Azeredo quer reduzir transmissão de doenças por consumo de bebidas em lata
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) vai analisar, em caráter terminativo, projeto do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) segundo o qual "as bebidas embaladas em latas de alumínio ou outro metal deverão ter sua abertura protegida por tampa plástica prensada, amoldando-se sobre a lata de forma que impeça a sua contaminação por microorganismos patogênicos". Pelo projeto, essa proteção deverá ser mantida até a entrega do produto ao consumidor final e as empresas produtoras de bebidas em lata deverão adaptar-se às novas normas no prazo de 24 meses a partir da publicação da lei.
Na justificação da proposta, Eduardo Azeredo manifesta sua preocupação com a transmissão de doenças quando do consumo de bebidas em lata. "Sabe-se que muitas pessoas têm o hábito de ingeri-las diretamente da embalagem original, sem qualquer medida que propicie a higienização da sua abertura", afirma Eduardo Azeredo, observando que, dessa forma, os consumidores correm o risco de infectar-se por microorganismos que eventualmente tenham sido depositados na lata, por insetos e roedores, durante o transporte e o armazenamento do produto. O senador também se refere à possibilidade de contaminação, em bares e barracas de praia, durante a colocação e a retirada da lata do recipiente onde a bebida é depositada para gelar.
Eduardo Azeredo destaca que as reentrâncias e saliências da face superior da lata, onde se encontra a abertura, podem servir para coletar resíduos que se depositem sobre a lata durante seu armazenamento. E observa que o mecanismo de abertura da lata faz com que, ao ser acionado, parte da tampa seja movida para dentro da lata e de seu conteúdo. "Assim sendo, existe um risco de contaminação da bebida se a tampa da lata contiver resíduos ou estiver contaminada". O senador informa que o emprego de uma capa plástica removível na tampa da lata foi adotada em outros países, como a Itália.
08/03/2004
Agência Senado
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