Avaliação aponta melhora em todos indicadores de qualidade do ensino superior



O Ministério da Educação (MEC) divulgou o Índice Geral de Cursos (IGC), avaliação anual dos cursos e das instituições de ensino superior brasileiras referente a 2011. Foram avaliados 8.665 cursos das áreas de ciência exatas, licenciaturas e áreas afins, bem como os cursos dos eixos tecnológicos de controle e processos industriais, informação e comunicação, infraestrutura e produção industrial, pertencentes a 1.387 instituições de ensino superior.

O Índice Geral de Cursos (IGC), que avalia cursos de graduação e pós-graduação (mestrados e doutorados), avaliou 2.136 universidades, faculdades e centros universitários. Desse total, 50,6% tiveram conceito 3, considerado satisfatório. 

Estes resultados compõem o primeiro ciclo completo dos indicadores de qualidade, evidenciando a evolução de 2008 a 2011, quando foram avaliados 18.346 cursos de 2.136 instituições. 

O ministro Aloizio Mercadante considerou que, entre 2008 e 2011 houve uma melhora “generalizada" na qualidade dos cursos e instituições. Na avaliação anterior dessas áreas, em 2008, 28,4% das 2.128 instituições avaliadas tiveram notas 1 e 2, e 1% das instituições atingiu nota  máxima, 5. Em 2011, esse índice subiu para 1,3%.

“A avaliação e os instrumentos de politica econômica que acompanham a avaliação, como Prouni e o Fies, fomentaram a melhoria da qualidade de ensino. (…) A conclusão é que houve expressiva evolução do ensino superior em todos os níveis nas universidades, centros universitários e faculdades" .

Segundo Mercadante, o ministério será rigoroso na punição às instituições que se mantiveram em índices considerados insuficientes. O ministro prometeu divulgar as informações das universidades que não atingiram padrões mínimos na próxima semana. "Uma instituição que era 1 e continua 1 é inaceitável. Ponto. No ciclo de três anos, quem está estagnado analisaremos com muito rigor. Tomaremos medidas complementares, elas não só deixarão de ter acesso ao Prouni e ao Fies", disse.

Além do IGC, também foi divulgado o Conceito Preliminar de Curso (CPC), que avalia exclusivamente cursos de graduação. O índice considerou 4.403 universidades, sendo 2.642 públicas e 1.761 privadas, além de 2.245 faculdades e 928 centros universitários. Atualmente, 53,9% das matrículas do ensino superior estão nas universidades, 30,9% nas faculdades e 13,7% nos centros universitários. De acordo com o MEC, houve melhora significativa nos cursos de ensino superior.

De acordo com Mercadante, a avaliação do MEC induz a melhoria da qualidade nos cursos. O ministro ainda destacou a importância de políticas como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), já que as instituições precisam atingir nível acima de dois para receber esses programas. “Essas políticas educacionais fomentaram a melhoria da qualidade, quando associadas à nova política de avaliação que induz a qualidade”, destacou.

Mercadante ressaltou ainda a importância dos concluintes de ensino superior participarem do Enade, instrumento do ministério para avaliar a qualidade dos cursos e instituições de ensino superior públicas e particulares de todo o País. “O Enade é uma forma de valorizar o currículo, o seu diploma no mercado de trabalho. Não é a instituição que ele está punindo [ao boicotar a prova], mas a sua biografia. Se ele fizer uma boa prova, está valorizando seu curso”, disse.

Confira aqui os dados indicadores de qualidade da educação superior apresentados pelo ministro e os dados do IGC.

 Fonte:

Ministério da Educação
Agência Brasil



30/08/2013 21:37


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