Banco Central divulga balanço econômico do País



O balanço de pagamentos do Banco Central apresentou deficit de US$ 4,5 bilhões em outubro. O deficit em transações correntes somou US$7,1 bilhões no mês e US$ 67,5 bilhões no ano, até outubro, patamar superior ao registrado no mesmo período de 2012, US$39,6 bilhões. Nos doze meses encerrados em outubro, as transações correntes acumularam deficit de US$ 82,2 bilhões, equivalente a 3,67% do PIB. A conta financeira registrou superavit de US$2,5 bilhões no mês, com destaque para o ingresso líquido em investimentos estrangeiros diretos (IED), US$5,5 bilhões.

A conta de serviços apresentou deficit de US$4,9 bilhões em outubro, ante US$ 4 bilhões no mesmo mês de 2012. A despesa líquida de viagens internacionais somou US$ 1,8 bilhão, 15,9% acima do observado em outubro de 2012, apresentando aumento de 10,9% nos gastos de turistas brasileiros no exterior e redução de 3,1% nos gastos de turistas estrangeiros no País. As despesas líquidas com transportes totalizaram US$ 962 milhões, elevação de 17,4%, na mesma base de comparação. O gasto líquido com serviços de computação e informações atingiu US$ 349 milhões, 43,4% superior ao resultado de outubro de 2012. As despesas líquidas com aluguel de equipamentos somaram US$2,2 bilhões, aumento de 22,9% na comparação a igual mês do ano anterior. As despesas líquidas de royalties e licenças totalizaram US$263 milhões, recuo de 17,9%, na mesma base de comparação.

As remessas líquidas de renda para o exterior somaram US$ 2,6 bilhões em outubro, 23,4% inferiores ao resultado de outubro de 2012. As despesas líquidas de lucros e dividendos atingiram US$1,3 bilhão no mês, ante US$ 2,4 bilhões observados no mesmo período do ano anterior. Em 2013, até outubro, as remessas brutas de lucros e dividendos totalizaram US$ 22,8 bilhões, acréscimo de 3,9% em relação aos dez primeiros meses de 2012. As despesas líquidas de juros alcançaram US$1,3 bilhão no mês, 19,8% acima das remessas líquidas ocorridas em outubro de 2012.

No mês, as transferências unilaterais somaram ingressos líquidos de US$ 636 milhões, comparados a US$ 317 milhões observados em outubro de 2012. O ingresso bruto referente especificamente à manutenção de residentes atingiu US$ 73 milhões no mês e US$ 1,6 bilhão no acumulado do ano, situando-se 4,8% abaixo do resultado de 2012, de janeiro a outubro.

Os investimentos brasileiros diretos no exterior registraram retornos líquidos de US$ 166 milhões no mês. A participação no capital de empresas no exterior somou, liquidamente, aplicações de US$ 739 milhões no exterior, enquanto os retornos líquidos provenientes de empréstimos intercompanhias somaram US$ 904 milhões.

O ingresso líquido de IED atingiu US$ 5,4 bilhões em outubro, composto por US$ 2,5 bilhões na modalidade participação no capital e US$ 2,8 bilhões em desembolsos líquidos de empréstimos intercompanhias. Em doze meses, até outubro, os ingressos líquidos de IED somaram US$ 59,1 bilhões, equivalentes a 2,64% do PIB.

Os investimentos estrangeiros em carteira apresentaram ingressos líquidos de US$ 260 milhões em outubro, compostos por entradas líquidas de US$ 193 milhões em ações e de US$ 67 milhões em títulos de renda fixa. Os investimentos em títulos de renda fixa negociados no País somaram ingressos líquidos de US$ 196 milhões comparados a US$ 7,2 bilhões observados no mês anterior. As amortizações líquidas de notes e commercial papers atingiram US$ 129 milhões no mês. Não houve operações em títulos de renda fixa de curto prazo negociados no exterior.

Os outros investimentos brasileiros no exterior registraram aplicações líquidas de US$ 6,4 bilhões em outubro. As concessões líquidas de empréstimos e créditos comerciais ao exterior somaram US$ 4,8 bilhões. Os depósitos mantidos no exterior, por bancos residentes no Brasil, expandiram US$ 426 milhões, o saldo detido por empresas não financeiras aumentou US$ 1,2 bilhão.

Os outros investimentos estrangeiros no País apresentaram ingressos líquidos de US$3,9 bilhões em outubro. O crédito comercial de fornecedores registrou desembolsos líquidos de US$2,5 bilhões, concentrados em operações de curto prazo. Os empréstimos de médio e longo prazos somaram ingressos líquidos de US$1,6 bilhão, com destaque para aqueles na modalidade de empréstimos concedidos por compradores, US$991 milhões.

Reservas internacionais

As reservas internacionais, no conceito liquidez, totalizaram US$ 376,9 bilhões em outubro, aumento de US$ 851 milhões em relação ao estoque do mês anterior. Em outubro, o Banco Central entregou liquidamente US$ 5 bilhões ao mercado em operações de linhas de venda de moeda estrangeira com compromisso de recompra. O estoque dessas operações totalizou, ao final de outubro, US$ 12,4 bilhões. No conceito caixa, o estoque de reservas atingiu US$ 364,5 bilhões em outubro, recuo de US$ 4,1 bilhões em relação ao mês anterior.

A receita de remuneração das reservas somou US$269 milhões. As variações por preços aumentaram o estoque em US$461 milhões, e as variações por paridades o reduziram em US$125 milhões.

Dívida externa

O estoque de da dívida externa total estimada para outubro somou US$311 bilhões, elevação de US$1,9 bilhão em relação ao montante estimado para setembro de 2013. A dívida externa estimada de longo prazo atingiu US$279,1 bilhões, aumento de US$1,9 bilhão, enquanto o estoque de curto prazo manteve-se estável em US$31,9 bilhões.

A variação da dívida externa de longo prazo no período é explicada por captações líquidas de empréstimos tomados pelo setor não financeiro e pelo governo, US$1,2 bilhão e US$305 milhões, respectivamente. A variação por paridades aumentou o estoque em US$249 milhões.

Fonte:
Banco Central do Brasil



22/11/2013 14:29


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