Eduardo Azeredo defende Parlamento do Mercosul



Ao registrar sua participação no Primeiro Encontro de Presidentes das Câmaras de Poderes Legislativos dos Estados-Partes do Mercosul, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) comunicou que não foi aceita a proposta de criação de um parlamento do Mercosul com poder de decisão em assuntos de interesse dos estados-membros. Ele disse que, apesar disto, a proposta, que é defendida pelo governo brasileiro, não deve ser deixada de lado.

- Acredito que precisamos aprofundar a questão e não desistir da proposta. Para termos um Mercosul que funcione, para que os estados-membros tenham uma força política maior, é fundamental que haja união do ponto de vista parlamentar. Estou convicto de que a diplomacia parlamentar pode ser uma aliada preciosa no reforço da defesa dos interesses regionais e nacionais - afirmou Eduardo Azeredo.

A proposta inicial de criação do Parlamento do Mercosul, informou Eduardo Azeredo, prevê um total de 64 membros, sendo 16 de cada um dos países integrantes. Estes membros seriam escolhidos pelo Congresso de cada estado-membro, sendo oito pela Câmara dos Deputados e oito pelo Senado. Em um segundo momento, acrescentou o senador, os países menores teriam um mínimo de 16 membros e os maiores um máximo de 35. Estes representantes seriam eleitos pelo voto popular, em eleição direta.

Eduardo Azeredo, que participou do encontro representando a Comissão Parlamentar Mista do Mercosul e a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), também falou das dificuldades que o bloco está enfrentando para a implantação de normas que os próprios países-membros já aprovaram. Ele citou como exemplo a área da agricultura, que teve 109 normas aprovadas pelos integrantes do Mercosul, mas, destas, 63% ainda precisam ser colocadas em prática pela Argentina, 37% pelo Brasil, 23% pelo Uruguai e 30% pelo Paraguai.



30/09/2003

Agência Senado


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