz, o fluxo seria inverso, uma vez que a Tailândia é o maior exportador mundial do produto e está interessada em comercializar conhecimentos tecnológicos com o Estado. O RS também tem interesses em importar da Tailândia. Segundo o embaixador do Brasil naquele país, Marco Antônio Brandão, há boas possibilidades no setor de componentes eletrônicos e de tecnologia da informação. Chitranukroh também esteve com o secretário do Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, Zeca Moraes, onde manifestou o interesse de negociar diretamente com o RS, sem intermediários. Atualmente, o comércio entre os dois países é realizado por intermédio de outros países, principalmente Taiwan. Na Federasul, onde realizou uma palestra para empresários gaúchos, Chitranukroh afirmou que a Tailândia, além de ser um mercado promissor, com cerca de 62 milhões de habitantes, é um entreposto importante para conseguir penetrar na Ásia, cuja a população é de 500 milhões. A balança comercial do RS com a Tailândia é favorável ao Estado. Entre janeiro e julho, as exportações gaúchas para aquele país totalizaram US$ 27,93 milhões, enquanto as importações foram da ordem de US$ 6,04 milhões. O Estado responde por 30% das vendas brasileiras para a Tailândia. Governo e entidades estimulam a diversificação A necessidade de o Rio Grande do Sul diversificar o destino das exportações, segundo o secretário de Desenvolvimento, Zeca Moraes, se acentuou no último ano. Isso porque os principais compradores dos produtos brasileiros estão enfrentando problemas. Os Estados Unidos devem crescer apenas 1,44% esse ano, segundo previsão da Fiergs. Esse incremento é cinco vezes menor do que o do ano passado. Na Europa, espera-se elevação de 3,86% do PIB, frente aos 5,49% de 2000. O caso da Argentina é mais crítico, já que o país está há três anos em crise. Moraes acredita que o Rio Grande do Sul tem obtido conquistas importantes de novos compradores e, assim, garantir o aumento das exportações. No primeiro semestre, o crescimento chegou a 18%. "Entre janeiro e junho de 2000, a Argentina e os Estados Unidos respondiam por 41% das exportações brasileiras, enquanto no primeiro semestre desse ano a participação deles caiu para 36%", destaca. Essa mudança tem sido estimulada tanto pelo Governo do Estado quanto pelas Câmaras de Comércio e entidades com a Fiergs e a Federasul. Desde o início do ano, foram realizados, no RS, encontros com embaixadores de diversos países, como os do Mercosul e da Aladi, além de rodadas de negócios entre empresários do Uruguai, Alemanha, Itália, entre outros. Produção gaúcha cai 1% A produção industrial gaúcha recuou 1% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo dados do IBGE divulgados ontem, o RS registrou o terceiro pior desempenho do País, sendo um dos três Estados que apresentaram queda entre os 10 incluídos na pesquisa. O coordenador da assessoria econômica da Fiergs, Nuno Figueiredo Pinto, explica que o acumulado até julho mostra crescimento de 0,1% da produção, enquanto em doze meses a elevação é de 2,7%. "O resultado confirma as expectativas de desaceleração na indústria", afirma. Entre os dezenove setores pesquisados no Estado, apenas seis tiveram expansão. O destaque ficou por conta do segmento de mecânica, que registrou aumento de 36,6% na produção. O economista explica que a safra agrícola estimulou a produção do setor, principalmente de tratores e colheitadeiras. "Esse ano tivemos safra recorde, e, enquanto no País a produção aumentou 17%, no RS o crescimento foi de 30%", explica. O setor mobiliário também apresentou expansão na produção, que cresceu 14,8%. O assessor econômico da Federasul, Paulo Barcellos Neto, atribui esse desempenho ao mercado externo. "As exportações de móveis têm crescido, o que acaba se refletindo na indústria", ressalta. O principal impacto negativo foi proveniente da produção de fumo, que recuou 27,4%. Barcellos acredita que essa retração é um fator sazonal, já que a produção do setor