Banco do Brasil quer favorecer circulação do real em fronteiras mais remotas



O Banco do Brasil vai instalar postos de atendimento em 14 pelotões do Exército instalados nas fronteiras com a Venezuela, Bolívia, Equador e Colômbia. Cinco deles já estão em funcionamento. A medida irá beneficiar 6 mil soldados e 60 mil pessoas que moram no entorno desses pelotões.

Um dos objetivos é favorecer a circulação da moeda nacional nesses locais, cujo comércio hoje se dá à base da troca ou de moedas de outros países, devido à dificuldade de atendimento bancário, explicou Wagner de Siqueira Pinto, gerente-executivo da Unidade de Desenvolvimento Sustentável do Banco do Brasil.

Durante a segunda parte da audiência pública da Subcomissão Permanente da Amazônia e da Faixa de Fronteira, realizada na tarde desta terça-feira (9), o gerente-executivo informou também que a instituição mantém três correspondentes fluviais no Amazonas e um no Pará, responsáveis pelo atendimento a 58 comunidades ribeirinhas de 38 municípios.

Já a Caixa Econômica Federal tem uma agência inteira dentro de um barco, informou Maria Letícia de Paula Macedo, gerente nacional de Estratégia de Relacionamento Internacional da instituição, outra a falar na audiência pública. O barco está em sua terceira viagem pelos rios amazônicos.

A gerente da Caixa disse ainda que a instituição trabalha em sintonia com os governos brasileiro e argentino e está apoiando o primeiro consórcio intermunicipal fronteiriço, que une as cidades de Barracão e Bom Jesus do Sul, no Paraná; Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina; e Bernardo de Irigoyen, na Argentina. O consórcio tem entre os seus objetivos buscar a solução de problemas comuns aos municípios e a realização de alianças para melhorar a qualidade do serviço público.

A reunião foi presidida pela vice-presidente da subcomissão, senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS). Ela perguntou a Antonio José Alves Júnior, chefe do Departamento de Relações com o Governo do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), também participante da audiência pública, até quando a instituição irá "manter essa postura de alheamento à questão da área de fronteira". Ela informou que a primeira parte da reunião da subcomissão mostrou ser a faixa de fronteira, de norte a sul, "um território de miséria".

Alves Júnior afirmou que o desenvolvimento da faixa de fronteira está "dentro do espírito" do banco, e que o BNDES não deixará de aumentar sua atuação na área, caso isto seja determinado pelo governo federal. Afirmou também que o BNDES já participa do grupo de trabalho do Ministério da Integração sobre o desenvolvimento da faixa de fronteira.

O senador Blairo Maggi (PR-MT) elogiou a iniciativa da agência flutuante - para ele, um projeto bastante inovador - e disse compreender a dificuldade das instituições representadas em se fazer presente na faixa de fronteira. A subcomissão é vinculada à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).

Para ver a íntegra do que foi discutido na comissão, clique aqui.



09/08/2011

Agência Senado


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