Aumentaram agressões contra mulheres, afirma Maria do Carmo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a violência doméstica um problema de saúde pública, segundo a senadora, e afirma que mulheres agredidas constantemente perdem um ano de vida saudável a cada cinco anos, sem falar nas somatizações das agressões, que se traduzem em dores de estômago, insônia, mal-estar e outros tipos de dores, o que leva as vítimas com freqüência aos postos de saúde.
Apesar do bom funcionamento das delegacias da mulher, avaliou Maria do Carmo, essas instituições não conseguem impedir que a sociedade continue a tratar com condescendência o agressor, que regularmente fica impune.
- Seria extremamente importante para a redução do problema que profissionais de saúde que atendem vítimas de agressões se conscientizassem da gravidade da situação e tomassem providências cabíveis ao caso, quer comunicando o fato a autoridades policiais, quer entrando em contato com a assistência social. O simples registro médico nos hospitais ou postos de saúde, sem continuidade, agrava o problema, pois o agressor impune sente-se livre para recomeçar os maus tratos - afirmou.
Maria do Carmo disse ainda que um projeto de sua autoria, já aprovado no Senado, e que tramita na Câmara, aumenta a proteção à mulher vítima de violência doméstica, pois exige pagamento de fiança e institui a prisão em flagrante para o agressor. Ainda segundo o projeto, informou, as delegacias terão seus poderes ampliados e os processos andarão mais rapidamente, sem que a mulher continue sujeita, diariamente, a novos espancamentos até que desista da queixa.
A senadora registrou que no dia 25 de novembro foi comemorado o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher.
11/12/2001
Agência Senado
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