costuma cair no segundo semestre do ano. O segmento de química foi outro a influenciar negativamente o indicador gaúcho. Pinto explica que o aumento do preço da nafta prejudicou o setor, que depende da matéria-prima importada. Segundo o economista, o setor de embalagens é um dos mais atingidos, uma vez que é composto basicamente por pequenas empresas. "No caso da petroquímica a questão se agrava pela restrição de oferta, já que a Copesul, por problemas de ajuste, não está conseguindo manter a produção na planta nova", acrescenta. Na Região Sul, os principais indicadores da produção industrial apontam crescimento de 4,4% no mês de julho em comparação com o mesmo período do ano passado, de 2,5% no acumulado no ano e 2,8% no acumulado em doze meses. O indicador mensal de julho apresentou expansão global de 4,4%, retomando este mês o crescimento do parque fabril. Este resultado foi determinado, por um lado, pela performance positiva de produtos alimentares (8,5%), mecânica (20,3%), química (7,9%) e material elétrico (21,1%) e por outro lado, pela contribuição negativa de vestuário (-7,0%) e papel e papelão (-7,8%) . Artigos A vitória da mistificação Adolfo Fetter Júnior "Custa tão pouco aos grandes dar apenas palavras e a sua condição os dispensa tanto de manter as belas promessas que nos fizeram, que é modéstia da parte deles não prometer com largueza ainda maior". La Bruyère (1645-1696). A política brasileira está marcada por divisores de águas. Os políticos brasileiros são divididos entre os que praticam a política baseados na idéia de que os fins justificam os meios e os que acreditam que os meios justificam os fins; os que acreditam na superioridade da democracia e da liberdade sobre o totalitarismo e os que acreditam na supremacia da força e das trevas sobre a liberdade e a democracia; e, finalmente, os que acreditam que o bem comum será alcançado à custa de esforço e do exercício da razão e da solidariedade e os que pregam que a igualdade será alcançada por milagre e pelo puro e simples desejo. O estudo "O Mapa da Fome no Brasil", da Fundação Getúlio Vargas, mostra que em 70 Porto Alegre tinha uma pobreza agressiva, com 26,58% da população constituída de indigentes (famintos). Nos anos 70/80, Porto Alegre registrou impressionante progresso. Em 1980, o percentual de indigentes despencara para 7,88%. Acreditando ser possível um progresso ainda maior, os eleitores entregaram a administração municipal aos que prometiam terminar com a miséria sem esforço ou sacrifício. Os resultados foram desastrosos. A cidade que já ostentou o título de melhor qualidade de vida do país empobreceu, regressando ao índice de 10,56% de miseráveis. Na chamada cidade vermelha, onde o populismo comunista mantém sólida hegemonia, existiam, no final de 1999, 143.663 rio-grandenses famintos! Os dados destroçam a crença de competência das administrações populistas/comunistas do PT. Pelo levantamento da FGV, o empobrecimento de Porto Alegre não pode ser debitado ao presidente FHC, ao FMI, ao imperialismo e à globalização, pois em Passo Fundo os indigentes, que representavam 22,95% da população em 1980, caíram para 8,31%, em 1999. Em Caxias do Sul, o percentual de indigentes, no mesmo período, caiu de 7,50% para 5,99%. E em Pelotas, em plena Metade Sul do Estado, os indigentes diminuíram de 21,1% para, praticamente, a metade, ou seja, 10,18%. Porto Alegre vive uma tragédia típica do totalitarismo: a miséria aumenta mas o povo está feliz. Neste passo, quando terminar a atual gestão petista, os miseráveis poderão representar 14% da cidade e, com isso, o número de famintos estará muito perto de 300 mil, praticamente o triplo dos miseráveis de 1980. A moral da história foi registrada por La Bruyère. Colunistas Cenário Político - Carlos Bastos Articulação vai decidir sucessão no PT Conclusão dos resultados das eleições internas no PT, através do voto direto, indicam que a tendência Articulação de Esquerda é que vai ser decisiva para a definição