Augusto Botelho: tráfico de armas e drogas preocupa moradores das fronteiras



O senador Augusto Botelho (PT-RR) apresentou nesta segunda-feira (17) um levantamento dos principais problemas vividos pelas comunidades das áreas de fronteira do Brasil com outros países na Região Norte, entre os quais o tráfico de drogas e armas. Ele pediu "ação enérgica por parte dos órgãos de segurança" e lembrou que brasileiros e cidadãos de países vizinhos estão mais preocupados com problemas concretos do que com as notícias sobre uma suposta corrida armamentista e entre a Venezuela e o Brasil, por exemplo.

No entender do parlamentar, uma extensa parcela do território nacional, a Amazônia, não está suficientemente protegida. Para Augusto Botelho, os cuidados no sentido de manter íntegro o território brasileiro naquela faixa deveriam ser condizentes com o valor atribuído internacionalmente à região.

O senador citou dados publicados pela revista Veja mostrando que é quase consenso entre os militares que a Amazônia corre risco de sofrer ocupação estrangeira - pensamento de 82,6% dos consultados pela pesquisa CNT/Sensus. O levantamento mostrou também que a maioria dos civis compartilha dessa idéia (72,7%).

- O temor da ocupação territorial não diz respeito aos países vizinhos, mas às potências estrangeiras, que podem estar interessadas nas imensas riquezas da região - salientou o senador.

De acordo com o senador, a exemplo da Colômbia, Venezuela e Peru, o Brasil tem realizado exercícios conjuntos, para coibir o contrabando e o narcotráfico nas fronteiras. E apesar do trabalho social junto a comunidades carentes, os militares brasileiros das três forças nas áreas de fronteira não superam os 10% do contingente total. Individualmente, o Exército conta com 190 mil homens, sendo que apenas 25 mil estão na Amazônia, o que perfaz um total de 13% da força.

- É inquestionável que a região necessita de um contingente militar proporcional às suas dimensões territoriais, sem o que corre um sério risco de expansão das atividades ilegais, já observadas atualmente, como o crime organizado, o narcotráfico, o tráfico de pessoas e de espécimes animais e de nossa flora, entre outros - afirmou Augusto Botelho.



17/12/2007

Agência Senado


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