Bandidos voltam a atacar em túneis e vias expressas








Bandidos voltam a atacar em túneis e vias expressas
- Em pouco mais de 24 horas, bandidos armados voltaram a atacar três dos maiores corredores expressos do Rio: as linhas Amarela e Vermelha, além do Túnel Zuzu Angel, que liga a Gávea a São Conrado. No fim de semana anterior, homens armados de fuzis fecharam o Elevado Paulo de Frontin, roubando dois veículos na saída do Rebouças.

Na noite de sábado, um tiroteio fechou a Linha Amarela por uma hora. Na noite seguinte, bandidos levaram pânico aos motoristas na Linha Vermelha, depois de atacarem a tiros o depósito da Delegacia de Roubos de Automóveis.

Os motoristas fugiram de marcha a ré do local onde os bandidos enfrentaram policiais civis. Pouco depois, outro bando atacava na entrada do Túnel Zuzu Angel, sentido São Conrado: a via foi fechada e um casal assaltado dentro do carro.

A governadora Benedita da Silva anunciou que já está pronto o plano de ação social para o Complexo do Alemão.

- O jurista Miguel Reale Júnior pediu demissão do Ministério da Justiça ontem, três horas depois de o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, anunciar que o presidente Fernando Henrique Cardoso era contrário à intervenção federal no Espírito Santo.

A intervenção fora pedida na quinta-feira pela Comissão dos Direitos da Pessoa Humana do ministério, presidida por Reale. Brindeiro, que é integrante da comissão e votara favoravelmente à medida, ontem disse que não há sustentação jurídica e política para a intervenção.

O Presidente achou a reação de Reale descabida e aceitou a exoneração. Ontem mesmo, o Planalto anunciou o nome do substituto: Paulo de Tarso Ribeiro, titular da Secretaria de Direito Econômico, será o 9º ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso.

- Vinte e sete telefones celulares, um revólver, 21 facas, seis serras e três "teresas" (cordas feitas com lençóis usadas em fugas) foram achados ontem em revista no Presídio Edgar Costa, unidade de regime semi-aberto de Niterói.

- O presidente da Petrobras, Francisco Gros, disse ontem que a estatal quer comprar a petrolífera argentina Repsol-YPF, se a sua controladora, a espanhola Repsol, quiser vendê-la. A Petrobras pretende investir US$ 140 milhões na Argentina até 2005.

- O candidato a presidente Ciro Gomes (PPS) defendeu ontem o "alongamento gradual" da dívida interna, mediante negociação, em entrevista ao "Jornal Nacional", da Rede Globo. Ciro prometeu que não haveria quebra de contratos nem calote.

- O ministro da Fazenda, Pedro Malan, disse ontem, na Espanha, que não descarta a possibilidade de um acordo de transição com o Fundo Monetário Internacional, envolvendo os candidatos à sucessão presidencial. O ministro disse que vê mais pragmatismo e maturidade no debate sobre a economia brasileira e elogiou a convergência dos partidos.

- Com 99,76% das urnas apuradas, o líder dos produtores de coca na Bolívia, Evo Morales, subiu ontem para segundo lugar nas eleições presidenciais. Se mantiver o resultado, seu nome será enviado junto com o do ex-presidente Gonzalo Sánchez de Lozada, primeiro colocado, ao Congresso para que os parlamentares escolham o futuro presidente.

- O laboratório Merck & Co. admitiu ontem que a sua unidade farmacêutica Medco Health Solutions contabilizou como receita, de 1999 a 2001, US$ 14 bilhões que nunca recebeu. Como o valor foi deduzido das despesas, não houve impacto no lucro líquido. Suas ações chegaram a cair 15%, mas fecharam com queda de apenas 2,15%.


Colunistas

PANORAMA POLÍTICO - Tereza Cruvinel

As mudanças no quadro eleitoral apontadas pelas últimas pesquisas avisam que a pré-campanha acabou, que o jogo agora é para valer e o resultado ficou mais incerto. Elas falam, por exemplo, da força que a televisão terá na campanha e mostram que algumas armas do passado recente, como o denuncismo e o terrorismo econômico, perderam a força, tornaram-se cobras sem veneno.


Editorial

"CRISE DE CONFIANÇA"

A sucessão de escândalos e denúncias dos fictícios de grandes corporações (Enron, Xerox, WorldCom, Merck etc.) atinge uma das molas mestras do sistema.

Para se recuperar a confiança dos investidores no futuro será preciso mais rigor no cumprimento das normas contábeis e de uma distinção nas atividades de consultoria, auditoria e administração de portfólios.

Quanto a isso, o Brasil até que avançou, e a saudável regra voltada a impedir o conflito de interesses entre auditoria e consultoria está sendo contestada na Justiça por esses escritórios. A crise em Wall Street mostra quem está com a razão.


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07/09/2002


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