do partido para 2002 no Rio Grande do Sul. Será assim o terceiro pleito de importância no Estado, que é decidido pela opção daquela tendência. Na prévia entre Olívio e Tarso, em 1998, o apoio da Articulação de Esquerda foi fundamental para o triunfo do atual governador. Na disputa em Porto Alegre entre Tarso, Pont e Fortunati, a definição da Articulação pelo atual prefeito também foi decisiva. Agora, aquela tendência está dividida. Há setores que afinam com o Palácio Piratini, mas há grupos que se entendem com o prefeito de Porto Alegre. Veja-se, por exemplo, a disputa pelo comando do partido na Capital que juntou a Rede e o MCS, que apóiam Tarso, para prestigiar o candidato da Articulação, jornalista Adroaldo Corrêa. Diversas Diretório estadual do PT recebeu Boletins de Urna de 250 municípios até a noite de ontem. Alguns chegam a Porto Alegre de ônibus. Acrescente-se que Adroaldo receberá o apoio do PT Amplo de Adeli Sell, se ficar no segundo turno para disputar com Waldir Bohn Gass, da Democracia Socialista. Erro na contagem de votos da apuração da eleição interna do PT exigiu o uso de calculadora, ontem. O presidente do PFL gaúcho, deputado Germano Bonow, diz que seu partido está preocupado diante da indefinição do quadro sucessório por parte das oposições. Ele entende que no primeiro turno poderá acontecer mais de uma aliança, mas no segundo turno todos estarão unidos contra o continuísmo. Indicado por diretórios do interior e zonais da capital, o advogado e professor Altair Venzon será candidato a deputado estadual pelo PPB. O líder do PMDB na Assembléia, Paulo Odone, terá encontro hoje, no Rio de Janeiro, com o ex-governador Leonel Brizola. Discutem aliança de peemedebistas, PDT, PTB e PPS no Estado, para enfrentar o PT. A Comissão de Serviços Públicos aprovou indicação da ex-deputada estadual Maria Augusta Feldman para a Agergs. Ela é presidente da Fundação Zoobotânica e foi indicada pelo governador para assumir a vaga de Romildo Bolzan. Pastor Almerindo, vereador eleito pelo PFL que está sem partido, tem conversado com dirigentes do PDT na Câmara Municipal de Porto Alegre. Deputado Mário Bernd é considerado o único dos integrantes da bancada estadual do PMDB que deixa o partido em qualquer hipótese. Está inconformado com o que acontece no comando nacional do partido e já estaria decidido a ingressar no PPS. O vice-governador Miguel Rossetto participa hoje da reunião de instalação do Conselho Brasileiro do Fórum Social Mundial, em São Paulo. Última Ex-prefeito e ex-deputado Guilherme Socias Villela está muito contrariado com os acontecimentos em seu partido, o PPB. Depois do último pleito municipal, pediu uma reunião para avaliar a situação do partido na capital, que até hoje não aconteceu. Acrescente-se que ele ficou descontente quando foi substituído por José Otavio Germano na Secretária dos Transportes, no governo Britto, e depois foi preterido na indicação para o Tribunal de Contas do Estado. Cogita-se a possibilidade de seu ingresso no ninho tucano. Começo de conversa - Fernando Albrecht Sem camelôs Quando a prefeitura faz valer sua autoridade, os camelôs obedecem. Depois da reinauguração, o Viaduto Otávio Rocha, na Borges de Medeiros, perdeu as dezenas de camelôs que infestavam suas calçadas e atrapalhavam o comércio formal das lojas do local. O semestre Apesar de professores da Ufrgs terem dito que foi marcada para ontem uma reunião para avaliar o cancelamento ou não do semestre, fontes da universidade garantem que o semestre não será cancelado, embora a preocupação com a duração da greve exista. Tampouco teria havido a tal reunião. Fica o registro. Pele de cordeiro Uma coisa é certa: o terrorismo e adjacências serão tema forte da campanhas eleitorais de 2002, seja nos estados, seja para a sucessão presidencial. A cada ação mais violenta ou flagrantemente ilegal, alguém vai estar falando nisso para lembrar as origens das ações violentas de qualquer nível. De maneiras que vai faltar pele de