Azeredo defende que debate para escolha de parlamentares do Mercosul comece logo
O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) apontou a necessidade de o Brasil iniciar o debate a respeito de como se processará a eleição dos representantes do país no Parlamento do Mercosul, que deve escolher seus integrantes em 2010.
- Como faremos essa eleição dos representantes do Brasil, do país como um todo? Só temos eleições nacionais para o Presidente da República e seu vice. Esse é um desafio que se coloca. Acredito que é o momento de iniciarmos a discussão das várias sugestões, das várias possibilidades - declarou em discurso nesta terça-feira (11).
Ele apontou algumas sugestões, como a distribuição pelo número de estados, a exemplo do que acontece com a eleição para o Senado; a escolha pelo sistema distrital, com candidatos por regiões; e ainda a possibilidade de voto em lista, opção defendida pelo parlamentar e por seu partido. Em sua avaliação, ela deveria ocorrer de forma simultânea com a escolha do presidente da República, senadores, deputados e governadores.
- Teríamos uma lista nacional. Seria uma primeira experiência no sistema de listas no Brasil, como um todo. E aí teríamos, realmente, a lista apresentada pelos vários partidos.
Azeredo se lembrou ainda da necessidade de definição a respeito do número de parlamentares - se ela ocorrerá respeitando a proporcionalidade em relação à população, já que hoje o número de 18 representantes é o mesmo para cada um dos países integrantes do bloco.
Numa seqüência de apartes que se iniciou com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), o parlamentar por São Paulo mencionou ter dúvidas a respeito da eleição por listas. Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) citou conflitos a respeito do número de representantes de cada país, já que o Paraguai, por exemplo, não aceita a proporcionalidade e afirmou ser necessário mudar a Constituição federal para que essa escolha se processe de forma direta, tema reforçado pelo senador Paulo Paim (PT-RS).
José Nery (PSOL-PA) pediu a ampliação do debate, já que a população conhece muito pouco a respeito do próprio Mercosul. Alvaro Dias (PSDB-PR) defendeu a realização de uma reforma política e a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) lembrou que a idéia no Mercosul é de país, e não de estados, e que este é o momento para consolidar o bloco.
11/11/2008
Agência Senado
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