Bahia está acuada pela violência, alerta Antonio Carlos Junior



O senador Antonio Carlos Junior (DEM-BA) afirmou nesta quarta-feira (15) que a população da Bahia está acuada pela violência. Ele creditou ao atual governador, Jaques Wagner, a responsabilidade pelo crescimento da violência no estado nos últimos anos.

- Impera em nossas cidades um clima de tamanho desassossego, que contamina todos nós, que sabemos que a população está desprotegida e que o estado pouco ou nada está fazendo para resolver a situação - disse.

Na opinião de Antonio Carlos Junior, o atual governo baiano não adota políticas públicas eficazes para o enfrentamento da violência.

- Um governo que permanece inerte enquanto pessoas são vítimas de assaltos, furtos e toques de recolher comandados por traficantes - protestou.

O senador afirmou que "as estatísticas são alarmantes" pois, por exemplo, desde 2007 o número de assassinatos na região metropolitana de Salvador não para de aumentar. Em 2008, disse, o número de assassinatos naquela região foi quase 50% maior que o de 2007. E, em 2009, quase mil pessoas já perderam a vida devido à violência. A insegurança também prolifera no interior do estado, completou o senador, pois faltam viaturas, policiais e até delegados.

- Na Bahia, nem mesmo quem zela pela segurança está livre de se tornar vítima. No ano passado, foram assassinados 34 policiais militares. Este ano, seis já morreram, inclusive um policial federal - lamentou.

Além da violência, disse o senador, a Bahia também vem enfrentando problemas como o grande número de casos de dengue, a baixa qualidade da educação pública e dificuldades econômicas.

CPI da Petrobras

Antonio Carlos Junior também manifestou sua satisfação com a instalação, na tarde da terça-feira (14), da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras.

- Finalmente, após dois meses, conseguimos instalar a CPI da Petrobras. Foi um tempo em que se fez de tudo para derrubar a investigação, desde a retirada de assinaturas, em troca de promessas que não seriam cumpridas, até o desvio do foco da investigação para a Casa investigadora, passando pelas acusações ridículas de 'tentativa de privatização' e culminando com a, até agora, bem-sucedida operação de controle total dos postos-chave da comissão - disse.

O senador informou que já protocolou 52 requerimentos na CPI da Petrobras, solicitando informações à Justiça Federal, ao Tribunal de Contas da União e à Polícia Federal (PF) e também convidando ou convocando especialistas, membros do Ministério Público e suspeitos de irregularidades.

Antonio Carlos Junior deseja que a CPI investigue assuntos referentes às operações Águas Profundas e Castelo de Areia, da PF, e também denúncias de aparelhamento da Agência Nacional do Petróleo e da Petrobras. Disse ainda esperar que a CPI não seja "chapa-branca".



15/07/2009

Agência Senado


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