cordeiro neste país. Boicote E por falar em Globo, circula na Internet uma conclamação para que os gremistas boicotem a programação da emissora e deixem também de comprar produtos e serviços dos patrocinadores do Campeonato Brasileiro. A razão alegada é que em 11 rodadas não tenha sido exibido um único jogo do tricolor em canal aberto. São os males do pay-per-view, já comentados há tempos por esta página. O fio da meada A justiça só conseguiu botar a mão em Al Capone via imposto de renda, o que lhe valeu uma cadeia. No caso do terrorismo, o mote para desbaratar ou tentar desbaratar este flagelo será o dinheiro. Simplesmente porque não se faz nada sem ele, mesmo um homem-bomba, o que dirá uma operação de vulto. É de se crer que o sistema bancário e financeiro internacional vá peneirar todas as contas de terroristas ou entidades do ramo e eventualmente congelá-las. Vai ser por aí. O 20 de Setembro A homenagem desta página ao 20 de Setembro é dupla: uma para a efémeride propriamente dita e outra para o jornalista Políbio Braga, um gauchão, nascido em Santa Catarina, alegre e de bem com a vida, apesar dos percalços da profissão, principalmente hoje em dia. Políbio que o diga. Mas a joie de vivre é fundamental e jornalistas competentes como ele sabem disso, embora de tempos para cá o Rio Grande velho esteja com excesso de carrancas & carrancudos. Não é bem o estilo do gaúcho. Sem falha na urna Fontes do Tribunal Regional Eleitoral estranharam que o noticiário em torno do atraso das apurações das diretas do PT não tenham esmiuçado esta demora, dando a entender que o tribunal tenha sido o culpado. Não foi bem assim. O TRE deu apenas o suporte, a totalização foi do PT e foi aí que engripou a coisa. Vai ser a mesma coisa nas eleições para os Conselhos Tutelares. Por sinal, por que todo mundo de repente quer ser conselheiro tutelar? Por abnegação? Baixo comparecimento Devagar com o andor nessa questão de achar que a militância petista está desanimada só porque foi baixo o comparecimento nas eleições diretas do partido. Enquanto nos demais partidos qualquer um vota, no PT só pode fazê-lo quem está em dia com a mensalidade. Isso é uma diferença enorme. A aposta Fortunati I Assessor especial da Câmara Municipal e de Assuntos Aleatórios para uma série de personalidades porto-alegrenses, Luiz Dexheimer tem como hábito aceitar qualquer tipo de apostas. Não raro dá com os burros n’água, mas à vezes sai no lucro. Antes da saída de José Fortunati do PT, Luizinho apostou com o médico Fernando Lucchese que o magrão deixaria a sigla. A aposta Fortunati II Se Fortunati saísse, Lucchese teria que dar assistência cardiológica gratuita a Dexheimer pelo resto da vida; caso ficasse, o assessor daria a ele três garrafas de uísque Logan/mês. Deu no que deu. E se Dexheimer acha que vai poder ganhar a aposta no mole, um aviso: Lucchese exigirá dele bico seco pelo resto da vida. Especialmente de uísque Logan. Luizinho está em dúvida atroz. Problemas da cidade Leitora reclama que um carrinho elétrico de lixo do DMLU, que trafegava em frente ao Banco Santander, estava em velocidade muito alta para uma calçada cheia de pedestres (e camelôs, obviamente), dando freadas bruscas. O problema é que ela não achou nenhuma identificação no veículo para a competente queixa. O projeto Entrou no Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Comphac) o projeto de um complexo na rua Lucas de Oliveira, proximidades do Caesar Hotel, em área que era do Colégio Concórdia. O projeto prevê uma loja McDonald´s, um posto de gasolina e um edifício. Moradores de um condomínio de luxo que dá com os costados à área já se preparam. Miúdas Juízes Francisco Rossal de Araújo, presidente da Amatra IV e Renato Guedes usarão pilcha no Encontro das Amatras, amanhã em Bento. Hermes Ghidini, com experiência de 30 anos de varejo, é o novo diretor regional do Senac/RS. Petrobras inaugurou em Itajaí o Centro de Defesa Ambiental que permite o ataque imediato em casos de