"Bahia perdeu fábrica da Toyota por incompetência do governo petista", afirma Antonio Carlos Júnior
"A Bahia vem perdendo competitividade desde o início do governo petista no estado", afirmou o senador Antonio Carlos Júnior (DEM-BA), ao lamentar a decisão da Toyota de escolher a cidade de Sorocaba (SP) para instalar sua nova fábrica. O parlamentar lembrou situação semelhante, "mas com sinais trocados", vivenciada em 1997 pelo Rio Grande do Sul, quando o estado, então governado pelo Partido dos Trabalhadores, perdeu para a Bahia a disputa pela implantação de fábrica da Ford.
- Agora é o governo petista da Bahia que perde, por incompetência, investimentos de um bilhão de dólares e dois mil e quinhentos empregos. O Nordeste vai sediar uma nova grande refinaria, mas não será na Bahia. A Companhia Siderúrgica Nacional investe no Nordeste, pois não será na Bahia - lamentou o parlamentar.
Antonio Carlos Júnior registrou da tribuna a preocupação do empresariado baiano e conclamou o governo de seu estado a reagir e recolocar a Bahia "em nível de crescimento próximo ao experimentado nas últimas décadas".
- As perspectivas de curto prazo não são boas e, se nada for feito, as próximas administrações estaduais baianas terão muito trabalho para recuperar o tempo perdido - alertou o parlamentar.
Inflação
Em seu pronunciamento, Antonio Carlos Júnior também manifestou preocupação com a volta da tendência de alta da inflação. O senador comentou apresentação feita ontem pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), quando o economista reafirmou o compromisso da instituição com o controle da inflação. Mesmo elogiando o trabalho realizado por Meirelles à frente do Banco Central, o parlamentar se disse preocupado com os impactos do aumento de gastos do governo federal sobre a crise inflacionária.
- Infelizmente, mesmo com todos os avisos para que o governo gastasse menos, para que passasse a investir e viabilizasse investimentos privados, a inflação está nas ruas, nas prateleiras, no bolso do cidadão, assustando a todos - afirmou.
Antonio Carlos Júnior criticou a demasiada importância conferida por Meirelles aos fatores externos que estariam provocando a alta inflacionária e a reduzida atenção dada a questões internas, como o descontrole de gastos públicos.
- Em dez anos, entre 1997 e 2007, o gasto primário da União passou de cerca de 14% para 20% do PIB [Produto Interno Bruto], acompanhado de aumento de carga tributária - frisou, ao afirmar que o avanço de arrecadação não foi seguido de crescimento nos investimentos públicos.
Para o parlamentar, o controle da inflação requer que o governo adote "forte controle sobre os gastos públicos" e que recupere investimentos em infra-estrutura pública.
16/07/2008
Agência Senado
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