Banco Real afasta os investidores do Brasil



 





Banco Real afasta os investidores do Brasil
Grupo holandês, que controla a instituição brasileira, teme vitória de Lula na eleição de outubro .

O risco brasileiro disparou ontem na avaliação do mercado financeiro, que viveu um dia de forte tensão. O dólar comercial voltou a ficar acima de R$ 2,40, mas terminou a R$ 2,397, com surpreendente valorização de 1,48% em relação ao fechamento de terça, antes do feriado. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) despencou e fechou com queda de 4,18%.

Um dos motivos apontados para o pessimismo do mercado seria a corrida eleitoral, agora com a possibilidade de uma união das esquerdas ainda no primeiro turno e a provável vitória do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.

Ontem, foi a vez do banco holandês ABN Amro, dono do Banco Real no Brasil, reduzir sua recomendação de investimentos no país devido ao avanço do candidatura de Lula nas pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais de outubro.

O petista lidera, com mais de 30% das intenções de voto, a corrida à sucessão presidencial – 32% no Datafolha, 35% no Ibope, 37,9% no Sensus/CNT e 39% no Vox Populi.

O banco holandês afirmou que o crescimento da candidatura de Lula tem causado agitação entre os investidores e que isso – somado aos altos preços do petróleo – contribui para o rebaixamento do Brasil.

Nesta semana, as agências americanas de investimento Morgan Stanley e Merrill Lynch rebaixaram a classificação dos títulos da dívida brasileira. Segundo a Morgan Stanley, um dos motivos do rebaixamento foi o crescimento de Lula nas pesquisas. Ainda não está claro se o "efeito Lula" também levou a Merrill a rebaixar seus títulos.

Na quarta-feira, o jornal Financial Times considerou prematura essa visão do mercado, afirmando que "há motivos para se acreditar em um governo do PT mais moderado do que os críticos esperam"

Nos Estados Unidos, os títulos da dívida externa brasileira recuaram com o aumento da percepção do risco. O C-Bond, principal título brasileiro, ficou cotado a US$ 77,37, com desvalorização de 1,43%. Esse mesmo papel era negociado no início do ano acima de US$ 80.

PT minimiza o pessimismo
O economista Guido Mantega, principal assessor econômico do candidato do PT à Presidência, rejeita a hipótese de que foi desencadeada uma "onda de pessimismo" em relação ao Brasil, em função do crescimento da candidatura do petista. "A repercussão de hoje não é de longo prazo. É a do dia", disse. "É uma situação momentânea e reversível."

De acordo com ele, a decisão do ABN Amro de reduzir a recomendação dos títulos da dívida brasileira é minoritária. Além do banco holandês, os bancos norte-americanos Morgan Stanley e Merrill Lynch rebaixaram os títulos do Brasil na última segunda-feira.

"Se fosse uma situação de consenso dos analistas, eu teria receio de que a profecia se auto-realizasse", afirmou, lembrando que as agências de risco Moody's e Standard & Poor's reafirmaram o rating soberano do País.

O temor de uma união das esquerdas foi reforçado diante de rumores de que o candidato do PPS, Ciro Gomes, deixará a disputa presidencial para se candidatar ao governo do Ceará.

O presidente nacional do PPS, senador Roberto Freire, afastou ontem a hipótese de desistência e de apoio a Lula ainda no primeiro turno.

O candidato do PSB, Anthony Garotinho, também negou qualquer possibilidade de desistir da candidatura para apoiar Lula.


Simon cobra apoio ao PSDB
O senador Pedro Simon (PMDB-RS), que cobrou ontem uma iniciativa do presidente do PMDB, deputado Michel Temer, para reunificar o partido em torno da sucessão presidencial e fez elogios ao candidato do PSDB, senador José Serra. "Ele é o candidato mais preparado e competente", disse.

Simon qualificou o tucano de "progressista" e ressaltou que a troca de Serra pelo ex-governador do Ceará, Tasso Jereissati, como quer o PFL, seria uma guinada à direita.

"Se tirar a candidatura de Serra para pôr Tasso, aí mesmo é que haverá um candidato à direita ", avaliou.

"Serra é um parlamentar progressista", completou. Embora tenha considerado estranho o fato de o PMDB usar ontem o horário eleitoral no rádio e TV para tentar atrair o PFL, Pedro Simon considerou interessante a iniciativa peemedebista.


Ciro, em Washington, critica projeto de Serra
O candidato do PPS à Presidência da República, Ciro Gomes, criticou ontem, em Washington, a proposta de política de substituição de importações do seu adversário do PSDB, o senador José Serra.

