Azeredo pede investimentos em telefonia celular no interior do país



O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), último senador a se pronunciar da tribuna nesta quarta-feira (24),afirmou em Plenário que é chegada a hora de o governo fazer investimentos na expansão da telefonia celular nas cidades do interior do país. Para isso, existem, lembrou o senador, os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust)

- Parte considerável da população encontra-se alijada dos benefícios que advêm da modernidade - afirmou o parlamentar, que sugeriu que o governo federal siga o exemplo do governo de Minas Gerais, que pretende universalizar em seus municípios, dentro de dois anos, o fornecimento de telefonia celular, em parceria com as concessionárias de telefonia celular.

Na avaliação de Azeredo, o celular é, no caso brasileiro, a melhor tecnologia, devido às grandes distâncias e ao tamanho do território. No entanto, segundo ele, essa tecnologia atinge somente 58% do total de municípios. O senador apresentou dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) segundo os quais, em 2006, a média brasileira era de 53 celulares para grupos de cada 100 habitantes.

- Isso não quer dizer que de cada dois brasileiros um seja possuidor de celular - afirmou o parlamentar, demonstrando que há incongruências entre os diversos estados, com grande concentração de aparelhos em alguns e índices bem inferiores em outros. Enquanto o Distrito Federal tem 111 celulares para um grupo de 100 pessoas, no Maranhão esse número cai de 26 para 100, exemplificou.

Azeredo informou que o Fust existe desde 2000 e arrecadou, desde então, R$ 4 bilhões. Segundo ele, "nenhum centavo" desses recursos foi canalizado para sua destinação específica nesses sete anos, tendo composto os recursos que formam o superávit primário.

CPMF

Azeredo criticou o governo por ter voltado atrás na possibilidade de discutir com a oposição a redução da alíquota da CPMF. Embora reconheça não ser fácil abrir mão do recurso "de uma vez", afirmou que, à oposição, não cabe aceitar a proposta do governo como está. Será necessário, segundo ele, um aperfeiçoamento da proposta no sentido de sua redução.



24/10/2007

Agência Senado


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