MARIA DO CARMO DESTACA I CONFERÊNCIA DE MULHERES
A senadora Maria do Carmo Alves (PFL-SE) destacou a realização, em Salvador, da I Conferência de Mulheres da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, encerrada na terça-feira (dia 1º). Com mais de cem representantes de sete países diferentes, o evento teve como tema principal a participação da mulher na política, em relação ao qual foi discutida a situação de cada país.No caso do Brasil, foi divulgada pesquisa nacional do Vox Populi sobre a credibilidade das lideranças femininas que, na opinião de Maria do Carmo, revelou um desafio animador: 50% dos entrevistados declararam que as mulheres são mais confiáveis, mais honestas (57%), mais competentes (43%) e mais responsáveis (53%). Para completar, 73% dos entrevistados afirmaram que votariam numa mulher para o cargo de presidente da República, 84% para o de prefeito e 80% para o de governador de estado. Outro tema abordado na conferência, informou a senadora, foi a situação feminina no mercado de trabalho, em que foi mostrado que, embora as mulheres representem 51% da população, detêm apenas 20% da riqueza produzida. Apesar de a participação feminina no mercado de trabalho ter crescido 170% nos últimos 15 anos, elas continuam ganhando menos e trabalhando em piores condições que os homens, disse a senadora, acrescentando que apenas um quarto das mulheres trabalhadoras têm carteira assinada.Nesse universo, as mulheres negras auferem salários que são, em média, a metade do recebido pelas mulheres brancas, o que evidenciaria, na opinião da senadora, a persistência de uma dupla discriminação - de sexo e de cor.O encontro de Salvador também foi palco de uma denúncia considerada importante por Maria do Carmo: os governos de países do Terceiro Mundo, contrariando resoluções da ONU, nos últimos três anos não estariam aplicando 20% dos recursos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em programas de melhoria da condição feminina. O total de recursos atingiu US$ 600 milhões, R$ 150 milhões deles enviados ao Brasil.
02/02/2000
Agência Senado
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