Aumento de aposentadorias favorece crescimento econômico, diz Renan



Em discurso da tribuna na manhã desta terça-feira (15), o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) disse que o reajuste de 7,7% para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo será positivo para o crescimento da economia do país. Minutos após o senador apelar ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para que não vetasse o aumento, o Palácio do Planalto anunciou que o índice de reajuste havia sido sancionado, mas o fim do fator previdenciário vetado.

Para Renan, o aumento não irá afetar o ajuste fiscal, uma vez que o Brasil está em processo de desenvolvimento, com recuperação das taxas de crescimento econômico. Na avaliação do senador, o reajuste dos aposentados vai beneficiar os brasileiros e contribuir para o crescimento econômico da mesma forma como ocorreu com o programa Bolsa Família. Renan argumentou que os críticos do Bolsa Família diziam se tratar de um programa assistencialista, que incentivaria os beneficiários a permanecer improdutivos, o que não se verificou.

O programa gerou impactos positivos na expansão econômica do país, disse Renan, bem como contribuiu com o crescimento do mercado interno. O Bolsa Família também colaborou para a melhoria de indicadores sociais, melhor distribuição de renda e redução de desigualdades sociais, frisou o senador.

Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas, o programa, que atende quase 11,5 milhões de famílias, também foi responsável por um incremento de R$ 43,1 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB), em 2008, gerando arrecadação extra de R$ 12,6 bilhões aos cofres públicos, o que representa 70% a mais do total de benefícios pagos pelo programa.

As classes D e E do Nordeste e Norte gastaram, nos últimos 12 meses, informou o senador, R$ 8,8 bilhões com cestas de alimentos e produtos de higiene e de limpeza, valor superior em 5% ao gasto por essas classes do Sudeste, que consumiram R$ 8,4 bilhões nesse período. As informações foram citadas por Renan a partir de pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base na Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 



15/06/2010

Agência Senado


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