Mesmo sem citar o nome de Serra, Ciro endereçou-lhe a crítica de forma indireta ao dizer que propõe uma política que não pretende "criar uma redoma protecionista para um único estado brasileiro", uma insinuação de que a proposta do tucano privilegiaria São Paulo.

Ciro proferiu palestra para uma platéia de 80 pessoas na Câmara de Comércio Americana para o Brasil, onde defendeu projeto nacional de desenvolvimento e reconheceu que há convergências entre os candidatos na análise dos principais problemas enfrentados pelo País, mas concentrou suas críticas em José Serra. Ressaltou, por exemplo, ter sido um dos principais executores do Plano Real, como ministro da Fazenda e insinuou que Serra foi contra.

Durante a palestra, o candidato do PPS declarou-se a favor da integração do Brasil à economia mundial, mas ressalvou que ela deve seguir critérios ditados pelos interesses nacionais.


Governo vai atender alcoólatras
Alcoólatras e viciados em drogas receberão assistência médica e psicológica em centros de desintoxicação criados pelo governo federal. De início, o Ministério da Saúde planeja patrocinar a instalação de 120 Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) para Usuários de Álcool e outras
Drogas em capitais e municípios com mais de 200 mil habitantes.

Os parentes dos dependentes químicos também poderão contar com o acompanhamento nos CAPs, que oferecerão atividades comunitárias, orientação profissional e desintoxicação.

Cada centro terá capacidade para atender 200 pacientes por mês, sendo que 40 pessoas ganharão tratamento intensivo; 60, semi-intensivo e 100, tratamento ambulatorial. O atendimento será em grupo ou individual. Os centros deverão funcionar em dois turnos, entre 8 h e 17 h.

O secretário de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde, Renilson Rehem, antecipa que a meta é criar 200 centros de atendimento a dependentes químicos até 2004. Para construir e manter os primeiros 120 centros, o governo gastará R$ 21 milhões, neste ano. Além disso, R$ 1,89 milhão será aplicado em convênios para capacitação de profissionais com as universidades de São Paulo (USP), de Brasília (UnB) e a Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


Lançada campanha contra a pedofilia
Depois que duas pessoas da cidade foram presas, acusadas de pedofilia, o Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de Teodoro Sampaio, a 680 quilômetros de São Paulo, lançou uma campanha contra esse tipo de crime.

O objetivo, segundo a presidente do Conseg, vereadora Sueli Cristina Nifossi di Gesu (PSDB), é esclarecer a população sobre essa forma de violência contra a criança e facilitar as denúncias.

"Alguns casos de abusos são percebidos por vizinhos e familiares, mas eles não sabem que devem denunciar, nem como fazê-lo", disse Sueli.

Segundo a vereadora, as condições sociais do município, com um grande número de assentamentos e acampamentos rurais, favorece esse tipo de crime. "Muitas famílias moram em barracos, dormindo no mesmo cômodo."

A campanha "Vítimas do Silêncio" será levada a escolas associações comunitárias e às ruas, com cartazes em pontos comerciais e prédios públicos. Professores e diretores estão sendo treinados para abordar o tema com os alunos.


TSE suspende sentença contra Cristovam
Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspenderam, ontem, por cinco votos a um, a execução da sentença da Justiça Eleitoral do DF que condenou o ex-governador Cristovam Buarque à pena de três meses de prestação de serviços comunitários.

A decisão tomada no exame de um recurso de agravo regimental é válida até o julgamento do mérito dos dois recursos em que o ex-governador pede a revogação de sua condenação por desobediência a ordem judicial.

Com a suspensão da execução da sentença, o candidato ao Senado pelo PT poderá registrar sua candidatura, caso o TSE não confirme, até o dia 6 de junho, a condenação imposta pelo TRE-DF.

No entanto, analistas políticos acreditam que o TSE fica na obrigação moral de dar prioridade ao julgamento dos recursos, para que os eleitores não sejam levados a votar em candidato sub judice, uma vez que o Tribunal pode confirmar posteriormente a condenação imposta ao ex-governador.

De acordo com denúncia do Ministério Público Eleitoral, Buarque teria desobedecido ordem de retirar slogans do governo em placas e outdoors de publicidade, durante a campanha eleitoral em que ele disputava a reeleição, em 1998.

Cristovam Buarque está condenado ainda pelo TRE a ressarcir, aos cofres públicos, importância superior a R$ 7 milhões, gastos com publicidade do governo, no período eleitoral, em desarcordo com a legislação. Os desembargadores do TRE acompanharam o voto do relator, Campos Amaral.


