Augusto Botelho protesta contra ampliação de unidades de conservação em Roraima
O senador Augusto Botelho (sem partido-RR) protestou contra a intenção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade de ampliar três unidades de conservação existentes em Roraima: a Estação Ecológica de Maracá, que é uma ilha; o Parque Nacional do Viruá; e a Reserva Florestal do Parima. De acordo com o parlamentar, é "mais um absurdo" que querem fazer no estado.
Com a ampliação, as três áreas somariam 14% da área total do estado, de 224 mil quilômetros quadrados. Augusto Botelho frisou que as reservas indígenas e as áreas de conservação já ocupam mais da metade do território roraimense: de acordo com o Instituto de Terras e Colonização do Estado de Roraima, 45,40% das terras são reservas indígenas e 8,86% são unidades de conservação. Outros 28,51% são do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra); 1,23%, do Exército; 10,59%, do governo estadual; e 5,41% são terras particulares.
O senador lembrou que em outubro deste ano o Instituto Chico Mendes desistiu temporariamente da criação da 9ª unidade de conservação em Roraima, o Parque Nacional do Lavrado, na região da Serra da Lua, município de Bonfim.
- Se forem criar essa área do lavrado vão botar para fora algumas pessoas que saíram há mais tempo da (reserva indígena) Raposa-Serra do Sol e conseguiram comprar terra lá - afirmou o parlamentar, ressalvando que essas não são as pessoas que foram expulsas mais recentemente, mas que saíram anteriormente, antes da demarcação da reserva.
Augusto Botelho perguntou se a ampliação dessas três áreas de conservação em Roraima é realmente necessária. Segundo ele, grande parte da população de Roraima pensa que não.
- Temos que discutir melhor os parâmetros usados para tomar essa decisão, pois a grande maioria da população do meu estado é contra. Roraima precisa de incentivos para crescer, para se desenvolver, e precisamos de mais recursos para investir principalmente na saúde e na educação, que, no meu estado, estão precárias. Não é de áreas maiores de conservação que Roraima e o Brasil precisam - afirmou o parlamentar.
07/12/2010
Agência Senado
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