Azeredo pede melhoria nas estradas, mais fiscalização e campanhas educativas para reduzir mortes no trânsito



"Minas é recordista em número de acidentes e mortes durante o Carnaval". Enquanto o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) aguardava sua vez de ocupar a tribuna do Plenário para fazer uma reflexão sobre a violência no trânsito registrada no período de carnaval, O Estado de Minas publicava em seu site a manchete acima. Azeredo ainda não sabia do balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF), mas já alertava para a necessidade de melhorar as condições das estradas, intensificar a fiscalização, sobretudo no que diz respeito aos motoristas que guiam embriagados, e promover campanhas educativas.

Eduardo Azeredo ainda não tinha as informações do balanço, mas já suspeitava que as ocorrências bateriam recordes. De acordo com balanço da Polícia Rodoviária Federal divulgado nesta quinta-feira (26), 127 pessoas morreram e 1.784 ficaram feridas em 2.865 acidentes registrados entre a sexta-feira e a Quarta-Feira de Cinzas. Em Minas Gerais, o número de mortes chegou a 20 e o de feridos a 348, nos 471 acidentes notificados. O estado foi o recordista no número de acidentes e de vítimas nas rodovias do país durante o feriado prolongado.

- No ano passado, aprovamos o que ficou conhecida como Lei Seca, mas que na verdade é uma lei de responsabilidade com relação a bebida no país. Em um primeiro momento houve uma redução no número de acidentes e de mortes no trânsito. Agora estamos vendo um relaxamento. As pessoas começam a achar que não há fiscalização e estão voltando a dirigir seus veículos após a ingestão de bebidas, colocando em risco a sua vida e a de terceiros - lamentou Eduardo Azeredo.

Para o senador mineiro, o Carnaval tornou evidente que as pessoas voltaram a se exceder na bebida, o que teria provocado também um excesso no número de acidentes. Ele defendeu mais fiscalização e melhores condições para a polícia cumprir o seu papel. A compra de mais bafômetros e a instalação de radares para detectar o excesso de velocidade nas rodovias são duas medidas consideradas fundamentais pelo parlamentar.

Eduardo Azeredo comemorou a aprovação pela Câmara, na semana passada, de projeto de sua autoria tornando obrigatório o airbag duplo dianteiro nos veículos novos fabricados no Brasil. Ele informou que se todos os carros envolvidos em acidentes no período de 2001 a 2007 tivessem airbags, 3.426 pessoas não teriam morrido nas colisões. Mais ainda: haveria uma redução de R$ 2,2 bilhões nos gastos hospitalares.



26/02/2009

Agência Senado


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