Artigos

O que é isso, companheiro?
Ricardo Mendes

Qual a diferença entre aliado e adversário? Podemos dizer que o primeiro é quem nos ajuda a atingir um objetivo. Adversário, portanto, é todo agente que atrapalha ou mesmo impede a concretização daquele objetivo. Mas a resposta não deve ser simples assim nas relações internacionais. Caso contrário, não teríamos muitos motivos para dizer que o Brasil e os Estados Unidos são aliados, dada a forma como a superpotência dirigida por Geoge W. Bush trata nosso país.

O governo norte-americano tem frustrado pretensões brasileiras nas frentes econômica e política. Ações sugerem um esforço continuado para isolar a influência do Brasil entre os vizinhos. É hora de avaliar se os eventos por trás dessa movimentação são articulados ou infeliz coincidência.

Barreiras tarifárias a produtos brasileiros são velhas conhecidas, mas não diferem muito dos obstáculos enfrentados por outras nações emergentes na luta para colocar mercadorias nos protegidos mercados do Primeiro Mundo. A recente taxação extra de 30% sobre o aço, decretada por Bush, é só um capítulo adicional nesse drama.

Mas outra ação sistemática dos Estados Unidos atenta bem mais contra nossos interesses no continente. É o esforço para enterrar o Mercosul. Passo a passo, o governo norte-americano foi seduzindo nossos principais parceiros do Cone Sul para embarcar na Área de Livre Comércio das Américas. Primeiro, o Chile, seguido da Argentina de Menem. Há pouco, foi a vez do Uruguai. Sobramos nós e o Paraguai.

Agora, os norte-americanos querem que a Organização Mundial do Comércio aplique punições ao Brasil em virtude da pirataria industrial. Como se a maioria das falsificações aqui vendidas não viesse de outras nações.

Se os EUA têm razão em nos atacar, as mesmas restrições aplicam-se a eles. Afinal, os relógios e quinquilharias eletrônicas vendidos em Chinatown, Nova York, vêm dos mesmo países que aqui despejam tênis, roupas de grife e até CDs.

O afastamento do embaixador José Maurício Bustami da Secretaria-Executiva da Organização para a Proscrição de Armas Químicas foi motivado pela estratégia dos EUA em relação ao Iraque. Mas incomodou o pouco caso com o representante brasileiro numa época em que alimentamos a idéia de ocupar cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Será que interessa aos EUA a ascensão do Brasil como liderança no Terceiro Mundo? Em caso negativo, o aliado está mais para adversário. E se faz urgente aproximar o nosso país de outros players, como a Europa, a China, a Rússia e a Índia, para aumentar nosso cacife na busca dos objetivos comerciais e diplomáticos.


Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

Brasil opta pelos caças russos
O maior investimento militar do governo FhC – novos aviões para a FAB – não vai ser direcionado aos Estados Unidos e seus ultrapassados caças F-16, sem a instrumentação avançada que interessa à nossa Força Aérea. A tendência dos militares brasileiros é pelo caça Sukhoi-25, de fabricação russa, com um pacote de inovações tecnológicas como o movimento de turbinas – mais eficiente em missões de ataque e defesa. Os russos prometem, de quebra, instalar uma fábrica de peças no Brasil.

Desconfiança brasileira
Além das vantagens financeiras e tecnológicas, o que leva o Brasil a fechar a compra de caças russos, e não americanos, é a crescente desconfiança em relação à administração de George W. Bush. O Brasil teme que a atabalhoada política externa de Bush filho provoque o cancelamento ou no mínimo o atraso da bilionária encomenda.

Calote no Paquistão
O governo brasileiro mapeou a sorte dos demais clientes dos EUA, na compra de caças F-16. O Paquistão, aliado americano, fechou contrato para a compra de US$ 3 bilhões em aviões desse tipo. Pagou US$ 200 milhões de sinal e as entregas, que deveriam começar no ano 2000, até hoje não foram feitas. O Paquistão luta agora para reaver o sinal já pago.

Vice mulher
A senadora Heloísa Helena (PT-AL) é a favorita de Lula para vice, na sua chapa, caso não consiga fechar coligação com outro partido e seja obrigado a adotar uma solução doméstica.

Guarda-roupa petista
Denúncias de corrupção e até o guarda-roupa balançam a credibilidade de Marta Suplicy em São Paulo, analisa a revista inglesa The Economist. Foi apanhada fazendo o que antes condenava, como trocar empregos por votos. A revista destaca o crescimento de Lula, apesar de Marta. Ele aparece engravatado, com a legenda "vestido para o sucesso?"

Seca pimenteira
Feitiços no Maranhão, terreiros na Bahia. José Serra se livrou das olheiras, mas não consegue se livrar dos maus olhados.