acidentes. Turismo Oficial de Portugal promove hoje às 19h, no São Rafael, confraternização com agentes/operadores. Novo coordenador do Fórum de Defesa do Serviço Público é Roberto Kupski, presidente da Afisvec. Parceiro da Tedesco, a Racional Engenharia conquistou o Prêmio Máster Imobiliário 2001. Presidente da CBIC, Luis Roberto Ponte, participa hoje na CNI de Seminário Nacional sobre o Estatuto da Cidade. Vinícola Irmãos Molon lança novos vinhos e a Graspa Sinuelo, bebida que vira moda Conexão Brasília - Adão Oliveira O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem, após assinar o livro de condolências pelas vítimas do ataque terrorista aos EUA, na Embaixada norte-americana em Brasília, que conversou pela manhã com o presidente George W. Bush, pelo telefone, quando expressou a solidariedade do povo brasileiro. FHC disse ainda que saiu da conversa convencido de que os EUA compreendem que essa é uma guerra muito especial pois não é contra um povo, nem contra uma religião e, pelo menos até agora, contra um Estado. “É contra uma rede que se utiliza da fé para praticar atos terroristas”. Mensagem No livro de condolências, FHC deixou a seguinte mensagem: “Em nome do povo brasileiro deixo registrada a nossa solidariedade aos Estados Unidos da América diante da bárbara agressão terrorista, assim como expresso o mais profundo sentimento a todas as vítimas do infausto acontecimento”. Na primeira visita de um presidente brasileiro à Embaixada dos EUA em Brasília, o presidente estava acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, e do governador de Goiás, Marconi Pirillo. Renúncia A renúncia do senador Jáder Barbalho (PMDB-PA) à Presidência do Senado Federal será oficializada e se tornará irreversível quando for publicada, na edição do “Diário do Senado”, hoje, o discurso por ele pronunciado ontem. Foi o que anunciou, imediatamente após o término do pronunciamento de Barbalho, o presidente em exercício do Senado, Edison Lobão (PFL-MA). Lobão esclarece que uma vez publicado o discurso, a renúncia anunciada da tribuna será irretratável”. Ao anunciar sua renúncia à presidência,ontem, Barbalho afirmou: “Me afasto da Presidência (do Senado), mas não abdico do direito de me defender da injustiça e da infâmia de que sou objetto. Meu gesto é precedido de negociação que assegura a preservação do cargo ao meu partido.” Tempo Foi o próprio senador José Sarney que pediu um pouco mais de tempo para decidir se aceita disputar a presidência do Senado. Para isso, foi marcada uma reuniãoda bancada do PMDB no Senado para hoje, às 11h, quando as principais lideranças do partido esperam ter contornado as resistências do ex-presidente Surpresa O presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, disse ontem que ficou surpreso com a decisão do governador de Minas, Itamar Franco, de recusar o convite para se filiar ao partido. Brizola disse que respeita a decisão do governador. Brizola esteve reunido no Hotel Naoum com o ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes, candidato do PPS à Presidência. Ele também participou de almoço com a bancada do PDT na Câmara e Senado na qual, segundo o senador Jeferson Peres (PDT-AM), ficou clara a tendência de apoio à candidatura de Ciro Gomes. Serra O ministro da Saúde, José Serra, afirmou ontem, no Rio, que a possível candidatura dele a presidente é um assunto que “só será levado em conta” em 2002. Segundo ele, “o que as pessoas querem do ministro da Saúde (no momento) é que lute pela saúde, que já tem tantos problemas”. Segunda-feira, durante uma visita a São José da Tapera (AL), cidade mais pobre do País, para lançar o Projeto Bolsa-Alimentação, o presidente FHC classificou o trabalho do ministro de “extraordinário” e, brincando, disse que Serra, um economista, é o médico particular dele. Editorial Os caminhos indecifráveis da economia Decifrar os enigmas econômicos ou ser por eles devorados, este é o desafio, em um cenário totalmente modificado pelos atentados nos EUA. As