Ban Ki-moon sugere que Brasil sedie encontro de países pobres para debater experiências em inclusão social



O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, destacou o sucesso das políticas sociais brasileiras e elogiou o esforço do País em superar a extrema pobreza até 2014, principal meta dos Objetivos do Milênio (ODM). Em visita ao Brasil, Ban Ki-moon propôs, nesta sexta-feira (17), a realização de uma conferência mundial com ministros da área social no Brasil.

O encontro deve reunir representantes de 70 países pobres que têm interesse em conhecer as experiências brasileiras desenvolvidas na área da assistência social e de combate à fome. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) vai constituir um grupo de trabalho para organizar a realização do evento. 

A maioria dos representantes que virão ao Brasil será de países do Hemisfério Sul e da África, segundo informou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello,  que recebeu o secretário. 

A ministra apresentou o Plano Brasil Sem Miséria a Ban Ki-moon, que considerou a experiência brasileira na área social uma referência mundial. “O Bolsa Família tem produzido impactos muito positivos no enfrentamento da miséria. O Brasil teve avanços significativos nessa área e já superou o Objetivo do Milênio de reduzir pela metade à população em extrema pobreza”, disse.

A ministra Tereza Campello agradeceu o apoio da ONU e ressaltou que o Brasil tem mantido estreito diálogo com as agências do sistema ONU, como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e Organização Internacional do Trabalho (OIT). 

Segundo Campello, o Brasil mantém acordos de cooperação com 32 países para o intercâmbio de tecnologias sociais, que envolvem não somente o Bolsa Família, mas programas de assistência social e segurança alimentar e nutricional.

Um acordo com a Cepal para a formulação conjunta de indicadores na área social também deve ser assinado nesta sexta-feira(17). “As políticas sociais precisam de monitoramento e gestão. Estamos atuando constantemente para aperfeiçoar esses mecanismos em parceria as agências internacionais. É importante termos indicadores internacionais que possam mensurar a eficácia de nossas políticas”, disse.

 

Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome



17/06/2011 18:00


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