Quem te vê
O "Big Brother" se materializou no Ministério das Comunicações. A exemplo do "grande irmão" concebido pelo escritor George Orwell, o ministro Juarez Quadros mandou instalar câmeras de TV por toda a repartição, para acompanhar "de perto" o trabalho dos assessores.

Olha a serra!
O prefeito tucano de Duque de Caxias (RJ), José Camilo Zito dos Santos, que foi expulso do PMDB, exortou seus munícipes: "Vamos serrar!" Faltou dizer: quem com Serra serra, com Zito será ferido.

Essas mulheres...
Quando contaram a Lula que uma tal Merril Lynch aumentou o risco Brasil por sua causa, ele reagiu assim, segundo as más línguas:

– Essa mulher não entende nada de política!...

Apoio americano
Correm mundo as atrocidades sofridas por Ricardo Abude, engenheiro da Bahia, no aeroporto de Los Angeles (denunciadas primeiro nesta coluna). O London Daily publica a íntegra do drama de humilhação, cárcere privado e expulsão do brasileiro. O editor anuncia que o presidente do Rotary International protestará pessoalmente com Bush.

Basta de injustiça
É uma injustiça FhC dizer que Bush filho não entende de América Latina. Dá a impressão de que Bush entende de outras partes do mundo.

O auto-insuficiente
Auxiliares de José Serra já não agüentam sua incap acidade de ouvir, de ser assessorado. "Ele sempre sabe tudo", queixa-se um veterano profissional que o acompanha. Ora, como Serra continua caindo nas pesquisas, então quer dizer que ele inventou a auto-insuficiência!

São Coutinho
Está difícil engolir o deputado José Carlos Coutinho (PFL) na presidência da CPI da Corrupção, em São Gonçalo. O sobrinho, Altivo Coutinho, é dono da Construtora Engesul, que domina o mercado no município.

A Brasil Sul, que controla vários serviços na prefeitura, é de dois Altineu: o irmão, e o parente Altineu Cortês, candidato a deputado pelo PMDB.

Ciranda pirata
Como ninguém tem dinheiro, compra no camelô. Como camelô não tem emprego, compra produto falsificado. Como o Paraguai e a China vendem barato, todo mundo compra.

Parece piada
São os mistérios da tecnocracia. Em Brasília, um assinante da Brasil Telecom mudou o escritório do segundo para o primeiro andar do mesmo prédio e foi obrigado a pagar R$ 73,76 pra transferir o telefone. Se preferisse uma nova linha, pagaria só R$ 22,76 – três vezes menos.

Termômetro eleitoral
A possibilidade de Lula ganhar no primeiro turno provoca sintomas agudos em alguns setores. O procedimento é o seguinte: quando o Ibope dá 38, banho morno. Quando chega aos 39, paracetamol ou dipirona. E quando passar dos 40, começa o delírio. Aliás, já começou.

Poder sem pudor
Tudo pelo emprego
Já se fala em Brasília, com insistência, no retorno do PFL aos braços do governo FhC, após breve "rompimento". Isso lembra o velho PSD e a frase de Tancredo Neves, pessedista, sobre a vocação nepotista do seu partido:

– Entre Karl Marx e a Bíblia, o PSD fica com o Diário Oficial.


Editorial

CONSTRUÇÃO E GUERRA TRIBUTÁRIA

Muito boa a iniciativa do projeto em estudo na Secretaria de Fazenda do Distrito Federal, que autoriza a substituição tributária para o setor da construção civil. A idéia é que os vendedores de material de construção locais não percam mercado para os de fora pela diferença de imposto cobrada entre dois estados.

É uma forma de atenuar a perversa guerra fiscal, em que estados da mesma federação fazem concessões às vezes maiores do que suportam para atrair empresas e gerar empregos. Faz parte do jogo, mas quem perde são os cidadãos, tanto os dos estado que levou a empresa como os do estado que a perdeu.

Os vencedores concedem benefícios que poderiam estar entrando em seus cofres se não houvesse um leilão. O caso de empresas estrangeiras é ainda mais grave: elas viriam de qualquer forma, e ficam governadores brigando para atraí-las. Tudo porque falta uma política federal que direcione investimentos.

Isso faz com que a guerra fiscal seja a única arma de estados menos aparelhados competir por geradores de divisas.

No caso do DF, a redução de custos na construção civil é fundamental. Tanto para o incorporador como para o cidadão que quer apenas reformar sua casa. Não há setor que estimule mais a atividade econômica e absorva mão-de-obra em curtos períodos de tempo.


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05/03/2002


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