dificuldades das empresas aéreas e em outros setores são anteriores à hecatombe. Prova são as demissões em massa nas grandes corporações japonesas, sintoma da febre que assola países tão diferentes economicamente, Japão e Brasil. Lá e na Alemanha, como aqui, o desemprego cresce, levando ao desespero milhões de pessoas. Por este aspecto, grande parte dos desempregados de Tóquio, Berlim ou Porto Alegre têm a mesma causa, os resíduos maléficos do neoliberalismo e da globalização. País ciclotímico, o Brasil vai para um lado quando todos apostavam no contrário. No primeiro trimestre de 2001, os números apontavam para um robusto aumento do PIB em 4,5%. Não o ideal, porém bem melhor aos atuais 2,3% previstos. Pois sobrevieram a crise da Argentina, a falta de energia e, agora, a instabilidade mundial e a possibilidade de guerra. O problema energético mostrou a que ponto fatores mais psicológicos do que reais acabam por inibir os agentes produtivos. Mesmo sem os temíveis apagões, a produção industrial retraiu-se, embora pequena recuperação em julho. Junto com ela enormes investimentos, inclusive no próprio setor da geração de eletricidade, por falta de regras claras. O Brasil privatizou linhas de transmissão, porém nem 20% do parque gerador. Com isso, o poder público federal não investiu nas hidrelétricas e linhões, à espera dos leilões, que não saíram do papel. É o resultado de um misto de insegurança e contestação quanto ao processo e dos gastos oficiais que estão sendo feitos e que resolverão a dificuldade, talvez até o final do ano. Também uma espécie de videoteipe econômico, vemos repetir cenários micro e macroeconômicos que nos assolaram no passado recente. Alterando o quadro e desconcertando os alquimistas da economia, a balança comercial tem saldo positivo pela quinta semana consecutiva, elevando o valor para mais de US$ 700 milhões. Apesar disso, os especialistas continuam céticos, dizem que é fator sazonal e que ao fim de 2001 haverá pequeno déficit ou superávit. Devemos insistir no "Exportar ou morrer", mudado para "Exportar para viver", novamente alterado para "Exportar para crescer", a frase correta. Precisamos embarcar 13% do PIB, para nos incorporarmos aos 25 países com maior coeficiente de extroversão econômica. Atualmente, exportamos muito são impostos para nações protegidas por subsídios, barreiras não-tarifárias e cotas, como a que o Chile acaba de impor ao açúcar, míseras nove mil toneladas, taxando as outras 40 mil que importa do Brasil em 98%, ajudando Domingo Cavallo a implodir o que resta do Mercosul. A Rodada do Milênio de Seattle, em 1999, foi um fiasco, que deve ser repetido agora em Dohua. Por isso um José Bové, inexplicavelmente eleito guru dos antiglobalização, esperneia contra os queijos importados, via quebra-quebra de lojas do McDonald´s, ele que é subsidiado para produzir queijos de luxo mas que estão encalhados nas prateleiras da França. Para exportar temos de desonerar as vendas, dar crédito à produção, melhorar o transporte intermodal, incluir no esforço pequenas e médias empresas e fazer divulgação, a fim de que o "Made in Brazil" não seja apenas comprado. E, hoje, a desvalorização do real joga a nosso favor. Finalmente, se tivéssemos a cotação média dos produtos primários e semi-elaborados de 1997, a balança comercial registraria superávit de US$ 6,1 bilhões em 2000 e outros US$ 2,8 bilhões, no primeiro semestre/2001. Até julho, nossas exportações cresceram 10,9% em quantidade, porém diminuíram 2,1%, em valor. Nos produtos básicos, vendemos 32,9% mais e faturamos 7,6% menos, também até julho. É para desesperar. Topo da página

09/19/2001


Artigos Relacionados


Assembléia vota hoje reajuste do piso regional

Chega à Assembléia projeto do piso regional

Assembléia gaúcha aprova piso regional de R$ 260

Piso Salarial Regional é aprovado na Assembléia Legislativa

Assembléia discute na terça reajuste do píso salarial regional

Piso mínimo para servidores será votado hoje à tarde